quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ministério da Agricultura anuncia crédito para pecuária
Plano Safra 2011/2012 contará com três linhas específicas para o setor
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, anunciou nesta terça, dia 3, que o Plano Safra 2011/2012  ─ a ser lançado em junho ─ contará com três linhas de crédito específicas para a pecuária. A informação foi passada aos criadores na abertura oficial da 77ª Expozebu, em Uberaba (MG). Diferentemente da agricultura, a pecuária não tem um sistema de apoio no que diz respeito ao seu financiamento. A expansão da pecuária brasileira está a exigir essa mudança — afirmou o ministro. Wagner Rossi lembrou que o ciclo produtivo da agricultura é de no máximo um ano, enquanto a criação demanda de quatro a cinco anos. Por isso, a necessidade de um sistema de financiamento próprio para a pecuária.
Segundo o ministro, uma das linhas será destinada à renovação de pastagens, com ênfase em melhoria de produtividade. O crédito abrangerá atividades como correção de solo, adubação, manejo e melhorias genéticas nas gramíneas degradadas. Outras duas linhas de crédito incentivarão a retenção e a aquisição de matrizes. Levantamentos indicam que cerca de um terço dos abates no Brasil são de fêmeas. Quando matamos a fêmea, antecipamos uma receita, mas perdemos receitas muito maiores no futuro — justificou Wagner Rossi. Segundo o ministro, o volume de recursos e os prazos ainda estão sendo definidos em conjunto com o BNDES e o Banco do Brasil.
Ministério da Agricultura
Petrobras vai importar 1 milhão de barris de gasolina
Rio de Janeiro - O aumento do consumo de gasolina levará a Petrobras a importar 1 milhão de barris de gasolina para atender o mercado brasileiro em maio, segundo informou hoje (3) o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa. O diretor disse que o aumento da demanda por gasolina levou a companhia a importar 2,5 milhões de barris de gasolina para atender a demanda dos cinco primeiros meses de 2011. Em 2010 foram importados 3 milhões de barris. Costa ressaltou que o aumento das importações para fazer frente ao consumo não vai afetar a balança comercial da empresa, que deverá fechar mais uma vez com superávit. "A importação de gasolina é relativamente pequena e equivale a mais ou menos seis dias de consumo".
Nielmar de Oliveira
Agência Brasil

Aldo Rebelo diz que proposta do Código Florestal ainda poderá ter ajustes
Brasília – O relator do projeto que modifica o Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse hoje que poderá alterar a proposta que apresentou ontem (2). “Houve mais uma prova do vestido da noiva e demonstrou-se que precisa de mais um ajuste antes do casamento”, afirmou Rebelo após participar de uma reunião no Palácio do Planalto. “Vou analisar as ponderações e, na Câmara, encontro a forma mais adequada para que tanto o governo seja representado no relatório, como também a própria base do governo.” O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou, sem dar detalhes, que ainda há muitos pontos de divergência, como o item que trata da propriedade familiar. No relatório apresentado por Aldo Rebelo a agricultura familiar é definida apenas pelas propriedades com área até quatro módulos fiscais, no entanto, opositores do Código Florestal acreditam que isso poderia beneficiar, além dos pequenos produtores, os grandes agricultores.
Vaccarezza e Rebelo reuniuram-se ontem (3) com ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, representantes do Ministério do Meio Ambiente e da Casa Civil. Os ministros Rossi, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florense, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira estiveram reunidos com as bancadas dos partidos em busca de convergência em torno da proposta de mudança do código. Depois da reunião fechada com a bancada do PT, Izabella disse que o relatório, “ainda guarda uma distância da proposta do governo”. Segundo a ministra, a votação ainda depende de negociações. “Não há intenção de se adiar a votação. Estamos buscando convergência e manteremos esse espírito de convergência com o relator Aldo Rebelo”. A Câmara dos Deputados vai analisar ainda hoje (3) o regime de urgência para a votação do novo código. A decisão de votar a urgência foi tomada em reunião, no final da tarde, dos líderes partidários com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Daniella Jinkings e Danilo Macedo
Agência Brasil