sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vacinação contra a aftosa começa em novembro

A campanha de vacinação contra a febre aftosa no Paraná deverá ter início do dia primeiro de novembro e irá se estender até o dia 30 do mesmo mês. De acordo com a Secretaria da Agricultura e do  Abastecimento (SEAB), todos os bovinos e bubalinos deverão ser imunizados independente da faixa etária. Ainda de acordo com a SEAB, cerca de 9,6 milhões de animais deverão ser vacinados em todo o estado. Para que o Paraná continue mantendo os índices alcançados nas campanhas anteriores, é importante que todo o produtor se empenhe em vacinar o seu rebanho. Nas últimas edições das campanhas de vacinação, o estado alcançou uma média de 98% de animais vacinados.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Novas alternativas para gerar energia

Cada vez aumenta a preocupação dos países em gerar energia de fontes alternativas. No Brasil, uma das alternativas para essa questão seria a biomassa da cana de açucar. A maior preocupação é gerar energia limpa que venha a reduzir os impactos ao meio ambiente, como a  diminuição da emissão de gases do efeito estufa. Para se ter uma ideia, no ano passado o país produziu 650 milhões de  toneladas de cana. Só com a biomassa da cana produzida em 2009, seria possível gerar R$ 24 bilhões em energia. Cada tonelada de cana, gera 210 quilos de biomassa. Vale a pena o Brasil investir em mais pesquisas, o potencial para se produzir energia limpa no país é muito grande.  

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Campanha contra febre aftosa começa em seis estados

Em outubro, mais de 17,3 milhões de bovinos e búfalos deverão ser imunizados contra a febre aftosa. Trata-se da segunda etapa da campanha de vacinação, que começa nesta sexta-feira, 1° de outubro, e segue até o dia 31, nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima. Na Zona de Alta Vigilância (ZAV) de Mato Grosso do Sul (faixa de 15 km localizada na fronteira do estado com o Paraguai e a Bolívia), os pecuaristas também devem imunizar o rebanho nesse período. Em Rondônia, a campanha será realizada de 15 de outubro a 15 de novembro. “Essa ação é muito importante para a proteção do rebanho contra a doença, contribuindo para manutenção e ampliação das zonas livres de febre aftosa com vacinação no país”, explica Plínio Lopes, coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa) do Ministério da Agricultura. Hoje, 89% dos bovinos e búfalos estão em áreas consideradas livre de febre aftosa com ou sem vacinação. No país, 14 estados e o Distrito Federal possuem o status de zona livre com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O centro-sul do Pará (46 municípios) e as cidades de Boca do Acre e Guajará, no Amazonas, apresentam a mesma classificação. Os demais estados da região Nordeste e o nordeste do Pará são considerados como de médio risco para a doença; Roraima e noroeste do Pará, como de alto risco; e Amazonas e Amapá, de risco desconhecido. Santa Catarina é a única Unidade da Federação reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa, que causa febre e vesículas (bolhas) na boca, narinas, focinho, tetas e pés dos animais de casco fendido. As principais espécies suscetíveis são bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos, podendo também ser acometidos veados, cervos e camelos. (Kelly Beltrão)

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.









quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Paraná e Mato Grosso lideram ranking de embalagens de agrotóxicos recolhidas no campo





Unidade de recolhimento de embalagens em Cambé-PR
O Estado do Mato Grosso e o Paraná são os campeões em recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos no campo. Segundo dados do InpEV, (Instituto Nacional de processamento de Embalagens Vazias), o Mato Grosso destinou 5.138,6 toneladas de embalagens vazias nos oito primeiros meses do ano. O Paraná segue em segundo lugar com 3.558,9 toneladas de embalagens recolhidas. Durante o processo de seleção das embalagens nas unidades de recolhimento espalhadas por todos os estados, são separadas as embalagens que receberam a tríplice lavagem feita pelo agricultor ainda durante a aplicação na lavoura. As embalagens contaminadas, ou seja, as que não foram lavadas pelo agricultor são colocadas em separadas e encaminhadas para São Paulo e Rio de Janeiro para serem incineradas devidamente em fornos especiais onde não há riscos de contaminação ao meio ambiente.

Texto e foto: Fábio Bortoleto

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Aumento de consumo desafia agricultura orgânica brasileira


Os produtores de alimentos orgânicos brasileiros têm um desafio para os próximos anos: conseguir atender à demanda, que é bem maior que a oferta. Segundo o coordenador-geral de Diversificação Econômica do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), José Batista, a produção orgânica nacional vem crescendo mais de 20% ao ano e cerca de 70% dela é exportada para a Europa. “Existe um mercado de orgânicos e a agricultura não está conseguindo atender. Temos demanda, mas não temos produto”, afirmou ele, durante o Encontro Nacional da Agricultura Familiar Orgânica, que começou ontem(16) e termina hoje (17), em Brasília. Batista explicou que um dos objetivos do encontro é organizar o setor para atender o aumento da procura por orgânicos nos próximos anos. Entre as propostas de trabalho, que já estão sendo desenvolvidas está a Política Nacional de Orgânicos, com linhas de crédito especiais, e mais assistência técnica. Uma das metas já traçadas pelo setor é atuar de forma diferenciada na Copa do Mundo de 2014l. Segundo Batista, o projeto Talentos do Brasil Rural pretende abrir 125 empreendimentos - 101 do ramo alimentício, nas cidades-sede da Copa, apresentado e comercializando produtos orgânicos brasileiros em locais de maior concentrarão de turistas, como hotéis e estádios.
Agência Brasil
Autor: Danilo Macedo Repórter da Agência Brasil

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Principal desafio do mundo é conciliar desenvolvimento e preservação ambiental

São Paulo - O principal desafio do mundo hoje é conciliar desenvolvimento com preservação. Para tanto, a chamada Economia Verde, ou de baixo carbono, é considerada por muitos como o único caminho possível de crescer e elevar a qualidade de vida de populações menos privilegiadas, sem exaurir os recursos naturais do planeta. Pavan Sukhdev, assessor especial do Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (PNUMA), é um dos que compartilham dessa visão. Nesta segunda-feira (13), ele participou do evento "Economia Verde: da Intenção à Ação", promovido pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que pretendeu ser uma prévia da 1ª Bolsa Internacional de Negócios da Economia Verde.  A demanda por serviços ambientais praticamente dobrou nos últimos 40 anos e já excede a capacidade de regeneração da Terra. A humanidade, diz Pavan, está consumindo 30% a mais do que o planeta consegue fornecer anualmente. "Isso não é desenvolvimento sustentável", afirmou. Além de se colocar como um contraponto às mudanças climáticas e ao aquecimento global, a economia verde é, segundo ele, o principal caminho para garantir o desenvolvimento sustentável, reduzir a pobreza no mundo e gerar empregos. Ele citou como exemplo o seu país de origem, a Índia, que investiu pesadamente nos último anos na criação de 'green jobs' com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população. "Para nós, a economia verde não é uma alternativa para a erradicação da pobreza, mas a única solução possível. Diferentemente da economia marrom [tradicional], intensamente focada no capital, a nova economia foca-se no desenvolvimento sustentável, com geração de empregos que melhorem a qualidade de vida do trabalhador", disse. "Não se trata apenas de ganhar dinheiro, mas de ter um trabalho decente". Segundo o assessor do PNUMA, cada vez mais aumentam os investimentos públicos nos setores verdes e na geração de empregos. "O setor de energias renováveis, por exemplo, já emprega 2 milhões e 332 mil pessoas em todo o mundo, contra os 2 milhões de postos ocupados no setor de petróleo e gás", disse. Saindo da esfera de produção energética, Pavan Suchdev destacou a importância de adaptação da agricultura aos mecanismo de produção sustentável, principalmente em países com alto nível de dependência da atividade no campo. Em Uganda, onde 80% da população tem na agricultura sua principal fonte de renda, o PNUMA tem trabalhado junto com o governo local para a adoção de técnicas de cultivo orgânico, que reduzem entre 48% e 68% as emissões de CO2. Apesar das perspectivas positivas, ainda são muitos os obstáculos no caminho que leva à economia verde. "Faltam subsídios, leis, impostos e envolvimento do setor financeiro e do mercado", disse Pavan. "Para tornar bem sucedida essa nova economia, são necessários regulamentos por parte Estado e, principalmente, o comprometimento e a cobrança da sociedade civil", concluiu.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vale quer se tornar líder em fertilizantes

Folhapress
A mineradora Vale planeja se tornar a líder mundial em fertilizantes, segundo informações do "The Wall Street Journal". Na próxima sexta-feira, dia 10, a empresa pretende dar início ao seu plano de consolidar um império na área por meio da reestruturação de algumas operações que irão formar uma nova companhia, a Vale Fertilizantes. A companhia reservou US$ 12 bilhões para investir em novos projetos e aquisições em fertilizantes nos próximos três anos, de acordo com a reportagem que cita como fonte o diretor Mario Barbosa.
No início deste mês, fracassou a tentativa da Vale de comprar o controle da Paranapanema, empresa líder na produção de cobre refinado no país. A Vale informou, em nota, que não obteve a adesão necessária para o êxito da oferta. A oferta pública estava condicionada à aquisição de, no mínimo, 50% mais uma ação da empresa. O valor inicial da oferta era de R$ 6,30 por ação, o que representaria desembolso de R$ 2 bilhões caso houvesse adesão de 100% dos acionistas. A Vale chegou a elevar o valor da oferta para R$ 6,75 por ação, mas mesmo assim só atingiu o patamar de 38,28%, abaixo das condições mínimas exigidas.
A operação era interessante para a Vale por conta dos ativos em cobre e fertilizantes. No mês passado, a Vale negou que esteja preparando uma oferta de aquisição da produtora de potássio canadense Potash Corp. "São totalmente infundados os rumores de que (a Vale) teria feito proposta de compra por empresa produtora de fertilizantes ou de que estaria em negociações com o objetivo de fazer uma proposta de compra", disse a companhia em nota.

Folha de Londrina

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pequena propriedade emprega mais, aponta IBGE


O Censo Agropecuário do IBGE mostra que nos pequenos estabelecimentos estão quase 85% dos trabalhadores. Embora a soma de suas áreas represente apenas 30,31% do total de propriedades, os pequenos estabelecimentos respondem por 84,36% das pessoas empregadas. Mesmo que cada um deles gere poucos postos de trabalho, os pequenos estabelecimentos (área inferior a 200 hectares) utilizam 12,6 vezes mais trabalhadores por hectare que os médios e 45,6 vezes mais que os grandes estabelecimentos.
Os dados também mostram que esses trabalhadores fazem parte da agricultura familiar. Produtores e seus parentes representam 77% (ou 12.801.179) do total de ocupados nos estabelecimentos agropecuários.
Apesar de ocupar apenas um quarto da área, a agricultura familiar responde por 38% do valor da produção (ou R$ 54,4 bilhões) desse total. Mesmo cultivando uma área menor, a agricultura familiar é responsável por garantir a segurança alimentar do país gerando os produtos da cesta básica consumidos pelos brasileiros. O valor bruto da produção na agricultura familiar é 677 reais por hectare/ano.
Os dados do IBGE apontam que em 2006, a agricultura familiar foi responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café , 34% do arroz, 58% do leite , 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo. Financiamentos - A pesquisa confirma também as prioridades do atual governo. Dos 5,2 milhões de propriedades existentes, somente 920 mil obtiveram financiamentos para produção. Dos que não foram agraciados, 3,63 milhões (85,42%) são pequenas propriedades. Já as grandes propriedades, captaram 43,6% dos recursos.
Fonte: Diário de Cuiabá

sábado, 4 de setembro de 2010

"A agricultura que o Brasil Almeja"

Por Eduardo Daher
As tecnologias genéticas e químicas estão ligadas à competitividade agrícola, por mais que isso tire o humor de seus adversários
'O feijão colocado à venda nesta manhã acabou rápido nas feiras livres de São Paulo. Com preço tabelado a Cr$ 38,00 pela Coap, Comissão de Abastecimentos e Preços, a venda do produto foi limitada a 2 kg por pessoa. A falta de feijão, e o conseqüente aumento de preços no último mês, obrigaram o governo a expropriar os estoques do produto na Ceagesp e nos armazéns da Companhia Santos-Jundiaí. Instituições de caridade e hospitalares solicitaram prioridade na aquisição do produto.'
A notícia acima, publicada em 21 de agosto de 1959, na 'Folha da Noite', remete a um passado sombrio na vida dos brasileiros, mas é apropriada para que se reflita sobre um equívoco que vem se exacerbando: o de certas lideranças tratarem a agricultura competitiva como se fosse 'inimiga' do país. É isso o que sugerem discursos como o de João Pedro Stedile, da direção nacional do MST ('Tendências/Debates', 28/5). Tal visão coloca em xeque o papel do setor estratégico para a economia nacional.
A atividade agropecuária é provedora da extensa cadeia de alimentos que temos em nossas mesas; fornece, ainda, a infinidade de bens imprescindíveis no nosso dia a dia e de bilhões de pessoas em todo o mundo -do papel deste jornal que lemos à roupa que nos veste. Responde por 23,7% do PIB nacional; movimenta 38,5% das exportações e emprega cerca de 40 milhões de pessoas. A pesquisa e a adoção de tecnologias de base genética (sementes) e química (fertilizantes e defensivos) estão diretamente associadas à competitividade agrícola brasileira. Por mais que esse fato tire o humor dos seus adversários.
Na luta contra a ciência genética, que antes já revolucionara a medicina e hoje aprimora os cultivos, tais lideranças renegam até o sucesso dos pequenos produtores que dizem defender. Foi o que narrou a Folha de S. Paulo, em 23/1/2009, em reportagem sobre o assentamento gaúcho Novo Sarandi: agricultores que adotaram a soja geneticamente modificada foram ameaçados de expulsão da área por dirigentes do movimento. 'Não é um assentamento modelo por causa da contradição da soja transgênica', afirmou um líder.
Perdida a batalha contra os organismos geneticamente modificados (OGMs) junto à opinião pública, que, superado o receio inicial, se mostra mais compreensiva em relação aos transgênicos, aqueles líderes se voltam contra os defensivos agrícolas, ou agrotóxicos. Uma luta insensata, já que a defesa fitossanitária é imprescindível no combate às pragas que devoram cerca de 40% dos alimentos nas plantações no Brasil. 'As alterações do clima acarretam modificações na incidência de pragas agrícolas, com sérias consequências econômicas, sociais e ambientais', explica o engenheiro agrônomo Décio Gazzoni, pesquisador da Embrapa.
Na agricultura tropical, como no Brasil, as pragas são ainda muito mais danosas do que nos países de climas frio e temperado. Agricultores que têm suas lavouras dizimadas em poucos dias sabem o drama que isso significa. A lavoura arcaica, tão apregoada por tais lideranças, não beneficia a agricultura, muito menos o país.Diferentemente, com o olhar num futuro de paz, o que milhões de produtores rurais e, afinal, toda a sociedade almejam é um novo tempo no campo, que vem já se realizando, aqui e agora, mas capaz de impulsionar ainda mais um virtuoso ciclo de prosperidade para todos os brasileiros.
*EDUARDO DAHER , 60, é economista pela FEA-USP, pós-graduado em administração de empresas pela FGV-SP e diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).


Ass. Nacional de Defesa Vegetal - ANDEF

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Paraná vai lançar resolução para normatizar o uso do solo agrícola

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento vai promover nesta sexta-feira (3), em Campo Mourão, o Seminário Estadual de Conservação de Solos para orientar o produtor rural sobre a importância de adotar técnicas de conservação de solos para manutenção da fertilidade natural do solo paranaense. Durante o seminário, que antecede o plantio da safra de verão – a mais importante plantada no Estado, o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Erikson Camargo Chandoha, vai assinar uma resolução que normatiza os métodos de conservação de solos que devem ser adotados pelo produtor paranaense.
A resolução vai determinar que os produtores que fazem o plantio direto não desativem a prática das técnicas de terraceamento, como já está acontecendo em algumas regiões. Ela vai normatizar os trabalhos de fiscalização do uso do solo agrícola.
Segundo o secretário, é atribuição do Estado estabelecer uma política pública dizendo o que é uso racional do solo para maior orientação aos produtores rurais. A resolução tem como respaldo a nota técnica do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) sobre o controle da erosão. A nota diz que o controle é mais eficiente quando o plantio direto está associado à técnica do terraceamento. As duas técnicas aliadas vão evitar e diminuir o processo de erosão que está voltando ao Estado, motivo de preocupação na Secretaria, disse o engenheiro agronomo Ednei Bueno.
O secretário Erikson Chandoha lamentou que muitos produtores estão eliminando a técnica do terraceamento, tão difundida no Paraná na década de 80 e que foi exemplo de conservação de solos para outros Estados e Países. Foi durante a execução do programa Paraná Rural onde as propriedades adotavam as técnicas de conservação de solos a partir de uma microbacia.
Recentemente, o que se constata é que os produtores estão abandonando a técnica do terraceamento para ampliar a área de plantio direto, o que é uma visão equivocada de conservação, disse o secretário. Segundo ele, o plantio direto é uma das técnicas de conservação de solos, mas para que o resultado seja eficiente as técnicas têm que ser adotadas em conjunto, explicou.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Trigo: tempo seco favorece lavouras no Brasil


Pesquisas do Cepea apontam que o clima seco tem favorecido as lavouras de trigo no Paraná e Rio Grande do Sul. Em termos mundiais, no entanto, a estiagem ainda preocupa países da União Européia, Rússia, Ucrânia e Argentina. De modo geral, no Brasil, mesmo com estoques suficientes até a entrada da atual safra, os preços continuam subindo nos últimos dias, influenciados pelos valores internacionais.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a liquidez interna ainda é baixa. Para os derivados, após duas semanas de significativas altas, as variações, ainda positivas, tornaram-se mais amenas na semana passada. Apenas a farinha especial, conforme dados do Cepea, continuou com procura elevada e reajustes mais expressivos. Segundo agentes colaboradores do Cepea, os moinhos voltaram a operar com 100% da capacidade.

Fonte: www.portaldoagronegocio.com.br

Anvisa proíbe utilização do agrotóxico Triclorform no Brasil


O agrotóxico triclorform não poderá mais ser utilizado no Brasil. É o que determina a Resolução RDC 37/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no último dia18. O produto deverá ser retirado do mercado nacional imediatamente. A decisão da Anvisa é fundamentada em estudos toxicológicos que associam o uso da a substância a problemas de hipoplasia cerebelar e efeitos adversos sobre a reprodução e o sistema hormonal humano (desregulação endócrina). O triclorform era autorizado para o uso em mais de 45 culturas como: arroz, alface, feijão, tomate e milho. As importações do produto também estão proibidas. Já o agrotóxico fosmete foi reclassificado como extremamente tóxico. Este ingrediente ativo, autorizado para uso nas culturas de citros, maçã e pêssego, é considerado neurotóxico e é capaz de provocar a síndrome intermediária (caracterizada por fraqueza e insuficiência respiratória). Outras restrições indicadas para o produto são: a diminuição da ingestão diária aceitável de 0,01 para 0,005 mg para cada quilo de peso corpóreo e autorização da aplicação do agrotóxico apenas por meio de trator. Os agrotóxicos a base de fosmete só poderão ser comercializados em embalagens hidrossolúveis dispostas em sacos metalizados.
Além disso, nenhuma nova cultura poderá ser autorizada para o uso do referido agrotóxico. A Resolução RDC 36/2010, que apresenta as novas restrições de uso do fosmete, também foi publicada do Diário Oficial da União do dia 18.

Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Editorial: Poeira de soja


Anos de inação governamental – melhor dizendo, décadas – na área dos transportes terrestres começam a apresentar seus tristes resultados e a cobrar de todos os brasileiros sua parte no prejuízo nacional. Enquanto pelas estradas cada caminhão com soja perde cerca de 60 quilos da mercadoria, entre a fazenda e o porto, o custo do agronegócio se eleva em 147% em seis anos (de 2003 a 2009), segundo as informações recém divulgadas pela Associação Nacional dos exportadores de Cereais (Anec).
Não é de hoje que toda a imprensa e os agentes produtivos deste país alertam para os problemas no setor. Problemas para os quais o tempo, em vez de melhor remédio, é pior veneno, só agrava a situação. Os números que fazem do Brasil um país “medíocre” em transportes, nas palavras de Antonio Wroblieski Filho (sócio da SWRO Participações e Logística) são claros. A produção de soja avança pelas fronteiras agrícolas do Oeste, e as redes de transporte (rodovias, ferrovias, hidrovias) deveriam acompanhar esse desenvolvimento, o que não ocorreu. Mais grave: foram se deteriorando em todo o país.
Como resultado da falta de planejamento e de obras, Mato Grosso exporta 80% da produção pelos portos entre Vitória e S. Francisco do Sul, inclusive, quando o caminho natural para chegar aos consumidores do Hemisfério Norte seria... pelo Norte! Do principal pólo produtor sul-matogrossense, a cidade de Sorriso, até Santos, são 2.100 km. Por limitações da capacidade da ferrovia, 70% da safra é movimentada por caminhões, a um custo de R$ 230,00 a tonelada de soja. Produtores mais próximos dos portos, como os gaúchos, catarinenses, paranaenses e paulistas, têm custo de R$ 55 a R$ 70 a tonelada, resultando assim numa média nacional de R$ 135,6 por tonelada. Ora, nos Estados Unidos, a média é de R$ 31,18. Na Argentina, R$ 34,64. Como não dá para transferir essa diferença aos consumidores estrangeiros, adivinhe o leitor quem paga a conta?...
Fonte: www.agrolink.com.br

Área com plantio de soja cresce 3% no Paraná mas safra de grãos será menor

A safra de verão 2010/11 no Paraná poderá ficar em torno de 7% inferior à safra anterior (2009/10) na produção dos três grãos mais cultivados no Estado que são a soja, o milho e o feijão. A primeira estimativa de safra, divulgada nesta segunda-feira (30) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, aponta para a estabilidade na área plantada com grãos no Estado em 5,6 milhões de hectares. A produção pode cair de 21,4 milhões de toneladas de grãos, colhidos na safra 2010, para 19,9 milhões de toneladas, que serão colhidos na safra 2011. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Erikson Camargo Chandoha, justificou essa queda em função do agricultor paranaense consolidar sua opção pelo plantio da soja no verão e o milho no período da safrinha. Essa decisão influencia no resultado final do volume de produção, já que o rendimento da soja equivale a 50% do rendimento do milho. Em decorrência da opção do produtor paranaense, a área de cultivo de soja deverá crescer 3% no Estado. Chandoha disse estar preocupado com o comportamento do clima durante o desenvolvimento da safra que começa a ser plantada em todo o Estado. Conforme os principais institutos de pesquisa climatológicas do País, esse ano deve predominar a corrente conhecida como La Niña, cujos efeitos mais perversos são o de seca na região Sul do País. O secretário orienta o agricultor a se proteger e adotar técnicas e cultivos mais resistentes à escassez de chuvas para evitar perdas drásticas para a agropecuária do Estado. Ele estava acompanhado do diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni, órgão encarregado de fazer as previsões oficiais de safra no Paraná durante a apresentação dos números da pesquisa à imprensa. A pesquisa de campo, feita pelos técnicos do Deral, indica que este ano o produtor vai ampliar a área plantada com soja que cresce de 4,4 milhões de hectares para 4,5 milhões de hectares. A produção esperada pode apresentar queda de 1%, dependendo do comportamento do clima, que equivale a uma redução 200 mil toneladas no volume de produção, que cai de 13,9 milhões de toneladas para 13,7 milhões de toneladas. O aumento na área plantada com soja já representa a opção do agricultor para se proteger de possíveis efeitos do clima mais seco, disse Chandoha. Segundo ele, o produtor analisa em sua intenção de plantio a liquidez da soja, que é atrelada ao mercado internacional, o custo de produção inferior ao cultivo de milho, o manejo durante todo o desenvolvimento da cultura e menos risco climático, já que a planta é mais resistente à falta de umidade se comparada o milho. Segundo tendência verificada pelo Deral, os produtores estão migrando do cultivo do milho para a soja e o feijão, culturas que estão apresentando mais rentabilidade econômica. A pesquisa aponta que a área cultivada com feijão das águas cresce 8%, avançando de 320,1 mil hectares plantados na safra 2009/10 para 344,9 mil hectares que serão plantados na safra 2010/11. A produção esperada é 19% maior, devendo passar de 485,6 mil toneladas colhidos na safra anterior para 579,8 mil toneladas que poderão ser colhidas na próxima safra.Segundo Chandoha, os produtores de feijão estão animados com os preços de comercialização em torno de R$ 61,35 a saca de 60 quilos, valores que estão acima dos custos de produção. Enquanto a área plantada com soja e feijão aumenta, a pesquisa do Deral detectou uma redução de 15% na área de plantio de milho da safra de verão, que cai de 900 mil hectares plantados na safra passada para 762 mil hectares na próxima safra. Pelo segundo ano consecutivo, é a menor área plantada desde a década de 70. A redução na área plantada em relação à safra passada é de 138 mil hectares. Com área plantada menor, a produção deverá cair em torno de 20% que equivale a um volume de 1,3 milhão de toneladas. A produção, que alcançou 6,8 milhões de toneladas na safra de verão do ano passado, deverá atingir em torno de 5,5 milhões na próxima safra. Nos últimos 5 anos, observa-se a tendência de substituição de áreas de plantio de milho na primeira safra, por soja, e crescimento da área cultivada com milho na segunda safra (safrinha). O produtor leva em consideração o maior risco climático e os tratos culturais e manejo das lavouras de soja são mais fáceis do que para o milho. Apesar na redução na área plantada com milho na primeira safra, observa-se um crescimento da produtividade da cultura. Desde o início da década de 2000, a produtividade média do milho no Paraná evoluiu de 5.500 quilos por hectare para 7.600 quilos por hectare. Esse avanço aconteceu em decorrência da eficiência dos produtores que vêm utilizando mais tecnologia, com novas variedades de plantas e utilizam técnicas como plantio direto e manejo adequado do solo. Outras culturas com cultivo em crescimento no Paraná, em função da diversificação das propriedades agrícolas são a batata das águas, com 12% de aumento na produção; cebola com 20% de aumento; tomate com 18% de crescimento e mandioca com 9% de aumento na produção. CLIMA - A incidência do fenômeno La Niña, que deve predominar este ano, se caracteriza por um período de escassez de chuvas nos próximos meses. Segundo Chandoha, a preocupação é a redução das chuvas na primavera e no verão, justamente quando as lavouras necessitam de maior concentração de umidade para o seu desenvolvimento. Diante desta ameaça, o secretário recomenda ao produtor não descuidar das técnicas preconizadas pela pesquisa agronômica como o plantio escalonado, seguir com atenção as recomendações da pesquisa e da assistência técnica, seguir o zoneamento agrícola e se possível, construir reservatórios para captação de água para armazenagem e utilização nos períodos pico de seca.
Fonte: Agência Estadual de Notícias - Paraná

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pesquisadora da Embrapa alerta para os riscos do uso de sementes pirata

Com a proximidade do período chuvoso e do início do plantio de determinadas culturas, a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Caroline Jácome Costa, faz um alerta ao produtor: a importância de se utilizar sementes certificadas. “A opção pelas sementes de qualidade superior deve ser o ponto de partida para a sustentabilidade do agronegócio. Semente pirata é um barato que sai caro. A utilização de sementes certificadas é uma questão de qualidade”, afirma.

No sistema de certificação, o produtor de sementes tem que seguir determinadas normas, estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Deve-se atender uma série de requisitos ao longo da produção para que, no final do processo, haja a garantia de que se trata de um material representativo da cultivar e que atenda padrões mínimos de qualidade fisiológica e sanitária. Isso acaba se refletindo no próprio desempenho dessa semente no campo”. De acordo com a estudiosa, é possível estabelecer uma relação direta entre a taxa de utilização de sementes de qualidade e os índices de produtividade registrados para as principais culturas.

Segundo ela, a utilização de sementes piratas compromete não apenas o retorno dos investimentos do produtor, mas, também, a continuidade dos programas de melhoramento genético. “O Brasil conta com uma indústria de sementes bem estabelecida, amparada por excelentes instituições públicas e privadas de pesquisa e que oferece um produto de qualidade ao mercado. São os royalties de uma semente que o produtor compra legalmente que alimenta toda a pesquisa”, defende.

Com a utilização de sementes não certificadas, há ainda o problema da introdução de pragas e doenças em áreas indenes. “O recrudescimento de doenças já banidas em algumas culturas de importância econômica, como Cercospora sojina (mancha olho-de-rã) em soja e a disseminação de Sclerotinia sclerotiorum (mofo branco) em áreas livres da doença já foram relatados como consequências da utilização de sementes piratas”. Para as grandes culturas, o custo de produção relativo às sementes fica em torno de 5 a 6%. “Se o produtor decidir economizar com isso, ele pode ter problemas sérios lá na frente. Definitivamente não vale a pena”, afirma a pesquisadora.

Legislação - Dois fatores que podem ter intensificado o uso de sementes piratas nos últimos anos foram a demora para a regulamentação da Lei de Biossegurança, que trata, dentre outros aspectos, da comercialização de organismos geneticamente modificados no país, e a mudança da legislação referente à produção de sementes. Desde 2004, a Lei de Sementes permite a utilização de sementes próprias, o que pode estimular o desenvolvimento de um sistema de produção paralelo ao sistema formal.

Fonte: assessoria de imprensa da Embrapa Cerrados.

Clima ainda não afeta preços, mas impacto pode vir até 2011

A falta de chuvas em diversos Estados brasileiros ainda não alterou os preços agrícolas, seja de grãos, seja de verduras e legumes. Se o clima seco se prolongar, contudo, poderá gerar efeitos de curto e de médio a longo prazo. No curto prazo, o efeito aparece em legumes, verduras e hortaliças. As maiores preocupações, contudo, são com a possibilidade de a seca atingir o plantio de safras importantes, como soja e milho. Os preços de alguns desses itens já começam a ficar pressionados, devido à estiagem em outros produtores estratégicos. A forte seca que fez a Rússia perder US$ 1,1 bilhão em trigo, na pior estiagem em 150 anos, causou impacto nos preços do cereal comercializado no Brasil, que subiu 4,6% na semana passada - a primeira elevação desde novembro de 2009. O movimento de alta nos preços não havia ocorrido mais cedo graças aos estoques acumulados no país, mas agora as cotações da soja e do milho começam a subir. Esses grãos funcionam como substitutos imediatos do trigo, que teve a exportação proibida pelos russos há cerca de um mês. "As dificuldades da Rússia e os problemas de seca que estamos enfrentando agora, combinados, vão chegar nos preços agrícolas sim, mas não é possível mensurar quando", diz Antônio Comone, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, que apura preços semanalmente em São Paulo. "Até o momento, não dá para perceber absolutamente nada", diz ele. Levantamento realizado pela RC Consultores com 14 produtos agrícolas mostra que itens como batata, tomate, leite, ovos e laranja estão comportados. Já milho e soja passam por elevação em agosto. A saca de soja é vendida a R$ 39 e a de milho a R$ 20,2, um avanço de 9,6% e 9,3%, respectivamente, sobre julho. A alta, avalia Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, respondem à maior demanda sobre esses grãos. Os problemas com o trigo russo demoraram a aparecer no mercado interno brasileiro. Desde a última semana de novembro de 2009, a média de preços de uma saca de trigo caiu levemente de uma semana para a outra ou permaneceu estável. "Foram os estoques que seguraram esse baque forte que a Rússia deu, mas tem uma hora que não dá mais", diz Silveira. Na semana passada, o preço da saca de trigo subiu 4,6% sobre a semana anterior - o primeiro avanço em 36 semanas. "O tempo seco ainda não afeta os preços internamente. O aumento decorre unicamente da forte estiagem na Rússia. Se esse tempo seco continuar no Brasil, aí teremos problemas, porque em setembro começa o plantio de grãos importantes, como milho e soja, e o impacto nos preços costuma ser rápido", afirma Silveira. Segundo Comone, os estoques das empresas é que oferecerão sustentação para preços. "Muitas companhias com estoques podem optar por não mexer nos preços para ganhar o espaço do concorrente que está sem estoques, preferindo não ampliar o lucro para ganhar mercado. Esse movimento pode segurar os preços por um tempo", explica o economista, para quem, no entanto, "em mais ou menos tempo, o clima seco em São Paulo e no Brasil vai afetar os preços agrícolas". Em cinco anos da década iniciada em 2000, a inflação de alimentos e bebidas superou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do país. Nos três anos em que o índice de precipitação atingiu mínimas históricas em São Paulo, o avanço nos preços de alimentos superou o IPCA. No entanto, a maior diferença entre alimentos e IPCA foi alcançada em 2002 - 6,9 pontos percentuais - ano em que não houve problemas de seca. Em 2004, quando a estiagem foi mais severa em agosto que a atual, a inflação de alimentos foi inferior ao índice cheio.
Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Revista britânica cita agricultura brasileira como modelo para a crise mundial de alimentos

Segundo a revista, o sucesso das formas de cultivo no Brasil se devem principalmente à "maneira" como são feitas, em oposição às previsões do que o texto chama de "agro-pessimistas". "Para eles [os'agro-pessimistas'], sustentabilidade é a maior das virtudes e é melhor alcançada quando se incentiva pequenas fazendas e práticas orgânicas. Eles [os brasileiros] desdenham com monoculturas e fertilizantes químicos", compara a Economist.
A revista também destaca as vendas de alimentos feitas no mercado local e o equilíbrio entre o desenvolvimento das zonas de cultivo e a proteção do meio-ambiente. "O país é acusado de promover a agricultura arruinando a Floresta Amazônica. É verdade que há o cultivo destrutivo, mas a maior parte da revolução nos últimos 40 anos tem se localizado no cerrado".
Para exemplificar, o artigo cita que, para Norman Borlaug, o "pai da Revolução Verde", a melhor forma de salvar os ecossistemas em risco seria fazer crescer plantações em outros lugares e, assim, evitar que se tocasse nas "maravilhas naturais". "O Brasil mostra que isso pode ser feito (...) Há quatro décadas, o país enfrentou uma crise agrícola e respondeu decididamente com coragem. O mundo está enfrentando uma crise de alimentos em ritmo lento agora e deveria aprender com o Brasil", sintetiza.

Fonte: Portal Exame

Transporte da produção agrícola será o grande desafio do novo presidente.

"Nos últimos anos, houve um crescimento grande na produção e na exportação de produtos agrícolas. Só que esse crescimento não foi acompanhado dos investimentos necessários na logística de escoamento dessa produção", salientou Alvarenga. "Isso passa pelas rodovias e pelos portos, principalmente". O adiamento da solução desse gargalo de transporte poderá inviabilizar o crescimento projetado para a área de grãos e de cana-de-açúcar, com destaque para o etanol, advertiu o presidente da SNA. Para ele, é preciso reduzir a dependência do modal rodoviário, que representa 61% da matriz de transporte agrícola no Brasil. Segundo Alvarenga, as rodovias têm custo mais elevado e apresentam, na maioria, "péssima condição de conservação". O ideal seria estimular a construção ou a recuperação de ferrovias e hidrovias, "como é no resto do mundo todo". Alvarenga afirmou que o custo do transporte dos produtos agrícolas no Brasil é praticamente o dobro do custo de países como Estados Unidos e Argentina. Outro desafio que o próximo governo terá de enfrentar é a necessidade de aumento da oferta de crédito. "O setor está endividado e tem que ter mais crédito para continuar crescendo". O titular da SNA defendeu, ainda, maior incentivo à pesquisa e às exportações.

Fonte: Portal Exame