quinta-feira, 28 de abril de 2011

Milho: apenas 50% da safrinha está “salvo” no MT até agora
São necessárias pelo menos mais três chuvas para certeza do desenvolvimento
A safrinha de milho está plantada, a colheita começa em junho, mas até agora apenas 50% da produção está “salva”, ou seja, não corre risco de apresentar problemas no desenvolvimento dos grãos até o enchimento completo das espigas, segundo projeção da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT). O volume representa 3,57 milhões de toneladas do total previsto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o ciclo 10/11. “O restante da safra depende do que vai acontecer daqui para frente”, diz o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira. Segundo ele, o produtor está preocupado porque em pleno desenvolvimento da planta, a chuva diminuiu na maioria das regiões e o clima está muito quente. “Precisaríamos de pelo menos mais três boas chuvas até à primeira quinzena de maio. Se isto vier a ocorrer, teremos uma bela safra de milho, que pode inclusive ultrapassar 8 milhões de toneladas”.
Pelas projeções da Conab, a safra mato-grossense de milho deverá apresentar redução de 12,06 em relação ao ciclo anterior, caindo de 8,11 milhões/t para 7,13 milhões/t. Já a área plantada encolheu de 1,99 milhão de hectares (safra 09/10) para 1,80 milhão/ha este ano, queda de 9,40%. O Estado mantém o título de maior produtor de milho segunda safra (safrinha) do Brasil. Silveira lembra que muitos produtores venderam até 70% de sua produção, sendo que até agora estão garantidos apenas 50%. A ameaça começou com o atraso no plantio, que era para ter sido feito até fevereiro. Contudo, o plantio acabou “invadindo” março, deixando o produtor na dúvida quanto ao volume a ser colhido na próxima safra.
MERCADO - Com o pouco milho disponível para compra no mercado, a oferta também despencou e poucos negócios vêm sendo realizados. Na avaliação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a tendência é de que o milho disponível volte com grande volume de negócios só depois do início da colheita da safrinha, quando o mercado disponível do grão estiver com oferta elevada e com preços “mais realistas” para o fechamento de negócios. Como referência, o milho disponível em Tangará da Serra (242 quilômetros ao norte de Cuiabá) esteve cotado a R$ 19,40/saca, e, em Primavera do Leste (239 quilômetros ao sudeste de Cuiabá), a R$ 22,00/saca.
Apesar da grande queda no início do mês na Bolsa de Chicago, a leve alta da última semana foi o suficiente para que o mercado disponível de milho seguisse um pouco menos nebuloso no número de negócios. Mas os preços continuam atrativos para o produtor. Em Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá), na última semana, a saca de milho foi negociada em média a R$ 16 e, em Primavera do Leste, a R$ 19.
DEMANDA CHINESA – A China também tem um papel muito importante no mercado mundial de milho. Se por um lado a produção do resto do mundo tem um déficit de 23 milhões de toneladas, por outro, a China tem um balanço positivo de quatro milhões de toneladas.
O último boletim divulgado pelo Imea aponta que a produção do segundo maior player no grão, perdendo apenas para os Estados Unidos, de acordo com os últimos dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), está estimada em 168 milhões de toneladas, 20,6% do volume mundial. Enquanto isso, a participação chinesa no consumo total é de 164 milhões de toneladas, ou seja, 19,6% da produção global. “Assim, é possível avaliar que a China é um país independente do mercado externo, do qual importa apenas 1,5 milhão de toneladas, o que representa menos de 1% do consumo daquele país”, afirma o Imea.
Diário de Cuiabá
Marcondes Maciel
Ministro elogia contribuição da Embrapa para agricultura
Solenidade em comemoração aos 38 anos da instituição também foi marcada pela posse dos três novos diretores executivos da empresa
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, celebrou o aniversário de 38 anos na noite de ontem, 26 de abril, em Brasília. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, lembrou que a empresa é a primeira referência à agricultura brasileira no exterior. Ele dedicou à Embrapa o mérito pelo Brasil ter atualmente uma agricultura invejada pelo mundo, com um dos índices mais altos de produtividade do planeta. “O prestígio que a Embrapa tem transcende os limites da instituição, do nosso Governo e do nosso país. Hoje, podemos dizer, que competimos em pé de igualdade com praticamente todos os grandes países produtores. Há alguns anos atrás, a nossa produtividade era escandalosamente baixa, mas esta instituição é capaz de fazer essa ligação extraordinária entre o que se produz, se pensa e se constrói intelectualmente por meio da pesquisa e da incorporação da ciência no processo produtivo”, afirmou.
Wagner Rossi destacou que a empresa adaptou a agricultura à realidade do campo brasileiro e ofereceu condições técnicas que geraram aprendizado e um extraordinário reflexo na sociedade brasileira. “O Brasil tem uma qualidade de pesquisa admirável. Para um país que há 20 anos recebia integralmente os pacotes tecnológicos prontos, que eram transferidos sem nenhuma adequação a nossa realidade. Hoje, alcançamos um nível de pesquisa empresarial que antes era absolutamente inusitado em nosso país”, declarou.
Novos diretores foram anunciados
Durante o evento, o ministro empossou a nova diretoria-executiva da Embrapa. Maurício Lopes assume a diretoria de  Pesquisa e Desenvolvimento, Vania Castiglioni  será a diretora de Administração e Finanças e Waldyr Stumpf Junior, diretor de Transferência de Tecnologia. O trio ocupará o cargo por um período de três anos. “Tenho absoluta certeza de que vocês três serão bem sucedidos e que contarão com o apoio de pesquisadores, técnicos e funcionários que compõem essa casa”, elogiou. Na mesma noite foi apresentado o Balanço Social da Pesquisa Agropecuária – que obteve um lucro social de R$ 18,16 bilhões em 2010 – e os resultados do PAC Embrapa.
Também foram anunciadas 22 novas tecnologias.  O Prêmio Frederico de Menezes Veiga, instituído pela Embrapa em 1974, foi entregue àqueles que se destacaram no campo da pesquisa agropecuária. Os vencedores de 2011 foram o engenheiro florestal da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Dario Grattapaglia, e o professor da Universidade Federal de Lavras, José Roberto Soares Scolforo. Uma homenagem especial foi feita ao pesquisador Mario Olinto Campos de Araújo pela sua expressiva participação na consolidação da Embrapa. Como parte da solenidade de aniversário, a Embrapa assinou um termo de cooperação técnica com a Vale S/A. O objetivo é estabelecer parcerias e viabilizar projetos de pesquisas científica, tecnológica, desenvolvimento e transferência de tecnologias de interesse comum.
Marcos Giesteira



quarta-feira, 27 de abril de 2011

MT: exportações de carne registram queda de 4% no 1º trimestre
As exportações mato-grossenses de carne recuaram 4% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2010.
De acordo com levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, as vendas de carne encerraram os primeiros três meses do ano em 45,27 mil toneladas de equivalente carcaça - segundo menor número para este período dos últimos cinco anos – contra 47,08 mil toneladas no primeiro trimestre do ano anterior. Segundo as estatísticas, o volume embarcado este ano supera apenas o do primeiro trimestre de 2009, quando foram enviadas 35,04 mil toneladas. O mês de janeiro foi um dos que mais influenciou no comportamento das exportações este ano, uma vez que os embarques foram os menores desde fevereiro de 2009. Em março, contudo, a queda foi de 10% em relação ao mês anterior, com um volume exportado de 15,14 mil toneladas de equivalente carcaça. Este recuo, segundo analistas, pode estar associado ao período de feriado do carnaval, uma vez que nos últimos três anos o volume registrado no mês de fevereiro era inferior ao observado em março.
Na comparação com o mesmo mês em 2010, as exportações apresentaram redução de 15%, mas quando se compara com fevereiro de 2010, quando ocorreu o carnaval, a variação é positiva em 4%. Importando um volume de 4,21 mil toneladas de equivalente carcaça, a Rússia continuou sendo o principal destino da carne mato-grossense, representando 28% do total exportado. O preço médio da tonelada embarcada foi de US$ 3,77 mil, valorização de 3,22% em relação ao mês de fevereiro. Na avaliação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a combinação de fatores como a manutenção da cotação do dólar na casa de R$ 1,50, preços elevados internamente e problemas políticos no Oriente Médio, pode ter atrapalhado o desempenho das exportações no primeiro trimestre do ano. De acordo com analistas, estes fatores e o resultado do primeiro trimestre demonstram que, apesar de apresentar recuperação, a economia internacional ainda não está totalmente refeita do forte abalo que sofreu com a crise do segundo semestre de 2008.
“Como este primeiro semestre, juntamente com o último, é historicamente período de esfriamento natural da demanda internacional, o sinal de alerta ainda se encontra em meia-luz, com a continuidade da pressão”, alerta Boletim Semanal do Imea.

MERCADO

Boletim divulgado na última segunda-feira pelo Imea aponta que a maior diferença entre a cotação média de preços praticada nos mercados físicos mato-grossense e paulista (spread) foi de 16,53%, registrada em dezembro de 2010. “Essa situação pode ser justificada por uma queda na precificação dos dois estados, porém, Mato Grosso apresentou uma desvalorização mais acentuada, 8,5%, enquanto que a baixa observada em São Paulo foi de 7,3%, o que justifica o aumento do spread entre os estados”. Ainda de acordo com o Imea, a menor diferença observada foi de 9,52% no mês de maio do ano passado, “período em que o preço da arroba de ambos os estados apresentou elevação semelhante de 2,59% para São Paulo e 2,48% para Mato Grosso, o que explica a queda do spread”. A arroba do boi gordo negociada no mercado físico em Mato Grosso encerrou a semana com uma média de R$ 90,84/arroba, no pagamento à vista, queda de 1,22%. Seguindo a mesma tendência, o preço médio da vaca gorda à vista apresentou desvalorização de 0,82% em relação à semana anterior, encerrando a semana com uma média de R$ 81,43/arroba.
Marcondes Maciel
Diário de Cuiabá

Governo e maioria dos líderes querem votar logo novo Código Florestal
O governo e a maioria dos líderes partidários da Câmara não vêm necessidade de adiar a votação do novo Código Florestal, prevista para a próxima semana, embora alguns líderes queiram mais tempo para discutir a proposta. Ontem (26) os líderes partidários reuniram-se com os ministros da Agricultura, do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e de Relações Institucionais para discutir as propostas do governo. De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, a reunião foi “extremamente positiva”. Segundo ele, na reunião se deu um passo importante na construção de um texto para convergir para o que as bancadas agropecuarista e ambientalista querem. “Vamos chegar a um texto que vai refletir essa média ponderada e convergir para um acordo. Se tivermos pontos de conflitos eles serão pontuais e residuais”.
Já o líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), propôs que a votação do código seja adiada pelos menos por uma semana após a apresentação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para que o partido possa discutir o texto antes dele ser colocado em votação. Segundo ele, não dá para receber o relatório na segunda-feira e começar a votá-lo na terça ou na quarta-feira. “Recebemos algumas sugestões do governo. Ainda não temos um relatório e não sabemos quais as mudanças que serão propostas”. O líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que o seu partido quer votar na próxima semana o novo código. Segundo ele, nos pontos em que não houver consenso caberá ao plenário decidir na votação. “Ele está muito próximo de traduzir um sentimento majoritário da Casa. Tenho confiança que poderá ser votado na semana que vem e com o apoio da quase totalidade da Câmara dos Deputados”.
Para o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), o assunto vem sendo discutido há muito tempo e não há razão para adiar a votação do código. "Para nós é importante votarmos na próxima semana para que haja tempo para o Senado discutir e votar a matéria para seguir para a sanção presidencial antes do dia 11 de junho". O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), também defendeu a votação do novo código já na semana que vem, nos dias 3 e 4. “O deputado Aldo Rebelo e o governo chegaram a um amplo consenso, com apenas dois pontos divergentes. Mas mesmo as divergências não são de grande monte e acho que teremos um bom debate e a votação do novo código”. No entanto, para o líder do PV e representante dos ambientalistas, deputado Sarney Filho (MA), a votação do código deve ser adiada para que os parlamentares possam discutir as propostas apresentadas hoje pelo governo e pela comunidade científica. “Achamos que é precipitado a votação na semana que vem. Precisamos é ter serenidade para fazermos uma lei com os pés no presente e os olhos voltados para o futuro”.
Iolando Lourenço
Agência Brasil



Soja: Safra 80% transgênica
Nova temporada começa a ser planejada. Produtores esbarram na falta de materiais convencionais produtivos e de ‘plus’
Vedete das últimas safras, os transgênicos ou OGMS (organismos geneticamente modificados) continuarão expandindo sua área em Mato Grosso. Na safra 10/11 – recentemente encerrada no Estado - a soja transgênica respondeu por 65% de toda a área plantada, algo em torno de 4,11 milhões de hectares. Para a nova temporada, safra 11/12, a projeção é de um aumento de 15 pontos percentuais (p.p.) na área de transgênicos. Se a estimativa se confirmar, a área destinada às cultivares OGM chegará a 80% contra 20% de variedades convencionais. Considerando a manutenção da atual área de soja no Estado (6,4 milhões de hectares), os OGMs poderão responder por mais de 5 milhões de hectares, enquanto a não-transgênica ficaria com uma área de cerca de 1,22 milhão de hectares a partir do segundo semestre quando a safra começa a ser plantada. Mato Grosso é o maior produtor nacional de soja e responde por 8% da oferta mundial.
E a expectativa, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), é de que em duas safras os OGMs ocupem 90% da área cultivada de soja no Estado, o que representaria hoje 5,69 milhões de hectares, ficando a convencional com apenas 631 mil. De acordo com o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira, muitos produtores têm interesse em plantar a soja convencional, porém estão encontrando dificuldades para adquirir sementes e variedades produtivas. Outro problema é que os produtores não estariam recebendo, das tradings, o diferencial de preços pelo grão livre de transgenia. O prometido ‘plus’ não se efetiva na hora do pagamento.Teoricamente, a soja convencional teria de garantir um lucro em torno de US$ 15 por hectare ao produtor. Mas nem todos os compradores estão fazendo esta compensação aos produtores, o que estaria causando um desestímulo àqueles que trabalham com a soja convencional.
Segundo o agrônomo Naildo Lopes, a grande vantagem dos OGMs está na facilidade do manejo da lavoura, com a aplicação da tecnologia Roundup Ready, que dispensa a aplicação de herbicidas para eliminar ervas daninhas. Para a não-transgênica, a atração está no interesse cada vez maior de europeus e asiáticos pela soja convencional. “As sementes geneticamente modificadas vão continuar dominando o mercado, mas não podemos perder de vista mercados potenciais que demandam o consumo de soja não-transgênica, como Europa, China e Coreia”, lembra Lopes. Para ele, o importante é que os produtores tenham “liberdade de escolha” para trabalhar com sementes que eles consideram mais adequadas e que vão lhes proporcionar melhor resultado. No caso da opção pelos transgênicos, os fatores que mais pesam na decisão do produtor são os preços do glifosato, variedades adaptadas à região e produtividade. “Os produtores devem colocar tudo isso na balança”, recomenda o agrônomo.
NÃO-TRANSGÊNICOS - Mato Grosso ainda é um dos poucos estados que ainda têm uma grande área de plantio de soja convencional. No Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, mais de 90% das áreas já são ocupadas por sementes OGMs. Se, de um lado, os alimentos geneticamente modificados agradam aos produtores porque são resistentes a pragas e mais rentáveis, de outro despertam pânico nos ambientalistas, que apontam riscos à saúde e à natureza. “A verdade é que existem argumentos favoráveis ao cultivo dos transgênicos, mas também existem razões para se defender a proteção de algumas áreas, em que os grãos seriam totalmente puros. O principal aspecto a ser considerado em favor dos alimentos geneticamente modificados é o potencial de expansão da safra agrícola. Os grãos modificados têm maior resistência às pragas e necessitam de menos herbicidas, o que teoricamente barateia os custos de produção”, afirma o agrônomo Pedro Paulo Tirloni Júnior.
Diário de Cuiabá
Marcondes Maciel
Soja deve elevar o MT para o posto de mais rentável do País
Produto segue marcando a história do Mato Grosso. Neste ano, além de uma produção recorde, o grão pode ampliar o valor bruto de produção para R$ 33,3 bi - São Paulo
O valor bruto da produção (VBP) do Mato Grosso pode ultrapassar a casa dos R$ 33,3 bilhões este ano, deixando para trás São Paulo, que detinha a liderança, e Paraná, segundo colocado até o ano passado. A principal responsável por este resultado foi a soja, cuja safra 2010/2011, apesar dos problemas sofridos por conta do clima, deve registrar recorde com 20,3 milhões de toneladas, ou seja, 8,3% maior que a safra 2009/2010.  A soja continua sendo a menina dos olhos para o Mato Grosso, além de uma produção recorde nesta safra 2010/2011, a produtividade por hectare é o outro grande motivo para as comemorações do estado. Na safra passada, o produtor agrícola obteve em média 3 toneladas de soja por hectare, o que representa um volume de 50 sacas de 60 quilos por hectare. Nesta safra, o montante gerado por hectare deve superar a marca de 3,2 toneladas, ou seja, 53 sacas por hectare. "A produtividade da soja foi muito boa, já colhemos tudo praticamente. E esse crescimento é bastante considerável, o que deixa esta safra com a melhor produtividade da história do estado", contou Otávio Celidonio, superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Para ele, o principal fator que gerou essa boa produtividade nas lavouras de soja foi a baixa incidência da ferrugem asiática, doença causada por um fungo que ataca as plantações. Celidonio afirmou que a rotina dos produtores para evitar essa praga, aliada ao período seco visto na entressafra, resultou em uma ótima produtividade da soja. "Esse ano, um dos fatores que incidiram para esse aumento na produtividade foi a baixa influencia da ferrugem asiática que não trouxe transtornos para os produtores. Isso foi por causa do período de entressafra que foi bastante seco. Além do que os próprios produtores têm feito esse controle rotineiramente. O desenvolvimento da soja precoce foi outro fator que contribuiu para essa média de produtividade no estado, pois ela foi plantada mais tarde e pegou o período certo de chuvas, que contribuiu para melhorar seu desenvolvimento", enfatizou ele. Além da produtividade maior, o Imea prevê aumentos consideráveis de áreas até 2020. Este ano a soja ocupou 6,4 milhões de hectares, que representa um crescimento ante a ultima safra de 3,1%. Nos próximos nove anos a expectativa é de que o estado supere a marca de 8,3 milhões de hectares, oriundos principalmente de terrenos usados para pastagens. "Temos 26 milhões de hectares de pasto no estado, desse total cerca de 9 milhões de hectares estão sobre um solo muito adequado para lavouras de soja."
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, a aposta do setor deve continuar no aumento de produtividade, e não em áreas. Segundo Silveira, nos próximos dez anos o Brasil teria de saltar das atuais 2,8 toneladas por hectare na média, para 4 toneladas. "Não temos mais tantas áreas para ampliar a produção, temos de investir em tecnologias para ampliar a produtividade. E isso somente será possível se a nossa logística funcionar", frisou.
Valor de Produção
O Brasil deve atingir este ano um valor bruto de produção agropecuária de aproximadamente R$ 193,1 bilhões, contra os R$ 179,9 de 2010. Somente o Estado do Mato Grosso pode atingir a marca de R$ 33,35 bilhões, superando os R$ 21,3 bilhões vistos no ano passado. Neste cenário a soja é mais uma vez a grande responsável pelo resultado, representando 47% deste total, ou seja, R$ 15,5 bilhões. "O potencial do Mato Grosso é tão grande que aos poucos eles estão dominando a agricultura do País", afirmou o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques. O estado paulista, que em 2010 havia registrado um valor bruto de produção de R$ 32,9 bilhões, deve fechar este ano com R$ 29,8 bilhões, dado principalmente a cana-de-açúcar. Já no Paraná não houve queda no valor bruto obtido, mas o crescimento foi aquém do esperado, e deve fechar com R$ 24,9 bilhões em 2011, ante os R$ 23,6 bilhões de 2010.
DCI - Diário do Comércio & Indústria
Daniel Popov

terça-feira, 26 de abril de 2011

PR pode ser o primeiro a exportar para o Irã
O Paraná pode ser o primeiro Estado brasileiro a exportar gado vivo para o Irã. O país do Oriente Médio quer investir um R$ 1 bilhão na aquisição de animais vivos para o abate dentro de suas normas religiosas. O governo do Paraná teria que investir em estrutura para manter os animais no porto de Paranaguá antes do embarque.  O embaixador do Irã e o presidente da Associação Nacional de Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC), José Antonio Fontes, entregaram ao governador do Paraná, Beto Richa, um ante projeto pedindo apoio do governo do Estado. O principal seria a construção de um espaço no porto de Paranaguá com condições sanitárias e de bem estar animal adequadas para abrigar os animais antes do embarque. A entidade diz que a ideia é formar um plantel exclusivo para atender o Irã.
O Brasil tem toda condição de atender o Irã. Para estabelecer as bases do projeto teríamos que disponibilizar em um ano 50 mil toneladas de carne. Isso corresponde aproximadamente a 200 mil animais. Isso não é grande coisa, mas é trabalhoso porque um navio comporta entre 12 e 15 mil animais por carga. É muita coisa fazer toda essa movimentação. Nós estamos em contato com armadores para que seja feito dentro da melhor forma, visando o bem estar animal e a questão econômica. Eles falaram em um projeto de longo prazo, chegar a 500 mil toneladas de carne. Seriam dois milhões de animais. E não vai ser tirado do abate interno, vai ser animal produzido especificamente para exportação - explica o presidente da ANPBC, José Antonio Fontes.
Fonte: Canal Rural


Centro Internacional de Biociência Agrícola inaugura filial na Unesp
O Centro Internacional de Biociência Agrícola (CABI, na sigla em inglês) inaugurou seu primeiro escritório para a América do Sul no campus de Botucatu da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp), na sede da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf), na Fazenda Experimental Lageado. Uma organização internacional sem fins lucrativos, voltada para publicações e projetos de pesquisa nas áreas de agricultura e meio ambiente, o CABI reúne um grupo internacional de mais de 400 cientistas que buscam enfrentar alguns dos principais problemas agrícolas e ambientais da atualidade.
Dentre seus serviços está o CAB Abstracts, considerado um dos principais bancos de dados do mundo referente à agricultura e meio ambiente, e Global Healt, base de dados bibliográfica sobre informações de saúde pública. Há ainda publicações que abordam temas como ciências veterinárias, ciências ambientais, saúde humana, alimentação e nutrição, lazer e turismo, microbiologia e parasitologia. Os projetos de pesquisa e desenvolvimento em que o CABI atua incluem diagnóstico e controle de pragas e doenças vegetais, inserção de pequenos agricultores no mercado global, redução da propagação e do impacto de ervas daninhas invasoras e gestão de conhecimento em agricultura e meio ambiente.
O CABI também gerencia uma das maiores coleções mundiais de recursos genéticos de culturas do fungo, realiza identificações microbiológicas, fornece culturas para venda e presta consultoria. Entre os projetos realizados pelo Centro está o Plantwise, iniciativa que busca melhorar a segurança alimentar e as vidas das populações rurais pobres, através da redução das perdas nas colheitas.Com o escritório em Botucatu, o CABI passa a contar com 11 centros internacionais.
Agência FAPESP

Embrapa comemora 38 anos de desenvolvimento da agricultura
Programação inclui a entrega do Prêmio Frederico de Menezes Veiga e assinatura de um termo de cooperação técnica com a Vale S/A
Instituição reconhecida internacionalmente pelos avanços tecnológicos na agricultura tropical e pelo desenvolvimento contínuo da agricultura brasileira, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) completa 38 anos nesta terça-feira, 26 de abril. A programação começará com uma entrevista coletiva, quando serão apresentados o Balanço Social da Pesquisa Agropecuária e os resultados do PAC Embrapa, além de anunciadas 22 novas tecnologias. O evento ocorrerá às 10h30min de amanhã, na sede da empresa, em Brasília.
Também para marcar a comemoração da data, será realizada uma solenidade, às 19h, no mesmo local. Na ocasião, será entregue o Prêmio Frederico de Menezes Veiga, instituído pela Embrapa em 1974. A distinção é concedida anualmente àqueles que, no campo da pesquisa agropecuária, tenham se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor ou se dedicado a produzir trabalho que signifique efetiva e marcante contribuição ao desenvolvimento agropecuário nacional.
Sob o tema florestal, os vencedores de 2011 são Dario Grattapaglia, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e José Roberto Soares Scolforo, professor da Universidade Federal de Lavras. Na mesma data, a empresa assinará um termo de cooperação técnica com a Vale S/A, para estabelecer parcerias e viabilizar projetos de pesquisas científica, tecnológica, desenvolvimento e transferência de tecnologias de interesse comum.
Saiba mais
Criada em 1973, a Embrapa vem aumentando a sua área de atuação ao longo dos anos e hoje conta com 47 unidades em todas as regiões do país. Nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica ou Pampa, a instituição está presente com três grandes linhas de pesquisa e desenvolvimento: ordenamento, monitoramento e gestão em territórios; manejo e valorização do bioma; produção agropecuária e florestal sustentável. A expansão internacional da empresa também é fortalecida constantemente. Hoje, a Embrapa mantém laboratórios virtuais nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra, na Coreia do Sul e na China. Na vertente da cooperação técnica, o destaque é para os projetos em países africanos (Gana, Moçambique, Mali e Senegal), realizados em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com a missão de transferir tecnologias e prospectar negócios.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

GRÃOS: Demanda segue maior que oferta, diz IGC
A produção mundial de grãos deverá aumentar 78 milhões de toneladas nesta temporada na comparação com 2010/11, mas como os estoques estão magros e o consumo também deverá crescer, a tendência é que a relação entre oferta e demanda continue justa no novo ciclo
Essa é a principal conclusão do primeiro relatório do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) sobre esses fundamentos na safra 2011/12, cuja semeadura ganhará força no Hemisfério Norte em maio. Conforme a entidade, a produção global de grãos se recuperará dos problemas provocados pelo clima no ciclo passado e chegará a 1,808 bilhão de toneladas em 2011/12, 4,5% mais que em 2010/11. Já o consumo deverá atingir 1,818 bilhão de toneladas, incremento de 1,5%. Apesar da desaceleração do ritmo de aumento do consumo (em 2010/11 a demanda foi 1,7% superior a de 2009/10), o fato de a projeção de demanda permanecer acima da estimativa de oferta deverá levar, conforme o IGC, à nova queda dos estoques de passagem - de 6,7%, para 111 milhões de toneladas. O levantamento inclui trigo e grãos forrageiros como milho e sorgo, mas não inclui a soja, por exemplo. Segundo o IGC, a produção global de milho chegará a 847 milhões de toneladas em 2011/12, 4,7% mais que em 2010/11, ante um consumo 1,3% maior (854 milhões). A produção de trigo será de 672 milhões de toneladas, alta de 3,4%, e o consumo subirá 1,5% e empatará.
Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop




Brasil é destaque no maior evento do mundo voltado a cafés especiais
Conferência Anual da Associação Americana de Cafés Especiais começa esta semana e tem a participação de NUCOFFEE
Um país, vários sabores. Com esse mote, o Brasil será um dos protagonistas da 23ª edição da Conferência Anual da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA) que tem início nesta quinta-feira, em Houston, nos Estados Unidos. Sob a coordenação da APEX Brasil, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); de associações de produtores; e empresas privadas, o país participa do evento como “Portrait Country” oficial da convenção, ou seja, a região produtora escolhida pelos organizadores como destaque deste que é o maior e mais importante evento do mundo destinado ao segmento de cafés altamente diferenciados. NUCOFFEE, a iniciativa pioneira da Syngenta que busca valorizar o café brasileiro, estimulando a sua qualidade e aproximando o produtor do mercado externo, faz parte da comitiva brasileira.
Confira matéria completa no site: www.portaldoagronegocio.com.br


Brasil quer vacinar mais de 97% do gado
Os principais estados brasileiros criadores de gado abrem campanha de vacinação contra a aftosa no dia 1.º de maio (próximo domingo) com o objetivo de imunizar mais de 97% dos animais, índice médio alcançado em 2010, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os estados que vacinavam em outros meses foram alinhados ao calendário já tradicional no Paraná, por exemplo. Roraima, considerado área de alto risco, iniciou a vacinação em 1.º de abril. Segundo o Mapa, estarão disponíveis 560 milhões de doses, para um rebanho de 208 milhões de cabeças. Perto de 5% do rebanho nacional são mantidos no Paraná. Segundo o Mapa, os estados que registraram os melhores resultados na vacinação no último ano foram Mato Grosso, com 99,74%, Tocantins, com 99,52% e Mato Grosso do Sul, com 99,41% dos animais imunizados. Na última campanha, em novembro, o Paraná vacinou 97,43% dos bovinos e bubalinos, conforme relatório estadual.
Gazeta do Povo
Soja em baixa no Paraná
A colheita da soja já terminou no Paraná. No entanto, no fim da colheita os preços não são animadores para o produtor. O valor está abaixo, se comparado aos últimos meses. A cotação média está em torno de R$ 41,00 no interior do estado. Quem comercializou a oleaginosa em janeiro e fevereiro chegou a receber R$ 2,5 a mais que o preço atual. Em março o produtor também recebeu mais que o valor de hoje, cerca de R$ 2,3.
Trigo recua no PR e cresce no RS
Paranaenses se dedicam ao milho enquanto gaúchos apostam na alta das cotações do cereal de inverno devido à redução dos estoques
Mesmo com preços em alta, o trigo deve ter redução significativa de área no Paraná, mostram os números do setor. Levantamento junto a oito cooperativas do estado, que é o maior produtor do cereal no país, indica recuo de 7,7% no plantio. Isso limita o cultivo a 1,08 milhão de hectares nos campos paranaenses. Os números contrastam com o que ocorre no Rio Grande do Sul, onde as projeções técnicas apontam avanço de ao menos 10% na área cultivada, para perto de 870 mil hectares. Os números se consolidam com o avanço do plantio, que chega perto de 50% na região de Londrina. Em todo o Paraná, perto de 20% das lavouras já foram semeadas. Como a previsão é de queda na produtividade de 2,9 mil para 2,8 mil quilos por hectare, a produção pode despencar 15%, para 2,9 milhões de toneladas.
Os preços internos – que não têm acompanhado as altas internacionais – e os riscos de produção – num inverno com previsão de seca –, empurram os produtores para outras culturas, analisa o assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Robson Mafio­­­letti. O milho de inverno se mostra vantajoso neste momento e não há incentivo para a produção de trigo, acrescenta. “O governo reduziu os preços mínimos em 10% e, até poucos dias atrás, não havia prorrogado as novas exigências de padrão (que entram em vigor em 2011)”, aponta. “As cotações do trigo no mercado internacional subiram 60%, mas no mercado interno tiveram reajuste de apenas 15%”, compara. Essa tendência do mercado internacional tem sido suficiente para estimular os agricultores do Rio Grande do Sul, que não plantam milho de inverno por causa do clima desfavorável, observa o especialista em grãos da Emater gaúcha, Ataídes Jacobsen. As estimativas oficiais sobre o plantio do estado saem nos próximos dias. A alta de 10% é considerada conservadora. Os fornecedores de sementes projetam elevação de área de até 25%, ou seja, para mais de 1 milhão de hectares, praticamente igualando a área gaúcha à paranaense.
Essa expansão ocorre mesmo sem reajuste no preço da saca de 60 quilos pago ao produtor gaúcho, hoje em R$ 24 – R$ 2 a menos do que o oferecido ao produtor no Paraná. A cotação está R$ 4 abaixo da média histórica do Rio Grande do Sul. Os paranaenses mostram-se desestimulados mesmo tendo alcançado produtividade de 2,9 mil quilos por hectare na safra passada, 400 quilos a mais do que nas lavouras gaúchas. A Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) projeta recuo de 11% no cultivo, três pontos acima do previsto pelas cooperativas. Em âmbito nacional, ainda não há previsão sobre o tamanho da safra. Pelos números do Paraná e do Rio Grande do Sul, que concentram 90% da produção do país, área tende a se estagnar na faixa de 2,2 milhões de hectares. Em 2009, foram dedicados ao cereal 300 mil hectares a mais. A situação mantém a dependência do trigo importado. Como a produção não acompanha o consumo, os estoques podem cair pelo terceiro ano consecutivo. Em 2010, foram consumidas 500 mil toneladas das reservas, sobrando 1,5 milhão de toneladas, o suficiente para um mês e meio de consumo interno. O setor já vinha de uma redução de 680 mil toneladas registrada em 2009, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em âmbito internacional, os estoques também estão em queda. No último ano, passaram de 198 milhões para 183 milhões de toneladas, conforme o Departa­­mento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA.
Gazeta do Povo
Autor: José Rocher

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Algodão baiano está na mira dos investidores chineses
A Bahia se aproveitou muito bem da atual corrida chinesa por investimentos para o agronegócio brasileiro. Tanto que uma missão de empresários da China visitará o estado no próximo mês para analisar a viabilidade de instalar uma unidade têxtil ou mesmo uma fábrica de óleo de algodão em território baiano. Outro grupo do país asiático deve chegar em meados de maio para analisar a produção de charutos, que poderá ser exportada para os chineses. Depois de obter investimentos em um polo industrial para a soja, na cidade de Barreiras, o estado já conversa com empresas da Coreia do Sul também interessadas na soja brasileira. Além disso, durante uma visita à China, representantes do estado, liderados pelo governador Jaques Wagner, visitaram a indústria Hopefull Group Grain Oil Food, com o intuito de captar mais investimentos para industrializar o algodão produzido na região.
Na visita a Pequim, o secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, esteve na Hopefull Group Grain Oil Food e ouviu de seu presidente a promessa de ajuda, com objetivo de industrializar o algodão baiano. Shi Kerong, presidente da Hopefull, teria dito ao secretário que o foco da empresa no momento é a soja, mas que possui parcerias com indústrias têxteis e pode auxiliar a Bahia a industrializar o algodão. "Buscamos parcerias para a instalação de uma indústria têxtil chinesa na Bahia. O estado é o segundo maior produtor de algodão do País, possui as melhores fibras, muito parecidas com as do Egito, e ainda não temos nenhuma industria têxtil por aqui. Queremos, além de vender o algodão em fardo, como fazemos hoje, processar a fibra na Bahia para agregar mais valor", contou Salles com exclusividade para o DCI. "Já agendamos para o mês de maio uma visita do grupo chinês à Bahia para darmos continuidade às conversações", disse.
A Bahia produz 3,9 mil quilos de algodão por hectare e para a safra 2010/2011, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção deve atingir 1,5 milhão de toneladas, um crescimento de 48,6% em relação à safra 2009/2010, que foi de 1,017 milhão de toneladas. A área plantada cresceu os mesmos 48,6%, passando de 268,8 mil hectares na safra anterior, para 387,5 mil hectares. O secretário não soube dizer detalhes sobre a indústria, mas contou que o estado levou à China alguns folders explicativos sobre as vantagens de se investir no estado. "Nós fizemos um folder muito explicativo sobre a agroindustrialização da Bahia, todo em chinês e inglês, e todos os potenciais para se investir no estado. Colocamos também quais os incentivos fiscais que são dados. Eles ganharão uma série de incentivos, como o programa "desenvolve", que chega a dar 82% de desconto no ICMS. Nós temos os terrenos para a indústria e oferecemos parte de infraestrutura básica, como água e energia. Resumindo: é um prato cheio", comentou.
Mas não é só da China que os investimentos devem chegar. Salles contou que fez uma visita a Seul, na Coreia do Sul, para uma reunião com os executivos da Samsung e da AT Korea Agro- Fisheries Trade Corporation, também interessados em investir na Bahia, no segmento da soja. Segundo o secretário, essa reunião serviu para dar continuidade às conversações iniciadas em março, quando o presidente da AT, Young Je Ha, e executivos da Samsung estiveram na Bahia e visitaram fazendas de soja e de milho no município de Luis Eduardo Magalhães. "Naquela ocasião conversamos apenas sobre a comercialização de grãos como a soja, o milho e o algodão." Além do interesse na soja e no algodão, os asiáticos também visualizaram boas oportunidades na comercialização dos charutos da região. Uma delegação composta por empresários e representantes do governo da China irá à Bahia, de 8 a 15 de maio com a missão de confirmar que o estado é livre de Mofo Azul, praga que afeta a cultura do fumo, e autorizar a exportação. Atualmente, a produção é de cinco milhões de charutos por ano, concentrada em oito municípios do recôncavo. A expectativa é de que, com a liberação para a exportação para a China, a produção dobre. "Nós estamos pedindo uma cota de exportação de 10 milhões de charutos por ano. Quando eles vierem acredito que já bateremos o martelo", comemorou Salles.
DCI - Diário do Comércio & Indústria
Danielo Popov
Produção de etanol já começou em 195 usinas
Cerca de 195 usinas de álcool e açúcar já estão operando na moagem de cana-de-açúcar na principal região produtora do País, a centro-sul (São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro), o que corresponde a 58% das 335 unidades produtoras de álcool e açúcar instaladas na área. Até a última sexta feira eram 130 usinas em funcionamento. Levantamento realizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) mostra também que o número de usinas em plena atividade deve crescer rapidamente nos próximos dias, ampliando gradativamente a oferta de etanol no mercado. Segundo o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, os números mostram que os empresários acataram o pedido do Governo Federal em antecipar a safra.
"A iniciativa do setor sucroenergético de iniciar a moagem antes da abertura oficial da safra 2011/2012, que ocorreu na semana passada, está surtindo efeito. Na verdade, essa movimentação dos usineiros começou muito antes do início da safra, com diversos produtores antecipando suas atividades para ajudar a equilibrar a oferta de etanol, tanto o anidro para mistura na gasolina, quanto o hidratado para carros flex", afirma Rodrigues. No final de março, a Unica, em conjunto com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), demais sindicatos e associações de produtores de etanol e açúcar da Região Centro-Sul, anunciou sua estimativa para a safra da cana-de-açúcar 2011/2012. A projeção aponta para uma moagem de 568,50 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para a temporada atual, crescimento de 2,11% em relação ao total processado na última safra, que foi de 556,74 milhões de toneladas.
DCI - Diário do Comércio & Indústria

sábado, 23 de abril de 2011

São Paulo aumenta em 58% a emissão de gás carbônico
A emissão de gás carbônico em São Paulo cresceu 58% entre 1998 e 2008, passando de 60,7 milhões de toneladas de gás carbônico por ano para 95,7 milhões de toneladas, segundo o 1º Inventário de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa Diretos e Indiretos do Estado de São Paulo divulgado hoje (10). Os setores que mais contribuíram para as emissões do gás em São Paulo foram energia (78,5 milhões de toneladas), processos industriais e uso de produtos (4,5 milhões de toneladas) e agropecuária (1,9 milhão de toneladas).
O inventário reúne informações para reduzir em 20% as emissões até 2010, de acordo com o que determina a Lei Estadual de Mudanças Climáticas, aprovada pela Assembleia Legislativa em outubro de 2009 e em vigor desde o ano passado. Os dados de 2005 serão a referência principal para se chagar à meta. O estado terá que reduzir em 17,7 milhões as emissões do gás por ano. São Paulo emitiu 88,8 milhões de toneladas do gás no em 2005. A secretária executiva do Programa Estadual de Mudanças Climáticas, Josilene Ferrer, disse que com o inventário será possível avaliar as prioridades para cada segmento da economia. “Mas só o inventário não é suficiente, também é preciso estudos de projeção de emissão”.
Flávia Albuquerque
Agência Brasil







Reinhold Stephanes cobra plano para manter estoque regulador de álcool
O ex-ministro da Agricultura, deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB/PR), cobrou do governo, na semana passada, um plano para incentivar o aumento da produção de álcool. Para Stephanes, o preço do álcool aumenta porque há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda. “É uma questão simples. A frota de veículos a álcool vem crescendo em ritmo superior ao da produção”, explicou. Entre 2007 e 2010, por exemplo, o consumo de álcool aumentou 61%, e a produção, apenas 22%. "Em consequência, os preços dispararam", afirmou o deputado.
Além das dificuldades criadas pela entressafra e pela moagem de cana-de-açúcar para a produção de álcool, Stephanes destacou que falta produção, de maneira geral, e que a importação dos Estados Unidos não resolverá o problema. “Sem incentivar a instalação de novas unidades produtoras e sem criar condições para manter o estoque regulador, corremos o risco de a situação deixar de ser sazonal para se tornar crônica”, ponderou. Stephanes admitiu que, em curto prazo, com a moagem da nova safra, os preços deverão recuar, mas por prazo incerto.
“A situação exige um programa de médio prazo. Sem ele, é possível que venhamos a conviver com esse problema durante muito tempo”, admitiu. O deputado, que também é economista, disse que mesmo o fato de o Brasil passar a exportar mais açúcar nesse período não justifica o desequilíbrio do álcool no mercado interno. "A diversidade é boa para os produtores e pode ser administrada com planejamento", frisou.
Da assessoria
Soja: o grão que transformou o interior do Brasil
Com uma plantação de 600 mil hectares de soja, o município de Sorriso, no Mato Grosso, vive um novo recorde: uma produtividade média de 62 sacas por hectare e uma produção estimada em 2 milhões e 300 mil toneladas. Diante desses números, é difícil imaginar o município há 30 anos atrás, quando a cultura da oleaginosa dava os seus primeiros passos na região, introduzida por agricultores vindos principalmente dos estados do sul do Brasil. “A produção começou com bastante dificuldade, pois não existiam variedades adaptadas para a região do cerrado; não havia fertilidade nenhuma nas terras e havia o problema da acidez”, conta
Elso Vicente Pozzobon, presidente do Sindicato Rural de Sorriso. “Naquela época, não se tinha certeza se a cultura teria sucesso; felizmente teve”, comemora. Além disso, a localização geográfica de Sorriso também trouxe dificuldades. “Estamos em uma região muito distante de portos; por isso, o custo, tanto para trazer insumos quanto para escoar a produção, é muito alto”, explica Pozzobon. “Superamos essas deficiências com produtividade”. Atualmente, a China é o principal destino da soja produzida na região, que tem os portos de Santos e Paranaguá como os seus principais corredores de exportação. Para Pozzobon, foram as adversidades que tornaram a região uma referência na produção de soja. “A dificuldade fez o produtor se profissionalizar”, comenta. A soja é hoje a principal cultura da região e é de fundamental importância na economia de municípios essencialmente agrícolas, como Sorriso.
Agrolink
Autor: Marianna Rebelatto

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Soja produzida em Mato Grosso é preferência no mercado chinês
Em dez anos, faturamento com exportações do grão para o país asiático cresceu 50 vezes
Na última década as importações de soja pela China cresceram a uma taxa de 22% ao ano, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Durante o período a participação de Mato Grosso nas vendas aumentou significativamente e atualmente o país asiático é o principal destino das exportações do Estado. A previsão é de que nos próximos anos os embarques fiquem ainda maiores, mas o setor pede cautela. Uma relação cada vez mais próxima. As vendas de soja produzida em Mato Grosso para a China crescem a passos largos. Em dez anos o faturamento com as exportações para o país asiático cresceu 50 vezes. Saltou de US$ 40 milhões em 2000, para US$ 2 bilhões em 2010. Como a demanda chinesa deve avançar nos próximos anos, a expectativa é animadora.
– Não apenas na soja, mas no agronegócio brasileiro. É um grande pólo consumidor, maior pólo importador de farelo e óleo, e o Brasil é o maior exportador para a China. E o Mato Grosso é um dos maiores Estados exportadores com destino a China. A China tem crescimento populacional e de renda, a demanda por alimentos cresce. O país continuará sendo importador e é fundamental para o agronegócio – explica o economista Paulo Molinari. O aumento do interesse chinês é confirmado pelo presidente executivo da Hopefull & Holding Corp Ltda., Lin Tan, empresa que importa a cada ano entre três e cinco milhões de toneladas de soja do Brasil. Em viagem por Mato Grosso, onde participa como palestrante do circuito Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso(Aprosoja), Tan ressalta a qualidade do grão brasileiro.
Luiz Patroni | Campo Verde (MT)
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Cafeicultura brasileira deve bater recorde em receitas com exportações de 2011
Apesar do câmbio atrapalhar muitos exportadores, a expectativa para as vendas externas da cafeicultura brasileira é promissora. Segundo o diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva, enquanto, no ano passado, as receitas com as 33 milhões de sacas embarcadas para o exterior ficaram em US$ 5,8 bilhões, em 2011, a previsão é que as receitas ultrapassem US$ 7 bilhões. O valor é recorde e corresponde a 30 milhões de sacas negociadas. O volume menor a ser comercializado se deve ao fato da safra brasileira de café, uma cultura bianual, estar em ano de ciclo de baixa, fazendo com que a expectativa de produção fique em 43,3 milhões de sacas este ano, contra 48,1 milhões de sacas, em 2010, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Silva ressalta, no entanto, que os preços do produto mais que dobraram em menos de um ano, principalmente, devido aos baixos estoques mundiais. “Em junho do ano passado, o valor da saca estava em R$ 250 e, agora, está em R$ 540”, afirmou Silva, candidato brasileiro para dirigir o Conselho Nacional do Café, com sede em Londres. O Brasil é responsável, atualmente, por 36% da produção mundial de café e 34% de todas as exportações mundiais. Na próxima semana, Silva e mais de 500 produtores, torrefadores, pesquisadores, exportadores, especialistas e baristas brasileiros viajam a Houston, nos Estados Unidos, para participar da maior feira de cafés especiais do mundo, na qual o Brasil será o país tema, com o slogan "Cafés Especiais do Brasil: Um País, Muitos Sabores”. Segundo ele, a cafeicultura nacional vive um momento especial, vendendo para todo o mundo, sendo o maior exportador e ocupando mercados de outros países que não honraram seus contratos.        
Danilo Macedo
Agência Brasil


Exportação do agronegócio recupera em março nível de 1989, diz CNA
Já as importações subiram 23,9%, chegando a US$ 1,4 bilhão, um recorde histórico
As exportações do agronegócio somaram US$ 7,4 bilhões em março, melhor resultado para o mês desde 1989, conforme cálculo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgado nesta quarta, dia 20. Na comparação com março de 2010, o valor exportado cresceu 22,6%. As importações subiram 23,9%, chegando a US$ 1,4 bilhão, um recorde histórico. O saldo da balança comercial do agronegócio no mês ficou positivo em US$ 5,9 bilhões, resultado que ajudou a balança comercial brasileira a ficar superavitária em US$ 1,5 bilhão. Os embarques do complexo soja (grão, óleo e farelo) cresceram 26,3% no mês: saltaram de US$ 1,62 bilhão em março de 2010 para US$ 2,04 bilhões em março de 2011. De acordo com a CNA, grande parte desse aumento é reflexo da elevação de 34,8% nos preços desse grupo de produtos, pois a quantidade exportada no mês caiu 6%, para quatro milhões de toneladas.
Célia Froufe
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quarta-feira, 20 de abril de 2011


Relator do Código Florestal vai rever áreas preservadas em margens de rios
Aldo Rebelo aceitou uma das sugestões apresentadas pelo líder do PV. O relator disse que ainda vai analisar as demais propostas.
Aldo Rebelo (E) recebeu sugestões de Sarney Filho (D), líder do PV.O relator do projeto de reforma do Código Florestal (PL 1876/99 e outros), deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse hoje (20) que vai modificar seu texto para tornar mais claro que os agricultores não poderão reduzir as áreas de preservação permanentes (APPs) de 30 metros ao longo dos rios. Ele afirmou que essas áreas só poderão ser reduzidas para 15 metros quando o agricultor já desmatou e que, mesmo assim, precisará fazer a recomposição. Aldo fez o anúncio após reunião com o presidente da Frente Parlamentar Ambientalista e líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), que sugeriu diversas mudanças no projeto do código.
Em caso de recomposição das APPs, Sarney Filho defendeu uma área 15 metros para todos os agricultores, enquanto Aldo definiu 15m para as grandes propriedades e 7,5 metros para as pequenas, de até 5 hectares. Aldo afirmou que a recomposição de 15 metros seria inviável no caso da Região Nordeste, pois os pequenos agricultores já usam quase toda a terra de suas propriedades. Segundo Aldo, mais de 50% das propriedades no Nordeste têm até 5 hectares e reúnem apenas 0,6% de APPs e reserva legal. Aldo também disse ser a favor de que as propriedades de até 5 hectares não tenham exigência de reserva legal, pois os pequenos agricultores já têm que preservar áreas ao redor de rios e morros.
Beto Oliveira

Cana-de-açúcar resfria o clima local
Boa notícia para o etanol. Uma pesquisa feita por cientistas do Departamento de Ecologia Global da Carnegie Institution, nos Estados Unidos, concluiu que a cana-de-açúcar ajuda a esfriar o clima local.O estudo, publicado neste domingo na segunda edição da revista Nature Climate Change, nova publicação do grupo editorial britânico, aponta que o esfriamento do clima local se deve à queda da temperatura no ar em torno das plantas à medida que essas liberam água e à reflexão da luz solar de volta ao espaço. O trabalho, liderado por Scott Loarie, procurou quantificar os efeitos diretos no clima da expansão da cana-de-açúcar em áreas de outras culturas ou de pecuária no Cerrado brasileiro.
Foram utilizadas centenas de imagens feitas por satélites que cobriram uma área de quase 2 milhões de metros quadrados. Os cientistas mediram temperatura, refletividade e evapotranspiração, a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração. “Verificamos que a mudança da vegetação natural para plantações e pastos resulta no aquecimento local porque as novas culturas liberam menos água. Mas a cana-de-açúcar é mais refletiva e também libera mais água, de forma parecida com a da vegetação natural”, disse Loarie.
“Trata-se de um benefício duplo para o clima: usar cana-de-açúcar para mover veículos reduz as emissões de carbono, enquanto o cultivo da planta faz cair a temperatura local”, destacou. Os cientistas calcularam que a conversão da vegetação natural do Cerrado para a implantação de culturas agrícolas ou de pecuária resultou em aquecimento médio de 1,55º C. A troca subsequente para a cana-de-açúcar levou a uma queda na temperatura do ar local de 0,93º, resultando no aumento líquido de 0,6º C. Os autores do estudo enfatizam que os efeitos benéficos são relacionados ao plantio de cana em áreas anteriormente ocupadas por outras culturas agrícolas ou por pastos, e não em áreas convertidas da vegetação natural.

Agência FAPESP
Agricultura promove treinamento para abate humanitário
Cursos são voltados principalmente para fiscais federais agropecuários e profissionais que atuam no controle de qualidade nos frigoríficos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, sigla em inglês), está promovendo uma série de cursos de capacitação em bem-estar animal e abate humanitário de bovinos, suínos e aves.Segundo a chefe da Divisão de Bovideocultura do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, Andrea Parrilla, as aulas pretendem formar multiplicadores capacitados para o manejo adequado nas etapas que antecedem o abate dos animais e durante o processo. O treinamento também busca reduzir as perdas econômicas ocasionadas por práticas inadequadas e melhorar a qualidade do produto.“Queremos promover um melhor entendimento sobre o bem-estar animal e a implantação dos conceitos que incorporam as boas práticas de manejo e abate humanitário, incluindo as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e da União Europeia. Os acordos internacionais de comércio valorizam cada vez mais esse aspecto”, destaca. O manejo e o abate incorretos trazem sofrimento aos animais. Além disso, interferem diretamente em aspectos como a cor, textura, sabor e validade da carne e no aproveitamento da carcaça, podendo trazer prejuízos tanto para produtores, quanto consumidores.
Como funciona
Ao todo, serão dez cursos, em oito estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Pará e Rondônia. As duas primeiras edições do treinamento ocorreram no início deste mês, em Piracicaba e Jaboticabal (SP). Os programas têm duração de 24 horas/aula e são ministrados por veterinários e zootecnistas da WSPA. O material didático é formado por três livros – um para cada espécie animal tratada – e DVDs. Cada turma tem entre 100 e 150 alunos. O público-alvo prioritário são as Superintendências Federais de Agricultura, Secretarias Estaduais de Agricultura, órgãos de extensão rural e Agências Estaduais de Defesa Agropecuária. Representantes do setor privado, como profissionais de frigoríficos que atuam nas áreas de inspeção federal, estadual e municipal e de garantia da qualidade, entre outros, podem participar. Os cursos também são abertos a instituições de ensino. “O curso oferece um material muito didático, com exemplos de como é um manejo correto, ou incorreto e orientações sobre como corrigir”, declara o fiscal federal agropecuário Nelmon Oliveira da Costa, que participou do curso em São Paulo. A iniciativa é uma ampliação do termo de cooperação assinado em 2008 pelo Ministério com a WSPA – definido como Programa Nacional de Abate Humanitário (Steps) – que previa a capacitação de grupos menores dentro dos frigoríficos. Os treinamentos começaram no ano passado e já prepararam, aproximadamente, 1.500 profissionais. Desse total, 300 eram agentes de inspeção e fiscais federais agropecuários. Os fiscais do estado de Santa Catarina já foram capacitados. A meta seguinte é atingir também os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Nessa próxima etapa, o objetivo é instruir duas mil pessoas, mas o plano maior é treinar toda a inspeção veterinária federal”, avisa a chefe da divisão do Ministério da Agricultura, Andrea Parrilla.
Próximos cursos:
Campo Grande (MS) – 25, 26 e 27 de abril
Belo Horizonte (MG) – 7, 8 e 9 de junho
Lavras (MG) – 7, 8 e 9 de junho
Cuiabá (MT) – 16, 17 e 18 de agosto
Goiânia (GO) – 27, 28 e 29 de setembro
Salvador (BA) – 25, 26 e 27 de outubro
Belém (PA) – 25, 26 e 27 de outubro
Porto Velho (RO) – 8, 9 e 10 de novembro
Marcos Giesteira
www.agricultura.gov.br



Trigo: preços de derivados não seguem aumento do grão
Apesar de as cotações do trigo em grão estarem mais altas neste período de entressafra no Brasil em relação ao ano passado, no mercado de derivados, os preços estão iguais ou mesmo menores, em termos nominais, segundo dados do Cepea. Porém, boa parte dos vendedores consultados pelo Cepea afirma que os valores ainda precisam subir para equilibrar os custos de produção. Desde o início do ano, de acordo com levantamentos do Cepea, o preço médio nominal do trigo no mercado de lotes (negociação entre empresa), no Rio Grande do Sul, teve alta de 11% e, no Paraná, de 10,3%. Já a farinha do tipo panificação, por exemplo, na média das cinco regiões pesquisadas pelo Cepea, teve queda de 1,28% no mesmo período.
(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br )

Abertura do mercado chinês para carne suína é comemorada por suinocultores brasileiros
Após cinco anos de negociações, o Brasil obteve recentemente a abertura do mercado chinês para exportação de carne suína com a habilitação de três unidades frigoríficas nacionais. Empolgados com a notícia os suinocultores esperam que os embarques brasileiros para aquele país respondam em três anos por metade de todas as importações de carne suína da China - atualmente em 400 mil toneladas e volume de negócios que superam os US$ 1 bilhão.  
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a China é o maior consumidor mundial de carne suína com volume de consumo per capita equivalente a 37 quilos por habitante/ano, o que somado equivaleu a 50 milhões de toneladas do produto em 2010.

Leia matéria completa no site:
www.portaldoagronegocio.com.br

Campanha de vacinação contra febre aftosa começa dia 1º de maio no PR
No Paraná, a primeira etapa da campanha estadual de vacinação contra febre aftosa de 2011 vai acontecer entre os dias 1º a 31 de maio. De acordo com a estratégia que vem sendo adotada desde 2009, nesta etapa serão vacinados apenas os animais bovinos e bubalinos de 0 a 24 meses. A expectativa é vacinar 4,3 milhões de animais, que corresponde quase a metade do rebanho existente no Estado, estimado em 9,2 milhões de cabeças. O lançamento da campanha vai ocorrer no dia 30 de abril, na propriedade do produtor Marcos Epp, na região de Witmarsum - entre Curitiba e Ponta Grossa - com a presença do governador Beto Richa e do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
De acordo com o secretário, a expectativa é vacinar 100% dos bovinos e bubalinos que se enquadram na faixa etária prevista para essa fase da campanha, inclusive os bezerros com poucos dias de vida. Ortigara diz que para isso espera contar com a colaboração de todos os produtores para que não deixem de vacinar seus animais.O coordenador da Área de Febre Aftosa na Secretaria da Agricultura, Walter Ribeirete, alerta os produtores para a obrigatoriedade da vacinação e de sua comprovação além da atualização do cadastro. Todo produtor que possui bovídeos deve atualizar seu cadastro na Secretaria, mesmo aqueles que não têm animais abaixo de 24 meses a serem vacinados. “A ausência de comprovação e de atualização do rebanho impede a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento necessário para o transporte de animais”, explicou.
O Paraná é considerado como área livre de febre aftosa, com vacinação, desde 2000, quando foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Estão nessa mesma condição sanitária outros 14 Estados, o Distrito Federal e a região Centro-Sul do Pará.
PREVENÇÃO - De acordo com a Secretaria, a forma mais eficiente e barata de prevenir a febre aftosa é com a vacinação. Por isso, ela é obrigatória assim como a comprovação do rebanho. A previsão é que o produtor pague aproximadamente R$ 1,50 a dose de vacina. Se não vacinar ou não comprovar poderá ser multado em R$ 96,09 por cabeça além de não poder transportar seus animais para qualquer finalidade. A comprovação deverá ser feita até o dia 31 de maio.

Outra forma de prevenção é o controle do trânsito de animais exercido pelo Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária (Defis). Por meio da fiscalização, a Secretaria da Agricultura quer impedir o trânsito de animais que estejam irregulares com as normas sanitárias.
A DOENÇA - A febre aftosa é uma doença causada por vírus que atinge animais bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. Entre os sintomas, provoca febre, feridas (aftas) na boca e nos cascos, dificultando a alimentação e movimentação dos animais, o que leva a uma rápida perda de peso e queda na produção de leite. Além disso a doença é altamente transmissível entre os animais. Em função desses fatores a febre aftosa provoca sérios prejuízos aos produtores com a rejeição da carne bovina pelo mercado internacional, principalmente nos países já reconhecidos como áreas livres de febre aftosa.