terça-feira, 19 de abril de 2011

Investimentos chineses no Brasil deverão aumentar
Viagem à China contribui para a possibilidade de empreendimentos em conjuntos e troca de experiências na área técnica
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, apresentou os resultados da missão à China, em entrevista coletiva nesta terça-feira, 19 de abril. O ministrou anunciou uma série de investimentos e de acordos de cooperação técnica que poderão ser assinados pelos dois países em breve. Rossi disse que os encontros realizados durante a viagem demonstram o interesse do empresariado chinês de participar de projetos na infraestrutura do Brasil, principalmente nas áreas portuária, ferroviária, hidroviária e intermodal de transportes. “O Brasil tem todo o interesse em parcerias no setor de produção e de comercialização de produtos agrícolas.
Queremos abrir novas possibilidades para receber empresários interessados concretamente em áreas da agricultura brasileira”, afirma. Segundo o ministro, existem muitas formas de cooperação entre Brasil e China na área de agricultura. As principais são os investimentos diretos em iniciativas de logística e os negócios com pagamento em produtos, que permitem aos grandes compradores chineses de alimentos fazer contratos com empresas e produtores brasileiros. Outra possibilidade é a captação de recursos por meio de mercados de capitais – ações e fundos de investimento – e formação de joint ventures, em que empresas brasileiras e chinesas podem se associar com o capital nacional para projetos no Brasil. “O melhor exemplo disso são os empreendimentos chineses em Goiás e no oeste da Bahia, onde está sendo implantando um complexo de esmagamento de soja que vai gerar uma repercussão muito importante. Vamos exportar um produto com maior valor agregado para a China, que receberá o produto pronto”, destaca.
Cooperação técnica mais próxima
De acordo com Rossi, a possibilidade de parcerias em projetos de pesquisa ficou ainda mais próxima com a instalação de um laboratório virtual da Embrapa (Labex), em Pequim. O ministro informou que já existem áreas de cooperação estabelecidas entre os dois países nas áreas de minério e petróleo, por exemplo –, mas afirmou que o Brasil pretende estender as trocas para outros setores da agricultura, como a genética de plantas. A pecuária é outro segmento que vem despertando o interesse dos chineses, principalmente, em relação à exportação de sêmen e embriões de bovinos brasileiros. O Brasil é referência mundial em biotecnologia de reprodução bovina e ofereceu cooperação técnica para desenvolvimento de raças zebuínas no país asiático.
Marcos Giesteira
www.agricultura.gov.br



Mercado de etanol deve se autorregular
O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, defendeu a liberdade de mercado ao criticar a possibilidade de o governo taxar as exportações de açúcar e regular a cadeia do etanol para evitar oscilações bruscas no preço do produto. "Acreditamos que esse mercado se autorregula", comentou Ramalho, acrescentando que a indústria sucroalcooleira sente reflexos de uma baixa na produção de cana-de-açúcar devido a fatores climáticos, além de mudanças nos controles acionários de algumas empresas importantes."É ingrato o governo taxar o açúcar", disse o presidente da Rural durante apresentação à imprensa da Agrishow, feira de tecnologia agrícola que será realizada em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, entre os dias 2 e 6 de maio.
Ramalho disse que já enviou uma carta ao governo manifestando a posição contrária da entidade a "toda e qualquer taxação", ou aumento de impostos. "Imposto é inibidor do desenvolvimento e investimento", disse a jornalistas.Ele também criticou as dificuldades enfrentadas por alguns produtores na obtenção de licenças ambientais, o que, segundo ele, está prejudicando investimentos em projetos que já contam com linha de crédito.
Valor Econômico
Área de plantio no Brasil precisa crescer 28%
Para atender a demanda nacional e internacional do mercado de commodities agrícolas nos próximos dez anos, o Brasil precisará expandir sua área plantada em pelo menos 11,2 milhões de hectares. Para financiar a aquisição de terras, formação das lavouras e implantação da infraestrutura básica serão necessários recursos da ordem de R$ 93,5 bilhões, segundo estudo conjunto realizado pela Agroconsult e pela MB Agro. As consultorias estimam que 5,5 milhões de hectares da área total projetada serão destinados às culturas de soja, milho e algodão, que consumirão R$ 31,2 bilhões. A cana-de-açúcar adicionará à sua área outros 3,1 milhões de hectares. Devem ser necessários R$ 43,8 bilhões para a compra das áreas e para a formação dos canaviais - o valor não leva em conta a construção de novas usinas. Para o segmento de florestas plantadas, serão outros 2,6 milhões de hectares, com investimento de R$ 18,5 bilhões. "Dos recursos necessários para expandir a área nos próximos dez anos pelo menos metade teria que vir de investidores estrangeiros. O capital nacional não seria suficiente para promover esse crescimento no prazo de uma década", afirma André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult. O consultor observa que nos últimos 30 anos, sem uma presença marcante de recursos estrangeiros, a área agrícola no Brasil passou dos 34 milhões de hectares em 1980 para os atuais 39 milhões de hectares.

A expansão da área plantada no Brasil via capital estrangeiro, no entanto, ainda está limitada pele Advocacia Geral da União (AGU). Em agosto do ano passado, um parecer da entidade impôs restrições a aquisições e arrendamentos de terras por empresas brasileiras que tenham sócios estrangeiros com participação superior a 51% em seu capital social. "Estimamos que devido ao parecer da AGU, desde agosto do ano passado cerca de US$ 15 bilhões deixaram de entrar no país", diz Pessôa. O estudo feito pelas consultorias foi encomendado pela Associação Brasileira de Marketing Rural&Agronegócio (ABMR&A) para medir o impacto econômico que o parecer da AGU pode ter sobre o setor nos próximos anos. "Ainda estamos analisando as informações, mas os dados servirão de subsídios para medidas que poderão ser tomadas por nossos associados futuramente", afirma Maurício Mendes, presidente da (ABMR&A). Mais do que simplesmente a aquisição e arrendamentos de terras por estrangeiros, o parecer da AGU vai além. Bancos e tradings estrangeiras que concedem empréstimos aos agricultores, por exemplo, costumam pegar como garantia exatamente as propriedades e estão sendo diretamente impactados pelo parecer da AGU. "Se essas empresas não podem mais passar as terras para seus respectivos nomes, elas terão que aumentar as exigências, pegar outras garantias ou mesmo deixar de conceder empréstimos para clientes do setor agrícolas", afirma Pessôa.

Fonte: Valor Econômico

MT exporta a melhor soja do mundo, destaca executivo chinês
“A melhor soja do mundo é produzida em Mato Grosso”, destacou Lin Tan, presidente executivo da empresa chinesa Hopefull & Holding Corp Ltda, na palestra realizada em Alto Taquari nesta segunda-feira (18-04) durante o Circuito Aprosoja 2011. Segundo Lin, o teor de óleo da soja matogrossense chega a dar 20% contra a média mundial de 18% e o valor protéico atinge 36%, contra 34% da média mundial. Para ele, isso pode ser atribuído às excelentes condições climáticas da região, à técnica de plantio utilizada e a extensa experiência dos produtores do estado. Tiago Mattosinho, superintendente do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), vinculado ao Sistema Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), que é realizador do evento junto com a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), destacou em sua apresentação a importância da mão de obra qualificada no campo. Para o Senar, só assim será possível manter a liderança na produção de soja. “Estamos dispostos a levar treinamento em toda pequena comunidade que tenha profissional rural para ser formado, mas também precisamos que o produtor colabore conosco estimulando seus funcionários a participarem”, ressaltou Mattosinho.
Discussões como estas são temas tratados pelo 6º Circuito Aprosoja. Para o presidente do Sindicato Rural de Alto Taquari, Luiz Sperandio, esta troca de informações é essencial para que os produtores da região tomem suas decisões sintonizados com o que está acontecendo no mundo. “A importância do Circuito está na troca de experiência e de informações e também quanto à questão de comercialização do mercado chinês, que hoje é um dos mais importantes dentro do setor agrícola”, comenta Sperandio. Mais de 40 produtores de soja participaram do evento onde também falaram o assessor da chefia geral da Embrapa Soja em Londrina/PR, Pedro Moreira, o analista econômico da Consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari, e membros da Aprosoja. Além disso, estiveram presentes o secretário estadual da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Familiar, José Domingos, o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Ariovaldo José Brocaneli, o secretário de Indústria, Comércio e Turismo e presidente da Associação Comercial de Alto Taquari, Erocy Scaini e outras autoridades locais.
CIRCUITO - O Circuito Aprosoja 2011 foi lançado no dia14 de abril, em Cuiabá. E até o dia 26 de maio irá percorrer 19 municípios em Mato Grosso. Rondonópolis e Alto Taquari já receberam as palestras que seguem agora para Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Sapezal, Tangará da Serra, Diamantino, Tapurah, Vera, Sinop, Nova Mutum, Sorriso, Querência, Gaúcha do Norte, Canarana, Nova Xavantina e Lucas do Rio Verde. Além disso, visita outros estados do país pela primeira vez: Dourados/MS, Cascavel/PR, Santo Ângelo/RS, Rio Verde em Goiás/GO e Luís Eduardo Magalhães/BA.
As informações são da assessoria de imprensa da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja).


Soja: preços caem com fraca demanda internacional
Dados do Cepea apontam que os preços de soja e derivados no mercado interno têm caído de forma consecutiva, pressionados pela fraca demanda externa. A China, maior importadora mundial de soja, reduziu o ritmo de compras dos Estados Unidos e da América do Sul, além de ter postergado para junho e julho navios que estavam programados para embarcar entre abril e maio. No Brasil, agentes consultados pelo Cepea relatam que, em algumas regiões, como em Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de São Paulo, a perda na produção de soja foi grande nesta safra, devido ao elevado volume de chuva no período da colheita. Mesmo assim, segundo pesquisadores do Cepea, a expectativa de produção recorde continua a pressionar os valores no mercado doméstico, uma vez que, em grandes estados produtores, como Paraná e Mato Grosso, não há notícia de perdas. Quanto aos preços, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa para o produto transferido no porto de Paranaguá teve queda de 3,05% entre 8 e 15 de abril, finalizando a US$ 28,95/sc de 60 kg (em moeda nacional, o Indicador teve baixa de 2,8%, finalizando em R$ 45,69/sc, na sexta). O Indicador CEPEA/ESALQ (média de cinco regiões do Paraná) caiu 3,36% na semana, fechando a R$ 43,17/sc na sexta.
(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br )
Em busca de direcionamento, comercialização segue lenta
 Enquanto o mercado de milho continua em busca de um direcionamento mais claro de preços para o médio prazo, as atenções de agentes se voltam ao desenvolvimento das lavouras de segunda safra e aos elevados patamares dos preços internacionais. Além disso, de acordo com informações do Cepea, produtores estão finalizando a colheita de milho verão. Nesse cenário, as negociações continuam lentas. As cotações entre as praças acompanhadas pelo Cepea seguiram apresentando movimentações distintas nos últimos dias, com demanda e oferta locais prevalecendo como fundamento. Essa dispersão entre as variações deixou agentes cautelosos e preocupados em relação à comercialização do cereal. Quanto aos preços, entre 11 e 18 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) cedeu 1,61%, fechando a R$ 29,95/sc de 60 kg na segunda-feira.
(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br )
Mais 25 frigoríficos brasileiros estão autorizados a exportar carne de aves para China
Após o anúncio na semana passada da abertura do mercado chinês para a carne suína brasileira, com três frigoríficos nacionais autorizados a exportar, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, informou hoje (19) que mais 25 estabelecimentos estão autorizados a vender carne de aves para o país asiático. Com a medida, o Brasil passa a ter 50 plantas habilitadas a exportar para a China. “Não quer dizer que dobrando as plantas frigoríficas, vamos dobrar as exportações. Mas, seguramente, eu posso afirmar que vamos aumentar consideravelmente as exportações nos próximos anos, em grande parte pela ampliação do número de plantas”, disse Rossi. Segundo o secretário de Relações Internacionais do ministério, Célio Porto, a China importa anualmente cerca de US$ 1 bilhão em carne de aves, sendo aproximadamente metade de origem brasileira. O ministro disse ainda que o governo chinês anunciou, durante a visita da presidenta Dilma Rousseff à China, na semana passada, a habilitação de mais cinco plantas frigoríficas de carne bovina brasileira, aumentado para oito a quantidade de frigoríficos autorizadas a vender para aquele mercado. Em relação à carne suína, Rossi disse que a abertura do novo mercado, aumenta o reconhecimento à produção brasileira, e também estimula a venda para os dois principais mercados importadores: Japão e Coreia. “Com a abertura da carne suína, completou-se um ciclo, com todas as carnes autorizadas a entrar no mercado chinês”, concluiu.
Danilo Macedo
Agência Brasil


Sindicato agropecuário considera mudanças no Código Florestal desnecessárias
Para Vicente Almeida, sem apoio do Estado, situação de pequenos agricultores pode piorar
Representantes de entidades ligadas à agricultura familiar e à pesquisa agropecuária afirmaram hoje, em reunião promovida pela Frente Parlamentar Ambientalista e pela Fundação SOS Mata Atlântica, que o atual Código Florestal não prejudica o desenvolvimento agrícola no País. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, Vicente Almeida, a atual legislação pode até ser aperfeiçoada. Ele lembrou, no entanto, que atualmente já existem técnicas para fazer uma agricultura sustentável, aproveitando, inclusive, áreas de reserva legal e de preservação permanente. Entre as soluções para desenvolver a agricultura ecológica, Almeida destacou a implementação de um programa de aquisição de mudas e sementes. “É importante que os pequenos agricultores tenham auxílio técnico do Estado para produzir suas sementes. Se a gente perde o controle sobre a produção de sementes, perde também o controle da soberania alimentar”, disse.
Leonardo Prado
Confira matéria completa:
www.camara.gov.br
Inflação é fenômeno global e está relacionada a commodities, diz Mantega
A disparada da inflação é um fenômeno global e provocado fundamentalmente pelo preço das commodities – bens agrícolas e minerais com cotação internacional – e está sendo contida pelo governo, disse ontem (18) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em reunião com investidores internacionais em Nova York, ele afirmou que a equipe econômica adotou diversas medidas para frear o aumento de preços. De acordo com a apresentação de Mantega aos investidores, divulgada há pouco pelo ministério, as principais providências adotadas para conter a inflação são o estímulo ao aumento da oferta de alimentos, o corte de cerca de R$ 51 bilhões no Orçamento e o aumento de juros pelo Banco Central (BC). Ele ainda citou as medidas de contenção ao crédito anunciadas pelo BC no fim do ano passado e o aumento de 1,5% para 3% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito a pessoas físicas.
O ministro afirmou ainda, durante a apresentação, que a inflação de março, que somou 0,79% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi pressionada pelos combustíveis, que contribuíram com 0,12 ponto percentual, e pelo transporte público, com 0,19 ponto percentual. Os números, no entanto, revelam que o grande responsável pela inflação no mês passado foi a categoria outros fatores, que contribuiu com 0,32 ponto percentual e contém itens influenciados pela demanda. Mantega ressaltou que a equipe econômica ajustou o Brasil ao cenário econômico de 2011, revertendo os estímulos concedidos em 2009 e 2010, aumentando a eficiência dos gastos públicos e assegurando o rigor fiscal. O ministro também mencionou o reajuste do salário mínimo para R$ 545, abaixo dos R$ 560 defendidos pelas centrais sindicais, como medida de austeridade. A reunião com os investidores estrangeiros encerrou a viagem de Mantega aos Estados Unidos. Na semana passada, o ministro da Fazenda esteve em Washington participando do encontro de ministros das Finanças do G20 (grupo das 20 principais economias do planeta) e da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
Wellton Máximo
Agência Brasil

Relator do Código Florestal busca consenso para votação do projeto
O relator do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse ontem (18) que mesmo com os feriados da Semana Santa vai continuar em busca de consenso para a votação do projeto "o quanto antes". Segundo ele, é preciso que a lei seja aprovada rapidamente para evitar prejuízos, principalmente, aos pequenos produtores. “Teremos uma semana de negociação em torno da busca de uma solução de consenso para o debate”. De acordo com Aldo Rebelo, onde o acordo não for possível, a decisão sairá no voto em plenário. Rebelo informou que todos os ministérios envolvidos na discussão do tema, assim como setores da bancadas ruralista e ambiental têm demonstrando “boa vontade” para buscar o consenso.“É importante ressaltar que, hoje, pela atual legislação, 100% dos agricultores estão na ilegalidade. O país não pode viver nessa situação, que foi adiada por um decreto do presidente Lula que expira em junho”, disse o relator à Agência Brasil.
Em relação aos pequenos agricultores, Aldo Rebelo disse que eles são os mais vulneráveis à legislação e essa é uma das razões pelas quais a proposta precisa ser aprovada logo, antes do fim da vigência do decreto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “No Nordeste, por exemplo, mais da metade das propriedades têm até cinco hectares, e quase nada de reserva legal e área de preservação permanente. São áreas que foram desmatadas há muitos anos e, agora, querem exigir que sejam replantadas. Isto é condenar esses pequenos a perderem suas propriedades e incharem a periferia das grandes cidades”. Com relação aos médios e grandes produtores rurais, o relator informou que o código mantém a obrigação da reserva legal e da área de preservação permanente. “Significa que os produtores médios e grandes da Amazônia terão que manter 80% de reserva legal, os produtores do cerrado 35%, e, nas demais áreas do país, 20%. No caso da Amazônia a ocupação vai exigir que os 80% de reserva legal incluam todas as áreas de proteção permanente de rio, topo de morro e encostas previstas em lei”.
Iolando Lourenço e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil

Feira Sabores do Paraná gera vendas de mais de R$ 300 mil em Londrina
A edição de Londrina da Feira Sabores do Paraná, realizada durante a 51ª Expolondrina 2011, que terminou no último domingo (17), resultou em mais de R$ 300 mil em vendas de produtos da agroindústria familiar. Durante os 11 dias da Expolondrina mais de 50 mil pessoas passaram pelos estandes dos 56 expositores que participaram do evento, realizado no Parque de Exposições Ney Braga. Entre o mais de 1.000 itens de produtos oferecidos pela Fábrica do Agricultor em Londrina estavam geléias, patês, doces, embutidos como queijos, salames, e defumados, linguiça de soja, temperos, condimentos, pimentas, conservas, batata, mandioca e banana chips, suco de uva, biscoitos, sorvetes, noz macadâmia e derivados, ervas medicinais orgânicas, café, mel, biscoitos, entre outros.
Entre os milhares de visitantes que passaram pela Feira Sabores estiveram o vice-presidente da República Michel Temer (que estava no exercício da presidência por causa da viagem da presidente Dilma Roussef à China), e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, que, ao lado do governador Beto Richa, receberam na manhã do último sábado cestas de produtos paranaenses do programa.
LUCRO – A pesquisa de avaliação realizada pela Divisão de Agronegócio Familiar, da Seab, mostrou que 97% dos agricultores recuperaram todas as despesas feitas para a participação da feira; destes, 84% obtiveram lucros. Ainda segundo a pesquisa, 61% fecharam negócios futuros. Empresários de outros estados também estiveram na Feira para conhecer o Programa Agroindústria Familiar. Entre essas empresas estavam os supermercados Carrefour e Muffato, os Empórios Santa Grão, Macro Vida, Vita Naturale, Natural e Cantinho Natural, Armazém Alimentos Funcionais, Casa Mais Q'Natural, Grãos&Distribuidora de Produtos Naturais.
PRÓXIMA FEIRA – A próxima Feira de Sabores do Paraná será realizada entre os dias 5 e 15 de maio, durante a 39ª Expoingá, que acontecerá em Maringá. O evento é promovido pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, com o programa de agroindústria familiar Fábrica do Agricultor, e ainda Emater Paraná.
Animais devem ter documento em viagem internacional
Para cães e gatos, o Brasil e outros países exigem o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI). Furões, coelhos e outros bichos precisam também de autorização de importação
Neste feriado prolongado de Páscoa e Tiradentes, os proprietários de animais de companhia que pretendem viajar para fora do país devem ficar atentos aos documentos exigidos. A medida é válida para o ingresso no Brasil, e em uma série de outros países, para evitar a entrada e a disseminação de doenças que podem comprometer a pecuária local, como febre aftosa, peste suína e tuberculose. Para cães e gatos, Ministério da Agricultura requisita o Certificado Zoosanitário Internacional (CZI). No caso dos animais que têm origem no Brasil, o documento é emitido pelas unidades do ministério nos aeroportos brasileiros após a apresentação do atestado de saúde do cão ou gato, assinado por um veterinário, e da carteira de vacinação em dia. O proprietário do animal também deve se informar sobre exigências adicionais dos países de destino.
Os fiscais do Ministério da Agricultura verificam o CZI fornecido pelo serviço veterinário oficial do local de origem de cães e gatos com procedência de outros países. O Ministério da Agricultura aceita 18 modelos de Certificados Zoossanitários Internacionais. As normas foram acordadas com os países do Mercosul e da União Européia, e também com África do Sul, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Hong Kong, Índia, Japão, México, Noruega, Nova Zelândia, Omã, Suíça, Taiwan e Venezuela. O Japão e os países da União Europeia exigem, além do CZI, que os animais estejam com um chip de identificação, contendo informações como idade, raça, sexo e nome do proprietário. Para outros animais, como furões, tartarugas, coelhos e papagaios, o passageiro precisa apresentar, além do CZI, uma autorização de importação. O pedido deve ser feito à Superintendência Federal de Agricultura no estado de destino do animal ou ao Departamento de Saúde Animal, em Brasília, antes do embarque. Quando os animais não possuem o CZI, retornam ao país de origem. “Nos casos de inconsistências nas informações, poderá ser concedido um prazo para o proprietário corrigi-las, após avaliação pelo serviço veterinário oficial do Ministério da Agricultura”, explica Marcos Valadão, coordenador-geral da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), em Brasília.
Ingresso
Em 2010, transitaram 13.281 cães e gatos nos três principais aeroportos do país: Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Juscelino Kubitschek (DF). Desses, 9.357 em São Paulo, 3.469 no Rio de Janeiro, e 455 em Brasília. 
Saiba Mais
O Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) é o documento emitido ou aprovado pelo Serviço Veterinário Oficial do país de origem ou de procedência dos animais. Tem como objetivo garantir o cumprimento das condições sanitárias exigidas para o trânsito internacional.

No Brasil, o CZI deve ser emitido por fiscal federal agropecuário, com formação em medicina veterinária e pertencente ao Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). Para solicitar o documento, é recomendável levar o animal e os documentos. O proprietário será o responsável pela fidelidade das informações, que serão fiscalizadas no ponto de ingresso dos animais. O certificado é expedido nos aeroportos, nos casos de transporte aéreo, na fronteira, para o trânsito internacional terrestre, e no porto marítimo ou fluvial, para o transporte marítimo. O documento é gratuito e feito na hora. Excepcionalmente, devido à grande demanda em algumas unidades, a entrega poderá demorar até 48 horas, desde que todos os requisitos tenham sido atendidos.