sexta-feira, 29 de julho de 2011

PIB da Agropecuária cresce 3,68% no ano e lidera crescimento do agronegócio
Alta dos preços do algodão, café, laranja, milho e soja influencia resultado positivo
O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária cresceu 0,97% no mês de abril, resultado que elevou para 3,68% a alta acumulada do PIB do segmento no ano. O resultado do setor primário liderou o crescimento do PIB do agronegócio em 2011, cuja expansão foi de 0,68% em abril, acumulando expansão de 2,76% no ano. Os dados foram divulgados, na quinta-feira (28/7), pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O estudo da CNA, feito em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), mostra que, na agricultura, a forte alta dos preços de importantes culturas, como algodão, café, laranja, milho e soja, elevou o faturamento do segmento. Em volume de produção, o desempenho foi bem mais modesto, com quedas em alguns casos, como café, cana-de-açúcar e trigo. O PIB do segmento primário da pecuária registrou alta de 1,89% no acumulado do ano.
O desempenho da pecuária foi um dos fatores que influenciou o resultado do segmento de insumos agropecuários. O desempenho do setor para a pecuária cresceu 0,63% em abril; no caso da agricultura, o crescimento foi de 0,91%. A expectativa é que a comercialização de insumos continue aquecida nos próximos meses, o que costuma caracterizar o período que antecede o plantio de uma nova safra. Em termos de preços, a expansão real foi de apenas 0,68% no ano, considerando a inflação no período.
VBP – A alta dos preços agropecuários e o crescimento da produção determinaram a revisão das estimativas de junho para o Valor Bruto da Produção (VBP) em 2011. De acordo com a CNA, o VBP deve crescer 9,9% no ano, para R$ 283,9 bilhões, valor que supera o resultado de 2010, quando o VBP foi de R$ 258,2 bilhões. O destaque é o faturamento da pecuária, que deve crescer 10,5% para R$ 108,2 bilhões em 2011. A CNA também divulgou, na quinta-feira (28), dados da balança comercial do agronegócio. Em junho, as exportações de produtos agropecuários renderam US$ 8,9 bilhões, com crescimento de 29,1% em relação a igual período de 2010. O acumulado no ano também mostrou sinais positivos, com incremento de 23,4%, resultando num faturamento de US$ 43,2 bilhões.
Agrolink

Sanepar amplia uso de lodo de esgoto como adubo agrícola
Técnicos da Sanepar estão preparando o segundo lote de biossólido (adubo agrícola do lodo do esgoto) para repasse a agricultores no município de Dois Vizinhos (Sudoeste).
Dez agricultores vão receber o adubo para aplicar em suas propriedades. Eles integram a Associação Unidos Venceremos, criada há cinco anos na comunidade de Flor da Serra e que reúne 21 produtores que tiram o sustento da agricultura familiar. O primeiro lote de adubo foi entregue em maio do ano passado, quando 450 toneladas foram destinadas ao Colégio Agrícola de Francisco Beltrão (Oeste) para o cultivo de grãos, como milho e soja. Antes de ser transformado em adubo, o lodo é submetido à caracterização química (metais pesados, poluentes orgânicos e potencial agronômico) e biológica (agentes patogênicos), atendendo a todas as exigências da Resolução 375, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).  O programa de uso do lodo de esgoto existe na Sanepar desde 2000. Os primeiros agricultores a utilizar o biossólido são da Região Metropolitana de Curitiba, onde somente no período de 2007 a 2010 foram distribuídas 91 mil toneladas de lodo de esgoto, para 78 agricultores. O lodo apresenta quantidade importante de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, que podem substituir em grande parte os adubos químicos. Os estudos confirmam que a produtividade, comparada ao cultivo sem lodo, aumenta significativamente, podendo alcançar até 50%, dependendo do solo.
Lodo
O biossólido, ou lodo de esgoto, é um resíduo sólido resultante do tratamento do esgoto doméstico. Do ponto de vista agronômico, o lodo apresenta potencial fertilizante, pois possui significativa quantidade de nitrogênio, fósforo e matéria orgânica. Além disso, o processo de estabilização alcalina prolongada faz dele um eficiente corretivo da acidez do solo. A sua utilização é apropriada para grandes culturas, como soja e milho, trigo, e também para reflorestamento. Contudo, não é indicado para hortaliças ou culturas cujas partes comestíveis têm contato direto com o solo, como batata e mandioca.
Folha de Londrina


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Resolução simplifica lei estadual de agrotóxicos
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, assinou nesta segunda-feira (25) resolução que simplifica o cadastro de agrotóxicos. Essa é a primeira etapa da revisão total da lei estadual de agrotóxicos, que está em vigor desde 1983 e encontra-se defasada, sem sintonia com a legislação federal. A resolução permite que as indústrias de agrotóxicos que têm produtos já liberados para o mercado pelo governo federal oscomercializem no mercado paranaense. A lei estadual exigia que, após serem submetidos a todos os testes de eficiência agroeconômica nos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, os produtos deveriam passar por uma segunda bateria de exames no Estado.
A resolução vai uniformizar a legislação estadual com a federal. “Se já são exigidos testes de eficiência agroeconômica por parte de órgãos federais com credibilidade, como a Anvisa, o Ibama e o próprio Ministério da Agricultura, não há por que repetir todos esses exames novamente no Paraná”, justificou Ortigara.Na prática, a revisão vai legalizar procedimentos já adotados por produtores que trazemde outros estados produtos cuja venda não é permitida no Paraná, por não terem se submetido aos exames previstos na legislação estadual.
GRUPO DE ESTUDOS - A resolução foi assinada após um grupo de estudod -  instituído pelo secretário da Agricultura e integrado por representantes da Seab, Emater, Iapar, Embrapa, cooperativas e produtores - apresentar as justificativas recomendando essa iniciativa. De acordo com a coordenadora do grupo, engenheira agrônoma Carla Maria Pereira Paiva, a legislação estadual foi criada numa época em que havia falhas na legislação federal.“Quando foi promulgada, em 1983, a lei estadual de agrotóxicos veio preencher uma lacuna deixada pelo governo federal. Com a revisão da legislação federal, em 1989 e, posteriormente, em 2002, obrigando as indústrias a submeterem seus produtos aos testes de eficiência na Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura, entendemos que foram criados os mecanismos de controle para produção de agrotóxicos por parte do governo federal”, explicou Paiva.
Além disso, diz ela, o Paraná é o único estado que faz o monitoramento do comércio de agrotóxicos através do Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Paraná (Siagro). Com o controle das informações sobre o comércio de agrotóxicos, a Seab reúne elementos para incentivar a prática de uma agricultura com uso racional de produtos químicos, dando garantias ao consumidor de um produto saudável e de qualidade.

O Paraná é um grande consumidor de agrotóxicos, da ordem de 80 mil toneladas por ano, mas também é o maior produtor de alimentos do País, o que justifica a necessidade de aplicação do insumo, afirma a engenheira agrônoma. Muitos produtores, principalmente de mandioca, frutas e arroz ,sentiam-se prejudicados com a falta de produtos decorrente do desinteresse das indústrias em fazer um segundo processo para sua venda no Estado.
FISCALIZAÇÃO - O secretário Ortigara ressalta que a resolução liberando o registro de agrotóxicos por parte da indústria não significa liberação de agrotóxicos no Paraná. Com a simplificação do registro a Secretaria da Agricultura vai intensificar a fiscalização, por meio da coleta de resíduos de agrotóxicos nas propriedades. Trata-se do Programa Estadual de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos, que vai acompanhar o nível de aplicação dos produtos por parte dos produtores. A partir de 2012 a secretaria vai intensificar a coleta de amostras da produção vegetal nas propriedades para acompanhar e verificar se os produtores estão produzindo com excesso de resíduos de agrotóxicos. Segundo Carla Paiva, o produtor não precisa temer os efeitos da fiscalização: “Para o produtor que usar corretamente os produtos, conforme a cultura e nas doses recomendadas, não há o que temer”.
Foi constituída uma comissão de assessoramento, com a participação de pesquisadores, que pode solicitar exames de produtos se julgar necessário. Mas esse procedimento passa a ser exceção e não mais a regra, como antes, explica a engenheira agrônoma. Essa resolução tem caráter transitório, até ser revista toda a lei estadual de agrotóxicos, que ainda será enviada para aprovação na Assembleia Legislativa e poderá ter alterações, diz Carla Paiva. “A atualização da lei é demorada e, para não prejudicar os produtores, antecipamos a resolução, atendendo os apelos do setor produtivo”.
Agência Estadual de Noticias PR

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Atraso na colheita pode elevar preço do milho em Mato Grosso
Demora no plantio da soja e preferência pelo algodão prejudicaram o milho. Queda na produção deve influenciar aumento de rentabilidade do produtor.
A colheita da safra 2010/2011 de milho em Mato Grosso está atrasada. Os produtores tiraram do campo aproximadamente 27,5% do grão cultivado no ciclo atual, estimado em 1,752 milhão de toneladas. Na temporada anterior, quando a produção era de 2 milhões de toneladas, a colheita no período chegava a 66% da área. Os dados foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (11). De acordo com o diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro, o atraso na colheita ocorre por dois fatores. O primeiro está relacionado ao atraso no plantio da soja, em setembro do ano passado, por falta de chuva. Outra justificativa é a preferência pelo algodão para a produção da segunda safra. “Os preços atrativos da pluma fizeram com que o produtor plantasse o milho após a colheita da pluma”.
Para Fávaro, essa última característica pode influenciar a quebra da safra. “Com esse atraso, o milho sofreu com a estiagem”. Ele acrescenta que a perda na produção ainda é incalculável, mas pode chegar a 50% da produtividade por área no que ainda falta ser colhido”. Por exemplo, se o produtor colheu até o momento 120 sacas por hectare, nos próximos meses a estimativa é que reduza para 60 sacas/ha.
Preço
O diretor da Aprosoja ressalta que a quebra da safra pode elevar a rentabilidade do produtor. Com a falta de produto no mercado, que se mantém aquecido, a expectativa é para a alta dos preços. O agricultor ainda está supervisionando a safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul, que pode perder produtividade em função da geada. De acordo com o Imea, o preço do milho ofertado pelas tradings e corretoras ficou na casa dos R$ 15,50 por saca no município mato-grossense de Campos de Júlio. Em Rondonópolis o preço chegou a R$ 19,50 por saca.
G1 - Globo
Autor: Vivian Lessa
Área de grãos voltará a crescer em 11/12, prevê Agroconsult
Em sua estimativa inicial para a temporada 2011/12, a Agroconsult prevê um aumento de 800 mil hectares na área cultivada com soja no país, para o recorde de 25 milhões de hectares, ante 24,2 milhões de hectares do ciclo 2010/11
A área cultivada com milho e soja deve voltar a crescer na temporada 2011/12, na esteira dos altos preços de commodities agrícolas, baixos estoques de grãos nos Estados Unidos, e beneficiada por uma relação de troca favorável aos produtores, disse um executivo da Agroconsult nesta terça-feira. "Sou altista para os preços em Chicago. Vai depender do clima, mas os estoques devem continuar baixos", disse o sócio diretor da Agroconsult, André Pessôa.
Em sua estimativa inicial para a temporada 2011/12, a Agroconsult prevê um aumento de 800 mil hectares na área cultivada com soja no país, para o recorde de 25 milhões de hectares, ante 24,2 milhões de hectares do ciclo 2010/11. O cultivo da safra de verão tem início em setembro, com o retorno da temporada das chuvas. No ciclo 2010/11, o Brasil cultivou uma área recorde com soja. Para o milho, a consultoria aponta uma alta de 300 mil hectares, para 8,2 milhões de hectares, versus 7,9 milhões de hectares cultivados no ciclo anterior. Mas, neste caso, o incremento deve ser ocorrer sobretudo nos Estados do Sul e nas fronteiras agrícolas do Nordeste, como oeste da Bahia e sul do Maranhão, em áreas de alta tecnologia.
Além dos preços favoráveis, os produtores brasileiros trabalham com um cenário positivo no que se refere ao custo de produção. Segundo Pessôa, apesar do aumento de 6 por cento estimado no custo para produzir a soja e de 11 por cento para o milho, o produtor ainda conta com uma relação de troca muito favorável. "Apesar do aumento do custo de produção, o produtor (brasileiro) hoje precisa de menos sacos para adquirir o pacote básico de tecnologia (necessária para cultivar a safra) na comparação com o ano passado", disse Pessôa.
Nos cálculos iniciais da consultoria, o produtor de soja precisará em média de 23 sacas de 60 kg de soja para adquirir um pacote básico de tecnologia, que inclui sementes, fertilizantes e defensivos, para cultivar 1 hectare de terra. Em 2010, o produtor precisava de 30 sacas para comprar o mesmo pacote. No caso do milho, a diferença é mais significativa. Em 2011, segundo a consultoria, devem ser necessárias 55 sacas de milho para pagar o pacote de insumos utilizados no cultivo de 1 hectare com o cereal, contra 75 sacas em 2010. A base de preços no caso da soja leva em conta as cotações médias em Mato Grosso e a de milho as cotações médias do Paraná.
Algodão
Na avaliação da Agroconsult, a área cultivada com algodão também pode voltar a aumentar e a consultoria trabalha com a perspectiva de um novo incremento de 200 mil hectares, para 1,58 milhão de hectares. No ciclo 2010/11 houve forte expansão do ano passado, quando se registrou um salto de mais de 60 por cento no plantio da pluma no Brasil, para 1,38 milhão de hectares. Mas o consultor ressalta que a retração dos preços do algodão, especialmente no mercado interno, pode interferir nesta projeção. Segundo Pessôa, os preços recuaram por conta de uma retração da demanda que não manteve o ritmo das compras em meio à forte alta dos preços da commodity desde o segundo semestre de 2010.
Agência Reuters

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Agronegócio perde R$ 1,2 bilhão
Prejuízo da geada e da seca chega a 34% no milho e a 8% no trigo. Renda anual do setor deve ser reduzida em 4,5% pelo impacto também nas pastagens, cafezais e outros cultivos
 As duas geadas da semana passada e a estiagem de maio provocaram estrago avaliado em R$ 1,2 bilhão no milho e no trigo no Paraná, conforme levantamento divulgado ontem pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os dados não incluem as geadas desta semana e são preliminares (podem ter ajustes). Se consideradas todas as culturas, as perdas, concentradas nas regiões Oeste e Norte, podem passar de R$ 2 bilhões, avaliam técnicos e produtores. O maior prejuízo foi verificado no milho. As cotações em alta estimularam aumento de 27% no plantio, que somou 1,7 milhão de hectares. Mas a previsão de colheita teve de ser reduzida de 8,12 milhões para 5,31 milhões de toneladas, com perda de 34,6% – sendo 8,4 pontos atribuídos à falta de chuva e 26,2 à geada. A diferença é de 2,81 milhões de toneladas ou 46,8 milhões de sacas, que poderiam render R$ 1,11 bilhão aos produtores.
O trigo paranaense, que teve área reduzida em 12% (para 1,02 milhão de hectares), renderia 2,86 milhões de toneladas, mas deve se limitar a 2,61 milhões. Houve quebra de 8,7%. São 2 pontos da seca e o restante das geadas. As 250 mil toneladas que deixarão de ser colhidas poderiam render R$ 111 milhões, estima o Deral. Desde que a notícia da quebra provocada pelas geadas se espalhou, há uma semana, as cotações subiram 0,74% e 1,37%, respectivamente, no estado. O milho estava cotado ontem a R$ 23,94 (saca de 60 quilos), valor 83% superior ao de julho do ano passado, enquanto o trigo alcançava R$ 26,73, com alta de 20,25% em um ano.
“O principal problema foram as geadas dos dias 27 e 28 de junho. Nesta semana, as ocorrências têm sido mais fracas e, por enquanto, não temos relatos de perdas expressivas”, disse o economista do Deral Marcelo Garrido. As geadas atingiram ainda pastagens, cafezais, hortas, pomares e mandiocais. Se chegarem a R$ 2 bilhões, vão representar um rombo de 4,5% sobre a renda total do setor, isso tomando como referência o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2010 (R$ 44,1 bilhões), que foi recorde. Conforme a Seab, trata-se da maior perda desde 2000/01, quando o frio comprometeu mais da metade da produção de milho. A última quebra ocorreu em 2007/08 e foi de 15,1%. O clima vinha favorecendo a produção desde o início da safra 2010/11. A quebra ocorre após um período de otimismo e bons resultados em relação à produção e aos preços, avaliou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Ele acredita que a indústria da carne pode ter de importar milho neste ano.
Os produtores correm o risco de ficar sem milho para honrar as vendas antecipadas. Jurandir Alexandre Lamb, que tem 170 hectares plantados em Toledo (Sudoeste), estima que a produção vai render 25% do potencial de 6,5 t/ha, justamente a proporção que ele precisa para cumprir seus compromissos contratuais. “Parte da safra foi vendida por contrato de opção (pelo qual o produtor opta por entregar o produto ou pagar uma espécie de multa) e outra parte com exigência de entrega. Preciso colher o que for possível para cumprir todas as vendas.” Lamb pondera que as perdas só serão conhecidas com exatidão em agosto. A seca atrasou o desenvolvimento do cereal, que ficou mais tempo frágil para a ocorrência de geadas. “É a natureza, não há o que fazer”, lamenta. No trigo, ocorre o inverso: quanto mais adiantada a plantação, maior o prejuízo. Mesmo assim, nos Campos Gerais, onde a lavoura tem apenas entre 30 e 40 dias, as perdas se aproximam de 10%, afirma o triticultor Willem Bauwman, de Castro, que planta o cereal em 1 mil hectares. “Uma geada fraca seria até positiva para a formação de cachos. O problema é que a temperatura chegou a 4 graus negativos dia 28”, relata.
José Rocher
Gazeta do povo 

Conab divulga levantamento desatualizado
Folhapress
Sem considerar as perdas provocadas pelas geadas há uma semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem que a safra 2010/11 será 8,6% maior que a da temporada anterior. Com base em consulta realizada três semanas atrás, o relatório diz que a produção brasileira de grãos vai atingir 162 milhões de toneladas. A Conab considera que a área plantada das 14 principais culturas teve crescimento de 4,4%, passando de 47,4 milhões para 49,5 milhões de hectares. Os principais responsáveis pelo resultado foram soja, milho, algodão, feijão e arroz. O algodão teve o maior crescimento (66,4%), alcançando 1,39 milhão de hectares. A produção total deve chegar a 2 milhões de toneladas de pluma. A produção de soja deve se confirmar como a maior da história: 75 milhões de toneladas. Isso representa uma alta de 9,2% em comparação com a safra 2009/2010. A área plantada da oleaginosa também cresceu: 2,9%, chegando a 24,1 milhões de hectares. Para o milho, a Conab mantém previsão de 57,1 milhões de toneladas, que somam as safras de inverno e verão. Para o trigo, calcula-se queda de 7,3% – para 5,4 milhões de toneladas – por causa da seca de maio e da redução de 3,3% na área plantada (para 2 milhões de hectares).

Rússia dará resposta sobre embargo a frigoríficos brasileiros em 15 dias
Brasília – O Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) pediu 15 dias para se manifestar sobre a última negociação para acabar com o embargo às exportações de carne de 85 frigoríficos do Paraná, Rio Grande do Sul e de Mato Grosso. Desde segunda-feira (4), missão brasileira comandada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, manteve, em Moscou, reuniões com autoridades russas para tentar reverter a situação de embargo, em vigor desde 15 de junho. “O Brasil respondeu a todos os questionamentos e os russos, de posse das informações, pediram 15 dias para nos dar um retorno”, informou o Ministério da Agricultura.
No final da semana passada, o ministro Wagner Rossi já havia adiantado que, dos 210 frigoríficos nacionais habilitados a exportar para a Rússia antes do início dos embargos, apenas 140 estariam na lista entregue pelos representantes do governo brasileiro ao Rosselkhoznadzor. Os demais terão que se adaptar às exigências. Na ocasião, Rossi criticou a má qualidade das traduções, para o idioma russo, dos documentos encaminhados pelo Brasil. Segundo o ministro, os erros de tradução foram objeto de uma reclamação pessoal endereçada a ele pelo diretor do Rosselkhoznadzor, Sergey Dankvert. As falhas de tradução podem ter atrasado a avaliação das respostas brasileiras aos questionamentos da autoridade russa.
Agência Brasil
Danilo Macedo
Soja: Conab reafirma em seu novo levantamento recorde em MT
Produção mato-grossense chega a 20,41 milhões de toneladas
O 10º levantamento de safra, divulgado nesa quarta-feira (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta uma produção de 20,41 milhões de toneladas de soja em Mato Grosso, novo recorde. O incremento será de 8,76%, considerando os números da safra 09/10, que chegou a 18,76 milhões de toneladas. Já a área plantada apresenta expansão de 2,79%, passando de 6,22 milhões de hectares para 6,39 milhões de hectares. A produtividade também terá crescimento (5,80%), saltando de 3,01 mil quilos de soja por hectare, no ano passado, para 3,19 mil Kg/ha, este ano.
A soja continua na vanguarda do agronegócio mato-grossense, mas na safra 10/11 o destaque ficou por conta do algodão, com crescimento de 77,20% em relação ao ciclo anterior. A produção passa de 583,5 mil toneladas para 1,03 milhão/t de pluma, mantendo Mato Grosso na liderança da produção nacional, com mais de 50% de toda a safra brasileira de algodão. A área plantada avançou de 428,1 mil/ha para 714,9,1 mil/ha, incremento de 66,99%. Segundo a Conab, este crescimento ocorreu principalmente no plantio de primeira safra, consequência do atraso do plantio da soja, ocasionado pela falta de chuva que reduziu a janela de plantio para o cultivo da segunda safra. A produtividade apresenta crescimento de 6,16%, avançando de 1,36 mil Kg/ha na safra 09/10 para 1,44 mil Kg/ha na atual safra.
Destaque no ano passado, o milho confirmará produção de 7,41 milhões de toneladas, queda de 8,69% em relação ao ciclo anterior (8,11 milhões de toneladas). A área apresenta recuo de 5,98%, caindo de 1,99 mil/ha para 1,87 mil/ha. Na safra 10/11, a safrinha de milho começou a ser semeada no início de janeiro, concorrendo com o algodão segunda safra. Já a produtividade caiu de 4,07 mil Kg/ha para 3,96 Kg/ha, recuo de 2,92%. A produção de arroz deverá crescer 5,83%, passando de 742,7 mil/t para 786 mil/t. A área evoluiu de 246,9 mil/ha para 252,8 mil/ha, expansão de 2,39% e a produtividade aumentou de 3 mil Kg//há para 3,10 mil Kg/ha, incremento de 3,35%.
De acordo com a Conab, no mês de junho as precipitações ocorreram próximas da média histórica nas principais regiões produtoras do Centro-Sul. Já na maior parte do Mato Grosso, apesar de ligeiramente acima da média, as precipitações foram insuficientes para recuperar a umidade disponível no solo e amenizar as perdas do milho segunda safra plantado mais tarde. (Veja quadro)
DESTAQUE - O maior incremento de área foi constatado na região Centro-Oeste, que participa com 64% no total da área plantada. Nessa região, o incremento foi na ordem de 68,6%. Em Mato Grosso, principal produtor nacional, o crescimento na área ocorre principalmente no plantio de primeira safra, consequência do retardamento do plantio da soja, ocasionado pela falta de chuva, reduzindo desta forma, a janela de plantio para o cultivo do algodão segunda safra.
Marcondes Maciel
Diário de Cuiabá

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Valor Bruto da Produção supera as expectativas no Paraná
O VBP agrícola de 2010 superou as expectativas iniciais e deve alcançar o valor recorde de R$ 44,1 bilhões. Esse resultado é uma versão preliminar divulgada na terça-feira (05) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e representa o melhor resultado dos últimos 10 anos, superando inclusive o recorde de R$ 41,4 bilhões atingido em 2008, ano em que os preços estiveram satisfatórios para a maioria dos produtos agrícolas. Se for confirmado esse valor, o VBP de 2010 representará um crescimento de 17% em relação a 2009, impulsionado pelos avanços da tecnologia empregada, que resultaram no aumento de produtividade da produção agropecuária paranaense.
Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o aumento do VBP em 2010 evidencia o não atrelamento da agropecuária paranaense em relação ao câmbio. Segundo ele, apesar da forte influência das exportações sobre o setor, o fato é que o mercado interno vem crescendo e equilibrando parcialmente a oferta e os preços.
GRÃOS – De acordo com o levantamento feito pela Divisão de Estatística do Departamento de Economia Rural (Deral), a agricultura ainda é o setor de maior representatividade no Estado, alcançando um faturamento bruto de R$ 13,3 bilhões entre as produções de soja, milho e trigo. A produção de soja, que aumentou em torno de 50% em relação a 2009, gerou uma renda bruta de R$ 8,1 bilhões aos produtores, volume 13% acima do faturamento da safra anterior. Com o aumento na produção a renda obtida poderia até ser maior, mas ficou limitada em função dos preços praticados no ano passado, que foram em torno de 25% inferiores aos do ano anterior. Somando as duas safras de milho cultivadas no Paraná, o faturamento bruto foi de R$ 3,7 bilhões, 23% acima da comercialização da safra anterior. O aumento no faturamento ocorreu mais em função do incremento de 20% na oferta de milho do que pela valorização nos preços do grão, que ocorreu quando praticamente toda a safra estava vendida.
Ainda na safra de grãos, a comercialização do trigo gerou faturamento 31% acima do ano anterior, alcançando uma renda de R$ 1,5 bilhão para os produtores. Embora os preços tenham permanecido estáveis, o aumento na renda ocorreu por causa da manutenção da área plantada e da recuperação da produção de trigo, que registrou perdas na safra anterior por causa da seca ocorrida no Estado em 2009.
PECUÁRIA – A pecuária vem proporcionando gradativamente mais renda aos produtores paranaenses, numa demonstração de que a agregação de valor à produção é a alternativa para o esgotamento das fronteiras agrícolas. O faturamento da pecuária alcançou R$ 12,9 bilhões, cerca de R$ 1,1 bilhão a mais do que o registrado em 2009. A produção de carne bovina teve desempenho positivo, com um faturamento de R$ 2,2 bilhões, volume 18% acima do ano anterior. O setor foi beneficiado pela elevação de 11% no número de abates e no aumento de 6% nos preços da carne bovina em relação a 2009.
Desempenho semelhante teve a produção de leite, que proporcionou uma renda de R$ 2,6 bilhões aos produtores, volume 7% acima do ano anterior. A bovinocultura de leite continua crescendo no Estado, com um incremento de 3% na produção em 2010. Os preços pagos ao produtor também foram mais remuneradores e ficaram 4% acima dos praticados em 2009.
A renda da avicultura caiu 9% por causa da queda de preços no mercado interno e manutenção da oferta, mas gerou uma renda de R$ 5,1 bilhões, volume que manteve a estabilidade do setor. A renda gerada pelo setor de criação de frango para engorda foi melhor e aumentou 52% em relação ao ano anterior, por causa do aumento na procura e, consequentemente, nos preços desses animais. A suinocultura continua sendo pautada pela instabilidade. Após forte retração nos preços ocorrida em 2009, eles voltaram a subir em 2010, gerando uma renda de R$ 1,6 bilhão aos produtores. A recuperação nos preços em torno de 18% e o crescimento de 3% no número de animais abatidos resultaram no aumento de 21% no faturamento do setor.
MADEIRA E CANA-DE-AÇÚCAR – O setor madeireiro no Paraná, representado pelas serrarias e laminadoras, também teve resultados satisfatórios em função da valorização de 4% nos preços da madeira, que gerou um incremento no corte de toras. Com isso houve um aumento de 9% na renda e o faturamento atingiu R$ 2,1 bilhões.
A cana-de-açúcar, embora tenha registrado um recuo de 3% na produção em 2010, teve um aumento de 9% na renda em função do aquecimento dos preços do açúcar no mercado internacional. Os produtores receberam um aumento médio de 12% pela tonelada de cana e o faturamento do setor atingiu R$ 1,8 bilhão.
FPM – Está é a primeira versão do Valor Bruto da Produção 2010. O índice final do VBP é um dos componentes do Fundo de Participação dos Municípios, que é um recurso repassado pelo governo estadual às prefeituras. O resultado final do VBP de 2010, correspondente ao desempenho da safra 2009/10, pesquisado no decorrer da comercialização em 2011, passa a valer para efeito de repasse do FPM em 2012, ou seja, sempre dois anos após concluída e vendida a safra.
Agência Estadual de Notícias - Paraná
Em junho, IBGE prevê safra de grãos 8,0% maior que safra recorde de 2010
A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica produção da ordem de 161,5 milhões de toneladas, superior em 8,0% à safra recorde obtida em 2010 (149,6 milhões de toneladas). É o que indica a sexta estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) em 2011. A área a ser colhida em 2011, de 49,0 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 5,3%, frente à área colhida em 2010. As três principais culturas (o arroz, o milho e a soja), que somadas representam 90,5% do volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, respondem por 82,4% da área a ser colhida registrando, em relação ao ano anterior, variações de 1,5%, 5,3% e 3,4%, respectivamente. Quanto à produção os acréscimos são, nessa ordem, de 18,1%, 3,2% e 9,3%.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa.
Entre as grandes regiões, esse volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresenta a seguinte distribuição: região Sul, 68,1 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 55,8 milhões de toneladas; Sudeste, 17,1 milhões de toneladas; Nordeste, 16,2 milhões de toneladas e Norte, 4,3 milhões de toneladas. Comparativamente ao ano anterior, são constatados incrementos em todas as regiões: Norte, 8,0%, Nordeste, 37,1%, Sudeste, 0,3%, Centro-Oeste, 6,3% e Sul, 6,0%. O Paraná, nessa avaliação para 2011, mantém a liderança na produção nacional de grãos, com participação de 20,5%, seguido pelo Mato Grosso com 19,3% e Rio Grande do Sul com 17,7%.
Estimativa de junho em relação à produção obtida em 2010
Dentre os vinte e cinco produtos selecionados, dezessete apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (76,7%), amendoim em casca 1ª safra (25,5%), arroz em casca (18,1%), batata-inglesa 1ª safra (13,4%), batata-inglesa 2ª safra (2,2%), batata-inglesa 3ª safra (1,4%), cacau em amêndoa (4,2%), cevada em grão (8,1%), feijão em grão 1ª safra (30,3%), feijão em grão 2ª safra (15,1%), mamona em baga (47,0%), mandioca (8,2%), milho em grão 1ª safra (2,6%), milho em grão 2ª safra (3,9%), soja em grão (9,3%), sorgo em grão (21,5%) e triticale em grão (23,7%). Com variação negativa: amendoim em casca 2ª safra (11,2%), aveia em grão (-4,9%), café em grão (8,4%), cana-de-açúcar (5,1%), cebola (7,1%), feijão em grão 3ª safra (8,0%), laranja (1,8%) e trigo em grão (11,8%). São recordes em 2011 as produções de algodão herbáceo em caroço, arroz em casca, batata-inglesa 1ª safra, batata-inglesa 2ª safra, cacau em amêndoa, feijão em grão 1ª safra, milho em grão 2ª safra e soja em grão.
Destaques na estimativa de junho em relação a maio
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A produção esperada é da ordem de 5,2 milhões de toneladas, 1,3% maior que a apontada em maio. O aumento reflete a alteração na área plantada, que registra neste levantamento também idêntica variação percentual, haja vista a estabilidade no rendimento médio que foi de 3.760 kg/ha contra os 3.761 kg/ha informados anteriormente. O estado do Mato Grosso, com produção prevista de 2,7 milhões de toneladas suplantando o recorde de 2007 (2,2 milhões de toneladas), e o estado da Bahia, com 1,5 milhão de toneladas também superando o recorde de 2008 (1,2 milhão de toneladas), somam 80,7% da produção nacional e não promoveram alterações nas estimativas. Os ganhos de produção deste mês ocorreram, notadamente, nas Unidades da Federação com menor participação percentual, com destaque para o Mato Grosso do Sul (4,4%) e Goiás (7,5%).

CAFÉ (em grão) – Acentua-se neste mês a tendência de queda do rendimento médio e da produção, previsível para um ano em que a bianualidade do cafeeiro está em seu ciclo de baixa. Neste levantamento a estimativa da produção nacional apresenta decréscimo de 0,7% em relação a maio. O rendimento médio também mostra redução de 0,7%. Minas Gerais, o maior produtor brasileiro de café, apresenta decréscimo de 0,2% na produção esperada, quando comparada com a informação anterior, que totaliza 1.332.028 toneladas (22,2 milhões de sacas de 60 kg), considerando as duas espécies em conjunto (arábica e canephora), o que representa 50,6% do total esperado para o País. A área a ser colhida está reavaliada em 1.024.033 hectares. O rendimento, característico de um ano de “baixa”, decresce 0,2% em relação a maio. Percebe-se que a bianualidade vem diminuindo ao longo dos anos em virtude da ausência de geadas, que sempre “nivelavam” as lavouras, e também devido ao manejo diferenciado de talhões dentro das propriedades, com práticas de adensamento, plantio de variedades mais tolerantes à ferrugem, podas, entre outros. O Espírito Santo, segundo maior produtor de café, repete as informações do mês de maio. O estado apresenta predominância da espécie canephora (conilon e clones). O café conilon tem a condição de bianualidade totalmente anulada pela irrigação, indispensável no norte do estado, devido às condições de calor excessivo e baixos índices pluviométricos normalmente verificadas na região. Como as condições meteorológicas foram francamente favoráveis em 2011, a produção total do estado (arábica e conilon) está estimada em 686.301 toneladas (11,4 milhões de sacas), um bom resultado, fruto do aumento da área e do rendimento médio de 23,2 sacas/hectare, o maior do país (consideradas as médias de rendimento das duas espécies em conjunto). O estado de São Paulo informa decréscimo de 3,1% no rendimento médio e 2,5% na produção esperada.

FEIJÃO (em grão) – A produção nacional, considerando as três safras, está avaliada em 3.807.527 toneladas, inferior 0,2% a do mês anterior. Comparativamente, a produção do feijão 1ª safra registrou decréscimo de 1,5%, enquanto os feijões de 2ª e 3ª safras registraram acréscimos de 1,3% e 1,1%, respectivamente. A queda na produção do feijão 1ª safra, neste levantamento de junho decorre, principalmente, das reavaliações nos dados do Piauí (-18,4%), Rio Grande do Norte (-10,5%) e Pernambuco (-33,3%) efetuadas devido aos prejuízos causados pelo excesso de chuvas. No que se refere à segunda safra do produto, o aumento na produção, em relação ao mês anterior, deve-se, principalmente, às revisões nas informações realizadas em todas as regiões. Para a terceira safra de feijão, o incremento na produção é resultado das modificações nos dados de Minas Gerais (3,7%), onde foram identificados novos plantios no Noroeste e Alto Paranaíba, assim como no estado de Goiás (4,6%).
MILHO (em grão) – A produção nacional, para ambas as safras, totaliza 57,8 milhões de toneladas, variação negativa de 0,7% frente a maio. A 1ª safra de milho deverá alcançar 34,0 milhões de toneladas, apresentando um aumento de 0,2%, comparativamente à estimativa anterior. Este ganho decorre de uma revisão positiva no rendimento (0,6%), haja vista a retração de 0,4% na área a ser colhida. A participação na produção nacional, segundo as três maiores regiões produtoras, apresenta a seguinte distribuição: Sul (44,5%), Sudeste (27,9%) e Nordeste (13,5%). A região Sul registra aumento de 0,5% na produção, devido à revisão positiva de 1,2% na produção do Paraná, onde o produto já se encontra colhido. Para o milho 2ª safra, estima-se uma produção de 23,9 milhões de toneladas, 2,0% inferior a anteriormente divulgada. Nesta 2ª safra, destacam-se as regiões Centro-Oeste com 57,1% de participação nacional e Sul com 31,2%. O decréscimo deve-se, notadamente, a Goiás, onde a estimativa atual de 2.938.693 toneladas encontra-se decrescida em 15,7%. Nesse estado, em virtude da longa estiagem, houve revisão no rendimento que passou de 6.100 kg/hectare para 5.127 kg/hectare (-16,0%). O Paraná, único representante para essa safra do produto na região Sul, teve sua produção acrescida em 0,2%. Salienta-se que o atual levantamento não avaliou os possíveis prejuízos causados pelas geadas dos dias 27 e 28 de junho, ocorridas nesse estado, o que deverá ser realizado nas próximas pesquisas de campo.
SOJA (em grão) – A produção recorde esperada de 74,9 milhões de toneladas cresce 0,8% quando confrontada com a informação de maio. Destacam-se os incrementos na produção verificados nas regiões Norte e Sudeste, com variações de 7,4% e 6,1%, respectivamente. Vale destacar que no Centro-Oeste, responsável por 45,2% da produção nacional, houve aumento de 0,6% na produção devido a ajustes de revisão efetuadas no Mato Grosso do Sul (1,8%) e Goiás (1,3%), onde a cultura já se encontra colhida.

CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Para as lavouras de inverno, cujos cultivos concentram-se, predominantemente, nos estados do sul do país, verificam-se diminuições nos dados de produção da aveia (2,4%), trigo (1,0%) e triticale (2,0%). Para o trigo, a mais importante dessas culturas, a produção esperada de 5,3 milhões de toneladas é 1,0% inferior a informação do mês passado. Essa retração é reflexo, principalmente, do Paraná, com participação de 52,6% na produção nacional, que mesmo tendo acrescido 0,3% da área plantada, teve sua produção reduzida em 1,5%, em face da revisão negativa no rendimento médio (-1,8%) devido à estiagem verificada em maio. Salienta-se ainda que não estão computadas, neste levantamento, possíveis perdas com as geadas dos dias 27 e 28 de junho, que podem ter afetado as lavouras que se encontravam nos estágios susceptíveis às baixas temperaturas (floração e frutificação).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA). Em atenção a demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos para Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em outubro de 2007, para as principais lavouras brasileiras.
IBGE
Exportações de carne suína, em junho, surpreendem
As exportações de carne suína, em junho, revelaram um resultado surpreendente: um crescimento de 12,35% em volume, em relação a igual mês de 2010. O faturamento também aumentou (29,65%) no período, o que se explica pela elevação do preço médio da carne suína de 15,39%, em junho, na comparação com o preço obtido em junho de 2010. As vendas externas aumentaram, apesar do embargo russo iniciado em 15 de junho, depois do anúncio feito pela autoridade sanitária da Rússia, Rosselkhoznadzor, no dia 2 do mês passado. O anúncio de possível embargo, nessa data, levou importadores e exportadores a anteciparem negócios e embarques na primeira quinzena do mês, em nível superior ao que todos haviam imaginado, explica Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína – ABIPECS.
Em junho, as vendas para a Rússia totalizaram 24.664 toneladas e US$ 77,85 milhões, um aumento de 19,59% em volume e 36,01% em valor, em relação a junho de 2010. Foram as compras russas que garantiram o bom desempenho das exportações de carne suína no mês. Missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, e pelos diretores Luiz Carlos de Oliveira, do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA, e Guilherme Marques, do Departamento de Saúde Animal – DAS, esteve em Moscou, nesta semana, para reuniões na Rosselkhoznadzor.
“A ABIPECS continua otimista, pois espera para breve a reabertura do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso e a aprovação de nova lista de estabelecimentos certificados dentro dos critérios mais rigorosos da autoridade sanitária russa”, afirma Pedro de Camargo Neto. Aumento nas vendas para Hong Kong e Argentina - As vendas para Hong Kong, segundo maior comprador, atingiram 9.695 toneladas e US$ 24,12 milhões, um aumento de 8,64% em volume e 30,10% em valor, na comparação com junho de 2010.Para a Argentina, terceiro principal mercado, os embarques foram de 2.473 toneladas, e o faturamento atingiu US$ 7,36 milhões, uma elevação de 27% em volume e de 33,57% em valor. As exportações para a Ucrânia, em junho, caíram 23,72% em volume (3.205 t, em relação a 4.202 t em junho de 2010) e 10,52% em valor (US$ 10 milhões).
VEJA ESTATÍSTICAS
Reabertura da África do Sul - A reabertura do mercado da África do Sul foi excelente notícia. No dia 29 de junho, ao saber da novidade, o presidente da ABIPECS distribuiu nota à imprensa informando que a medida “corrige irregularidade, totalmente em desacordo com as regras de comércio internacional amparadas pelo Acordo sobre as Medidas Sanitárias e
Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC), que causou sérios prejuízos à suinocultura desde outubro de 2005”.
Japão - O Japão confirmou o envio de missão veterinária na segunda quinzena de agosto. Após dois anos de intensa troca de informações, o estado de Santa Catarina deve ser visitado, criando importante expectativa de abertura do maior mercado importador do mundo, conclui Pedro de Camargo Neto.
As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína – ABIPECS.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Paraná precisará investir R$ 360 milhões para se livrar da aftosa

Recursos iriam para contratação de pessoal, fortalecimentos de barreiras e conselhos de sanidade, entre outras coisas
O Paraná vai precisar investir R$ 360 milhões em contratação de pessoal, reestruturação de barreiras sanitárias nas fronteiras, fortalecimento de conselhos municipais de sanidade agropecuária, entre outras medidas, para atingir o status de área livre de febre aftosa sem vacinação.

Segundo previsões da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab) e da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), o Estado é capaz de conseguir o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2014.

Folha de Londrina
Exportação de caroço agrega valor à cultura do algodão
Rosso Trading viabiliza escoamento e valorização do produto na Bahia
Com o aumento da área semeada com a cultura do algodão em 2010, houve um excedente de caroço de algodão no Oeste da Bahia. Segundo levantamento preliminar, o Estado deverá produzir aproximadamente 800 mil toneladas deste subproduto. De acordo com Engº Agrº Ismael Bisognin, da Rosso Trading, os preços no mercado interno não satisfazem os produtores, girando em torno de R$330,00 a tonelada. Além disso, existe um limite de consumo deste produto por indústrias esmagadoras. Buscando alternativas para o escoamento da produção e valorização do produto, a corretora, localizada em Horizontina (RS) e Luiz Eduardo Magalhães (BA), juntamente com o produtor João Antonio Franciosi, firmou acordo comercial com a Ametra S.P.A, em Milão, na Itália. No país, a liquidez deste produto sobe para R$380,00 a tonelada, aumentando a rentabilidade do produtor. Segundo Bisognin, já estão em tratativas finais de negociação novos lotes para a Europa e para a Ásia, tanto em containers via porto de Salvador como a granel via porto de Ilhéus. O produtor João Antonio Franciosi diz estar muito satisfeito com a negociação. “Neste modelo consegui aumentar a minha rentabilidade”, ressaltou o cotonicultor do município de Luiz Eduardo Magalhães.
Agrolink
Amazônia teve desmate de 268 quilômetros quadrados de floresta em maio
Aumento foi de 144% em relação a 2010
O ritmo da derrubada na Amazônia Legal (todos Estados da região Norte e parte do Maranhão e de Mato Grosso) caiu em maio, de acordo com os dados do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter), divulgados nesta quinta, dia 30, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em maio, a floresta perdeu 268 quilômetros quadrados, desmate 44% menor que o registrado em abril pelo Inpe, de 478 quilômetros quadrados. Em relação a maio de 2010, quando os satélites apontaram 109,58 quilômetros quadrados de desmatamento, houve aumento de 144% no ritmo da derrubada da floresta. No entanto, por causa da cobertura variável de nuvens, o Inpe não recomenda esse tipo de comparação.
O Estado de Mato Grosso liderou o desmate na região em maio, com 93,7 quilômetros quadrados de novas áreas derrubadas, seguido por Rondônia, com 67,9 quilômetros quadrados, e pelo Pará, com 65,5 quilômetros quadrados, a menor derrubada de florestas no período. A cobertura de nuvens impediu a visualização de 32% da Amazônia Legal, segundo o Inpe. O Deter monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema também registra a degradação progressiva da floresta.
A dois meses do fechamento do calendário oficial do desmatamento (que vai de agosto de um ano e julho do outro), os dados do Deter mostram tendência de aumento da taxa anual de desmate. Entre agosto de 2010 e maio de 2011, a derrubada acumulada foi de 2.116,8 km², frente a 1.567 km² registrados no período anterior (agosto de 2009 a maio de 2010). Apesar da tendência, a taxa anual é calculada por outro sistema do Inpe, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), e só deve ser divulgada em novembro.
AGÊNCIA BRASIL

Lei que regula venda de terras a estrangeiros deve ficar mais rígida
Conforme proposta, governo deve emitir autorização para aquisições acima de cinco hectares

Uma proposta elaborada pela Advocacia Geral da União (AGU), que pretende tornar mais rígida a venda de terras a estrangeiros está sendo discutida pelo governo federal. A lei que regula a aquisição de imóveis rurais por pessoas de fora do Brasil, da década de setenta, prevê que a propriedade pode ter no máximo 50 módulos, o que varia entre 250 e cinco mil hectares. Áreas acima deste tamanho devem ser autorizadas pelo Congresso Nacional. A soma das terras em mãos de estrangeiros não pode ultrapassar 25% do município. Em 1994, a AGU equiparou as empresas brasileiras com capital estrangeiro às nacionais, o que liberou as vendas. Em agosto de 2010, o órgão voltou atrás e as restrições foram impostas novamente.
No entanto, os critérios podem mudar mais uma vez. A Advocacia Geral da União elaborou uma sugestão para alterar a lei em vigor. O assunto está sendo discutido no Palácio do Planalto com diferentes ministérios, sob forte sigilo. Uma das ideias é exigir o aval do governo para a compra de áreas acima de cinco hectares. As superiores a 500 mil hectares precisariam de autorização do Congresso e também de um novo órgão, o Conselho Nacional de Terras.  Além disso, todos os compradores seriam obrigados a integrar uma sociedade de propósito específico, em que a União teria papel semelhante a de um sócio.
– Acho que o Brasil vai construir uma solução bastante equilibrada para, ao mesmo tempo, garantir a soberania, garantir este recurso extraordinário que é a terra brasileira, para os brasileiros e para os produtores, e ao mesmo tempo estimular investimentos que venham com projetos estrangeiros e que beneficiem o nosso país – declarou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Na Câmara dos Deputados, a subcomissão criada para analisar o tema ainda não recebeu informações do governo sobre a proposta.
– O que a gente espera é que o poder executivo, tendo em vista que o poder legislativo está debruçado nesta matéria neste momento, se tiver qualquer coisa, que encaminhe para a Comissão para que a gente possa legislar. Nós estamos querendo é dar exatamente esta segurança jurídica para os investidores que vem de fora, também para os nossos produtores do Brasil – disse o deputado federal Homero Pereira (PR-MT). O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alerta que mesmo com as regras atuais, os cartórios de registro de imóveis não possuem um sistema eficiente para fazer o controle das vendas.
– Podem mudar os critérios, mas não é a forma legal que precisa ser mais eficiente, é a estrutura operacional. A gente tem uma dificuldade muito grande na implementação disso, ou seja, fazer com que este modelo esteja efetivamente implementado e funcionando em todas unidades de registro de imóveis, isso depende de capacitação, infraestrutura e fiscalização – explicou o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Antônio Braga.
Luciane Kohlmann | Brasília (DF)
CANAL RURAL

Setor de fertilizantes antecipa compras para a próxima safra
O mercado de fertilizantes está em alta. Não apenas nos preços, mas também no consumo. Em nível nacional já se fala num aumento de demanda para este ano em aproximadamente 10 por cento em relação à safra passada. O país deverá consumir 24 milhões de toneladas. Em SC segue o ritmo nacional. O consumo estimado é de 900 mil toneladas. Um terço desse volume passa pelas cooperativas do grupo Fecoagro. Outra curiosidade deste ano está sendo a antecipação das compras. Geralmente o maior volume de vendas de fertilizantes em nosso estado tem sido no segundo semestre. Neste ano já deve ter acontecido cerca de 60 a 70 por cento das necessidades.
As razoes estão sendo atribuídas ao bom preço dos grãos. A exceção do arroz, os demais produtos, cujo volume é expressivo em SC, estão com bons preços e dessa forma os agricultores estão negociando a safra e já adquirindo os insumos para o próximo plantio. A Fecoagro, que mantem uma indústria misturadora de fertilizantes em São Francisco do Sul, em SC, está otimista com o aumento da demanda neste ano. Já teve que ampliar por duas vezes sua fábrica e agora está novamente investindo cerca de R$ 13 milhões para ampliar a capacidade de armazenagem de matéria prima importada, assim como, agilizar o recebimento e expedição dos produtos. As obras estão atrasadas devido ao excesso de chuvas na região, mas estão previstas de serem concluídas até o final de setembro.
 Neste ano a Fecoagro estima ampliar em 20 por cento a sua produção de fertilizantes. Além de fornecer às cooperativas associadas, também está prestando serviços de mistura para outras empresas, e exportando para o Paraguai, em parceria com cooperativas que necessitam importar milho daquele país. A previsão da Fecoagro é de em 2011 processar 230 mil toneladas de fertilizantes.
Fecoagro - Santa Catarina
Inmet prevê chuvas fortes no Sul nesta sexta
Trovoadas e ventos devem atingir o Paraná e o Rio Grande do Sul
O mês de julho deve começar com chuvas fortes no sul do país. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê trovoadas e rajadas de vento no Paraná e no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira, 1º. de julho. Apesar de sofrer ligeira elevação na temperatura, a região deve registrar a menor mínima prevista, com 1ºC. O tempo fica claro no Centro-Oeste e Sudeste. Deve chover apenas em Mato Grosso do Sul, no sul e sudoeste de Mato Grosso. No Sudeste, chuviscos isolados devem atingir Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. A previsão é de pancadas de chuva em todo o Nordeste, com exceção do Piauí. As chuvas persistem também na região Norte do país.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento