quinta-feira, 31 de março de 2011

Mercosul discute plano estratégico para a Agricultura


Encontro realizado em Buenos Aires é prévia da reunião do Conselho Agropecário do Sul, que acontece na capital argentina até sexta-feira

Buenos Aires, Argentina – Representantes dos governos de Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia estiveram reunidos nesta quarta-feira, 30 de março, para formular e discutir um plano estratégico comum para o setor agropecuário. O ministro da Agricultura da Argentina, Julian Dominguez, foi o anfitrião do encontro, que antecede a 20ª Reunião do Conselho Agropecuário do Cone Sul, que começa dia 31 de março e será encerrada nesta sexta-feira, 1º. de abril. O conselho é presidido pelo ministro brasileiro Wagner Rossi, no sistema de rodízio dos países que participam do fórum. Ele desembarca em Buenos Aires na madrugada desta quinta-feira, 31 de março, depois de ter participado das cerimônias fúnebres em memória do ex-vice-presidente da República José Alencar, que faleceu nesta terça-feira, 29 de março.

No encontro de hoje ocorrido em Buenos Aires, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, fez um balanço sobre a expansão da agricultura brasileira, a questão da sustentabilidade e do aumento de produtividade da agricultura nacional. Segundo Célio Porto, o Brasil deve manter as safras recordes pelos próximos anos, ampliando sua participação no comércio mundial de proteínas vegetal e animal. "'Esta é uma janela que todos os países do Mercosul podem e devem aproveitar", disse. Na reunião desta quarta-feira, os ministros Julian Dominguéz (Argentina), Nemesia Achacollo (Bolívia), José Antonio Galilea (Chile), Enzo Cardozo (Paraguai) e Tabaré Aguerre (Uruguai) discutiram as perspectivas do setor para a próxima década. Eles expuseram os cenários mais prováveis para a agricultura e a pecuária nacional, bem como trataram dos instrumentos utilizados pelos governos para a formulação de planos estratégicos.

Perspectivas

Segundo Célio Porto, as perspectivas para os países do Cone Sul são positivas, tendo em vista a crescente demanda mundial por alimentos. "Os desafios são enormes por conta da projeção de oferta e demanda de alimentos no mercado internacional. Acreditamos que é possível formular estratégias comuns para os nossos países a fim de atender à demanda e garantir o abastecimento de nossos mercados e de outras nações", disse o secretário de Relações Internacionais da Agricultura do Brasil.

De acordo com o representante do governo Dilma Rousseff, o mundo vai demandar cada vez mais alimentos. "O Brasil e os países da América do Sul têm condições de garantir parte dessa oferta, mas os desafios de logística e de inovação tecnológica vão exigir um esforço redobrado de nossos governos e dos empresários do setor", comentou. Ele citou dados da Organização Mundial das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que apontam a existência de um contingente de 1 bilhão de pessoas no mundo que ainda passam fome. "Esse é um dever de nossos governos", afirmou. Célio Porto comentou que o Brasil vem dando sinais concretos de que é possível compatibilizar a produção de alimentos com o respeito ao meio ambiente. Ele citou o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado pelo governo brasileiro ainda no ano passado, que busca dar suporte financeiro e apoio técnico para os produtores que desejam adotar práticas agronômicas a fim de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. "É um projeto que ainda está em fase embrionária, mas mostra os rumos para o desenvolvimento de uma nova agricultura no mundo", disse o secretário.

Propostas para a melhoria do aproveitamento do solo, das águas e o impacto das mudanças no clima também serão discutidas a partir desta quinta-feira pelos ministros da Agricultura dos seis países. O encontro será encerrado nesta sexta-feira, 1º de abril, no meio da tarde. Está programada uma coletiva de imprensa por volta das 15 horas.

Agricultura de Baixo Carbono

De acordo com dados oficiais do governo, o Brasil é responsável pela emissão na atmosfera de menos de 2 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano. Em termos mundiais, isso representa 1,8% do total de emissões de todos os países do mundo. Os Estados Unidos são responsáveis pela emissão de 30,3% dos gases que causam o efeito estufa. A Europa, 27,7%.

O Programa Agricultura de Baixo Carbono busca dar incentivo a atividades produtivas rurais com tecnologias mitigadoras que permitem a redução dos gases de efeito estufa – gás carbônico (CO2), gás metano (CH4) e óxido nitroso – pelos próximos dez anos. A idéia é incentivar processos tecnológicos que neutralizem ou minimizem os efeitos dos gases de efeito estufa no campo, permitindo a difusão de uma nova agricultura sustentável que reduza o aquecimento global, a ser adotada gradativamente pelos agricultores nos próximos anos. O programa prevê metas ambiciosas para até 2020, com a recuperação de 15 milhões de hectares de terras degradadas; a adoção do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 4 milhões de hectares de terras e do sistema de plantio direto na palha em 33 milhões de hectares de terra. A proposta estabelece ainda ações de reflorestamento no país para atingir 9 milhões de hectares pelos próximos nove anos e estimular incremento da fixação biológica de nitrogênio na produção de 5,5 milhões de hectares de terras.


Alimentos importados do Japão só serão liberados no Brasil após análise
Brasília – Os alimentos importados do Japão passarão por análise para verificar se estão contaminados por radiação. A medida foi acertada nessa quarta-feira (30) por representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen),  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos ministérios da Agricultura e da Saúde. O objetivo é evitar a entrada de produtos contaminados no Brasil, após o vazamento de material radioativo em consequência do terremoto seguido de tsunami no dia 11 de março. Os fiscais da Anvisa vão coletar amostras dos alimentos e enviá-las aos laboratórios que integram a rede da comissão nuclear, localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. A carga ficará retida nos portos e aeroportos e liberada somente depois do aval da comissão. Não foi estipulado prazo para o resultado da análise laboratorial. Segundo a gerente de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, a avaliação deve ser rápida.
Outra medida prevê que os produtos alimentícios de 12 províncias próximas à Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, onde ocorreu o vazamento de material radioativo, deverão vir com um certificado comprovando exame e liberação por parte da autoridade sanitária japonesa.Denise Resende afirmou que a chance de um alimento contaminado por radiação chegar ao Brasil é baixa. Segundo ela, o país compra poucos alimentos de origem japonesa. A maioria é formada de massas para a fabricação de produtos de padaria, pastelaria e biscoitos. “O governo japonês já proibiu a exportação [de produtos da região de Fukushima]. A quantidade que vem para o Brasil é pouca”, disse.
A gerente informou ainda que a última importação a chegar ao Brasil, de massa alimentícia para padaria e pastelaria, tem data anterior ao dia 11, quando ocorreu o terremoto. A Anvisa vai reforçar também a fiscalização nas bagagens de passageiros vindos do Japão para evitar a entrada de alimentos. Nos aviões, serão emitidos avisos pelo sistema de som alertando os passageiros que é proibido ingressar no Brasil com comida proveniente de outro país. As medidas definidas pelo governo federal para o monitoramento deverão ser divulgadas hoje (31) em nota técnica. Na última segunda-feira (28), o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários divulgou nota em que reclama da falta de orientação e de procedimentos para fiscalizar navios e produtos vindos do Japão que desembarcam no Porto de Santos. A preocupação da categoria é porque os próximos carregamentos devem chegar por volta do dia 11 de abril e, de acordo com a entidade, os trabalhadores não dispõem de aparelhos para medir o nível de radiação das cargas.
O sindicato afirma ainda que diversos produtos japoneses estão chegando ao Brasil. “Ao contrário do que afirma a Anvisa, que em comunicado informou que o Brasil só importou misturas e pastas para a preparação de produtos de padaria, pastelaria e da indústria de bolachas e biscoitos, categoria de alimentos sem indícios de contaminação com radionuclídeos, toda semana arroz arbóreo, bebidas alcoolicas (saquê), shiitake e algas marinhas desidratadas, para citar alguns exemplos, chegam ao Porto de Santos”, diz a nota.
Carolina Pimentel*
*Colaborou Danilo Macedo//Edição: Graça Adjuto
Agencia Brasil

Déficit comercial do setor de máquinas e equipamentos deve dobrar em 2011
São Paulo – O setor de máquinas e equipamentos deve fechar o ano com um déficit comercial de US$ 30 bilhões, US$ 15 bilhões a mais que em 2010, quando o déficit foi de US$ 15,7 bilhões. A estimativa foi feita hoje (30) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).De acordo com os dados divulgados pela Abimaq, as exportações do setor, em fevereiro, ficaram novamente abaixo das importações. As vendas para o exterior totalizaram US$ 895 milhões e as importações, US$ 2,04 bilhões, um déficit comercial de US$ 1,14 bilhão.
“Isso mostra que estamos sendo invadidos [pelos produtos industrializados importados]. Se o Brasil não tomar uma atitude com relação, principalmente, aos países asiáticos, nós estaremos entregando nosso mercado de bandeja”, disse o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto. A entidade pede barreiras comerciais contra esses países, menores taxas de juros e desvalorização cambial. Entre os principais exportadores de máquinas e equipamentos para o Brasil, a China se consolidou em segundo lugar, responsável por 16% dos itens importados, atrás dos Estados Unidos, que têm participação de 25%. Em terceiro lugar está a Alemanha, seguida por Japão, pela Itália e Coreia do Sul.
Entre os principais destinos dos produtos industrializados brasileiros estão os Estados Unidos, a Argentina, Holanda, o Peru e a Alemanha. Em relação ao primeiro bimestre do ano passado, os dois primeiros meses de 2011 registraram aumento de 59,5% das exportações brasileiras para os Estados Unidos (US$ 170,04 milhões em 2010 para US$ 271,29 milhões em 2011), e um acréscimo de 116,9% das exportações para a Alemanha (US$ 37,24 milhões, em 2010, para US$ 80,79, em 2011). “Imaginem se tivéssemos a competitividade como a gente pede, principalmente em relação ao câmbio. Aumentar a exportação para a Alemanha e os Estados Unidos é uma coisa que a gente tem que comemorar. Mostra que a indústria brasileira ainda é competitiva. Mas nós estamos perdendo isso ao longo do tempo, com essas condições macroeconômicas”, disse.

Bruno Bocchini
Agencia Brasil



quarta-feira, 30 de março de 2011


Encontro discute situação da febre aftosa na América do Sul
Reunião da Cosalfa definirá os mecanismos de monitoramento do Plano de Ação 2011-2020
Representantes dos 11 países integrantes da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa) reúnem-se de 31 de março a 1º de abril, em Recife (PE), para debater o combate à doença. A 38ª reunião ordinária da Cosalfa realizará uma avaliação da situação dos programas sanitários nacionais da região sulamericana. O encontro definirá os mecanismos de monitoramento do Plano de Ação 2011-2020 do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA). O documento foi aprovado no último encontro do Comitê Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA), realizado em dezembro de 2010, no Rio de Janeiro. Com o novo plano, os organizadores esperam erradicar a doença definitivamente do continente sulamericano e estabelecer mecanismos para prevenir a reintrodução da enfermidade nos países da região.O evento é uma promoção do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), com a colaboração do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Governo do Estado de Pernambuco por meio da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária e da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro).

Cosalfa
A Cosalfa foi criada em 1972 e tem como objetivo avaliar o andamento dos programas nacionais de controle e erradicação da febre aftosa na América do Sul. Também recomenda ações para garantir a integração regional das iniciativas de intervenção.A Comissão é constituída por 22 representantes, de 11 países da América do Sul, sendo composta pela autoridade máxima do serviço veterinário oficial e um integrante do setor privado, ligado à cadeia de produção pecuária, de cada nação. Os países da América do Sul membros da entidade são: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Venezuela e Uruguai.Durante as reuniões, participam ─ como observadores ─ representantes dos serviços veterinários oficiais, organizações de produtores agropecuários, da indústria de produtos animais e da indústria farmacêutica veterinária, dos laboratórios de diagnóstico, das universidades, dos institutos de pesquisa, das agências nacionais e internacionais de cooperação técnica e convidados.

Saiba mais
A febre aftosa é uma enfermidade infecciosa aguda que causa febre, seguida pelo aparecimento de vesículas (aftas) – principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. Os animais adquirem o vírus por contato direto com outros semelhantes infectados, com alimentos e objetos contaminados. Para combater a doença, o Ministério da Agricultura conta com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção a Febre Aftosa (PNEFA) e atua em parceria com os serviços veterinários estaduais. No Brasil, a imunização é praticada em todos os estados e no Distrito Federal, com exceção de Santa Catarina, considerado, desde 2007, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre da enfermidade sem vacinação.O rebanho brasileiro é formado por 207,2 milhões de bovinos e 1,2 milhão de búfalos, totalizando 208,4 milhões de animais. Em 2010, o índice de cobertura vacinal dos animais brasileiros foi de 97,4%. O último foco de febre aftosa no Brasil foi detectado em 2006, no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Na América do Sul, apenas Equador, Venezuela e Colômbia registraram casos da doença em 2008 e 2009.
Marcos Giesteira
www.agricultura.gov.br

Expoingá deve movimentar R$ 156 milhões
Feira de Maringá ocorre de 5 a 15 de maio e aguarda 500 mil pessoas

De 5 a 15 de maio o Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, em Maringá, deve reunir 500 mil visitantes durante a 39 edição da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá 2011). Os preparativos já estão adiantados e a perspectiva é de ampliar os negócios em comparação à edição do ano passado de um dos mais tradicionais eventos do agronegócio da região noroeste do Estado. De acordo com a presidente da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclézia de Araújo, a expectativa é que a movimentação financeira da feira chegue a R$ 156 milhões, valor 10% superior ao do ano passado. ''Esperamos que a boa safra que tivemos e esse momento da economia sejam revertidos em resultados para a feira'', salienta. A programação da Expoingá será composta por seminários e cursos técnicos promovidos pelo Instituto Emater, pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e pelo Sindicato Rural de Maringá. Alguns dos temas abordados serão agricultura familiar, agroindústria, julgamento de animais e casqueamento, dentre outros. Aproximadamente 10 mil animais de diversas espécies ficarão em exposição ao longo da feira e já estão programados 16 leilões, além de julgamentos que serão realizados todas as manhãs. A Fazendinha do Emater e a Feira de Sabores do Paraná também compõem a grade de atrações ao público presente, juntamente com o parque de diversões e a grade de shows.
Nos dias 9 e 10 de maio a Expoingá terá os portões abertos. Não será cobrado ingresso de entrada para o Parque de Exposições e nem para o recinto de shows. ''Lembramos que a arena de shows tem limite para 14 mil pessoas'', avisa Maria Iraclézia. ''A feira é vitrine em todos os setores. Mostramos o que está acontecendo no momento e o que virá'', complemente a presidente da SRM, justificando o tema da Expoingá 2011: ''A vitrine do futuro, reflexo do crescimento''.
Mariana Fabre
Folha de Londrina
Secretaria da Agricultura lança novo edital do programa Trator Solidário
O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, assinou nesta terça-feira (29) o edital de credenciamento que possibilita a empresas e revendedoras de tratores de todo o País participar do Programa Trator Solidário. A previsão do governo do Estado é entregar até 4 mil tratores nos próximos quatro anos. A partir da próxima segunda-feira (04), os escritórios locais da Emater-PR de todo o Estado estarão aptos a receber os pedidos dos agricultores para em seguida serem elaboradas as pré-propostas que darão acesso ao pedido de financiamento dos tratores. O programa foi suspenso no final do ano passado para revisão e agora está sendo relançado, dando ao agricultor familiar mais opção de escolha na hora de comprar o trator.
Segundo Ortigara, o governo do Estado está cumprindo um compromisso de campanha: dar continuidade aos programas que estão dando certo.
O edital de relançamento do programa será publicado no Diário Oficial do Estado e em jornais de grande circulação no Paraná na próxima quinta-feira (31), para dar ampla visibilidade a todas as empresas interessadas em aderir ao processo de credenciamento, que posteriormente seguirá para homologação do governador Beto Richa.Conforme o novo edital, os preços foram fixados em R$ 48.300,00 para o trator de 50 CV de potência e de R$ 62.400,00 para o trator com no máximo 75 CV de potência. Essa tabela apresenta um reajuste de 6,62% e 7,58%, respectivamente, para os dois tratores em relação aos preços praticados até o final do ano passado. Os preços dos tratores foram reajustados após estudos que levaram em consideração fatores como inflação do período, elevação dos custos dos componentes utilizados na fabricação, preços médios de mercado fornecidos por meio de orçamentos pelos fabricantes e concessionárias, sem perder de vista o poder aquisitivo do público-alvo do programa: os agricultores familiares.
RECURSOS – O programa Trator Solidário representa uma articulação do governo do Paraná e governo federal com os agentes financeiros, que oferecem recursos com baixas taxas de juros para os agricultores familiares, e as empresas fabricantes de tratores, que fornecem os equipamentos conforme os valores fixados pelo edital. O resultado é um ganho expressivo para os agricultores familiares, que conseguem crédito mais barato para a compra de equipamentos de qualidade. Com isso, o governo do Estado auxilia na mecanização da pequena propriedade, disse Ortigara. O programa prevê a participação de agentes financeiros como Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento Extremo Sul (BRDE), por meio do Sicredi e Cresol, que vão oferecer linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O prazo para pagamento dos financiamentos dos tratores será de até 10 anos, com carência de até 2 anos, e a garantia da equivalência em produto. A equivalência é um bônus garantido pelo governo do Estado, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico – gerenciado pela Agência de Fomento do Paraná S/A. Os juros para os financiamentos serão os mesmos das linhas de crédito do Pronaf, em média de 2% ao ano.
O bônus/equivalência será concedido aos beneficiários do programa sempre que o preço médio de mercado do milho calculado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura ficar abaixo do valor mínimo da época da contratação do financiamento. O percentual entre o preço médio de mercado e o valor mínimo do milho será igual ao bônus/equivalência

SERVIÇO:

A partir desta quarta-feira (30), as empresas interessadas em participar do Programa Trator Solidário poderão retirar o edital no seguinte endereço: http://www.comprasparana.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=7.
Os documentos necessários, constantes do Edital 002/2011, deverão ser entregues em invólucro lacrado, com o seguinte endereçamento: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – SEAB – Trator Solidário – Comissão de Credenciamento com sede na Rua dos Funcionários n° 1.559 – CEP – 80.035- 050 – Curitiba – PR
www.seab.pr.gov.br

terça-feira, 29 de março de 2011

Reforma do Código Florestal não é briga entre ambientalistas e ruralistas, diz deputado
Brasília - Relator da proposta de reforma do Código Florestal, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ressaltou hoje (29) que as discussões em torno do tema não são uma briga entre ambientalistas e ruralistas. Durante audiência pública no Senado, Rebelo defendeu que a atualização do código é uma necessidade para proteção do meio ambiente e da agricultura do país.“A desinformação na sociedade e na imprensa é muito grande sobre isso e todo mundo reproduz o jargão de que é uma briga entre ambientalistas e ruralistas. Não é uma briga entre ruralistas e ambientalistas, isso é a necessidade do país de proteger o meio ambiente e a agricultura”, afirmou o deputado.Rebelo afirmou que durante a fase de elaboração do seu relatório percorreu todas as regiões do país, conversou com pequenos e grandes produtores rurais, representantes de entidades de classes e identificou a necessidade de se adequar o novo código à realidade do país. “Hoje se lê facilmente nos jornais que nós queremos mudar o código. Não é verdade. Ele já foi completamente alterado e o que resta do código hoje é pouco mais do que um título, um nome”, argumentou o deputado.“Não vamos abrir mão do instituto da reserva legal, embora ele só exista no Brasil. Vamos manter a reserva legal de 80% na Amazônia, teremos 35% de reserva no Cerrado Amazônico, 20% da Mata Atlântica. Vai continuar na lei a proteção dos rios de 15 até 500 metros. Continuará na nossa legislação a proteção de morros e encostas. Tudo isso continuaremos acolhendo porque não é um compromisso de governo, de Estado, mas é um compromisso civilizatório no Brasil. Por isso preservamos 70% de vegetação nativa e os europeus não têm mais nada”, disse Rebelo.O deputado ainda fez duras críticas às organizações não governamentais (ONGs) que atuam no Brasil e têm se posicionado contra a reforma do Código Florestal. Segundo ele, essas organizações que hoje defendem no Brasil a proteção ambiental e inviabilizam a produção agrícola e pecuária, não fizeram o mesmo nos seus países de origem.
“Na Amazônia, essas ONGs sediadas na Holanda, na Bélgica, querem 80% de reserva legal enquanto nos países onde têm suas sedes não defendem nem um, nem dois, nem três por cento. Considero isso uma indignidade, inaceitável”, afirmou Rebelo. “Considero inaceitável que certas organizações e seus executivos assalariados que têm por mês uma renda que um agricultor em Rondônia não consegue em um ano tenha a desfaçatez de chegar aqui e exigir de nós o que não apontam nos seus países”, acrescentou.    
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Paraná colhe safra recorde de 14,67 milhões de toneladas de soja
Curitiba – O Paraná deve colher 14,67 milhões de toneladas de soja, uma safra recorde. Esse total representa um aumento de 730 mil toneladas em relação à expectativa do mês passado, quando se projetava uma safra de 13,94 milhões de toneladas. De acordo com levantamento do Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria Estadual da Agricultura), a produtividade também é superior às anteriores: a média passou de 3.190 quilos por hectare no ano passado para 3.260 quilos por hectare neste ano. Em relação à safra passada (2009/2010) o crescimento da produção é de 5%. No ano passado foram colhidos 13,92 milhões de toneladas do grão. De acordo com o diretor do Deral, Otmar Hubner, quando a cultura começou a ser colhida, nos meses de janeiro e fevereiro, havia uma preocupação devido ao excesso de chuvas, mas as condições melhoraram nos últimos dias. A agrônoma Margorete Demarchi disse que, nos últimos três anos, o Paraná tem mantido a média no volume de exportação do grão, em torno de 45% do que é produzido no estado.
Agência Brasil

sexta-feira, 25 de março de 2011

Embrapa cria unidade de gestão territorial em Campinas
Decisão foi tomada pelo diretor-presidente, Pedro Arraes. Serviço funcionará nos moldes de outras estruturas da empresa
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai criar um serviço de gestão territorial na cidade de Campinas (SP). A decisão foi tomada pelo diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, e tem como objetivo suprir a crescente demanda pelos serviços. “A ideia é ampliar os serviços na área de geotecnologias oferecidos pela empresa”, afirma Pedro Arraes. A criação da nova unidade foi discutida nesta quinta-feira, 24 de março, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi.A nova estrutura funcionará administrativamente nos moldes de outras unidades de serviço, como a Embrapa Transferência de Tecnologia, a Embrapa Informação Tecnológica e a recém-criada Embrapa Quarentena. A unidade vai substituir o antigo Núcleo de Gestão Territorial Estratégico.  O Serviço de Gestão Territorial Estratégico será coordenado pelo pesquisador Cláudio Spadotto, convidado pela direção da empresa a implantar a nova estrutura.“Há alguns dias o ministério e a Embrapa buscavam o melhor mecanismo, respeitando a estrutura organizacional da empresa, para fortalecer essa área até porque as demandas desse serviço são frequentes”, diz Pedro Arraes. “Vamos dar maior flexibilidade ao atendimento às demandas vindas da Presidência da República, assim como de outros órgãos federais e estaduais.” Como uma unidade administrativamente descentralizada, o Serviço de Gestão Territorial Estratégico terá dentre suas atribuições a prestação de serviços de apoio a trabalhos relacionados a zoneamentos ecológicos e econômicos e a  planos de manejo de áreas de proteção ambiental.
Embrapa/Assessoria de Comunicação Social


AGRONEGÓCIO: país alcança valor recorde de exportações
O Brasil alcançou recorde nas exportações brasileiras do agronegócio nos últimos 12 meses. O número chegou a US$ 78,439 bilhões entre março de 2010 e fevereiro de 2011, um valor 19,8% acima do exportado no mesmo período do ano passado (US$ 65,460 bilhões). E o saldo acumulado neste intervalo foi de US$ 63,812. Pela primeira chega-se ao valor de US$ 5,333 bilhões em fevereiro na série histórica que iniciou em 1991. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 21% nas vendas externas. O resultado foi um superávit de US$ 4,05 bilhões na balança comercial do agronegócio.
Carnes - O setor de carnes foi o principal item das exportações, com registro de vendas de US$ 1,146 bilhão. O bom desempenho pode ser atribuído ao aumento de preço nas carnes bovina, suína e de frango - estas duas últimas registraram acréscimo da quantidade vendida.

Setores - Os setores responsáveis pelo aumento recorde do mês foram cereais, farinhas e preparações, que subiram 182,4%; café, com incremento de 72,8%; carnes, com 17,8%; complexo sucroalcooleiro (etanol e açúcar), 14,7%; e produtos florestais, 10,5%. O complexo soja (grão, farelo e óleo) registrou um aumento de 186,5% nas vendas do óleo, apesar do decréscimo registrado no valor exportado em relação ao grão e ao farelo. Os produtos mais importantes - grão e farelo - devem subir consideravelmente a partir do próximo mês, quando aumentam os embarques.

Destinos das exportações - A União Europeia é uma das regiões para as quais o Brasil exporta mais expressivamente. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 8,8% em vendas para a comunidade que engloba 27 países. Na Ásia, houve um amento de 6,4% e no Oriente Médio, de 57,8%. Outro ganho significativo refere-se à África, que subiu 47% no valor e ultrapassou o bloco econômico Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que aumentou em 21,3%. (Mapa)
Do site www.ocepar.org.br
Etanol ultrapassa 100% de aumento

No Paraná, há postos em que 90% do combustível comercializado é a gasolina; queda no consumo passa de 40% no País

Na hora de abastecer, o etanol definitivamente não é mais a primeira opção do consumidor que pode escolher entre o álcool e a gasolina. Dados do Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis (Sindicom) apontam que a venda do produto pelas distribuidoras caiu 40% no País. Não é para menos. Informações do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea) apontam que o álcool hidratado já subiu 114% desde junho do ano passado até agora. Em Londrina, um novo repasse aconteceu nos últimos dias, e o etanol atingiu a casa dos R$ 2,40. Roberto Fregonese, presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), comenta que essa queda de 40% nas vendas também é o que os postos de combustíveis do Estado estão enfrentando. ''Estamos sentindo esse reflexo no varejo. Antes, se vendia uma média de 55% de etanol e 45% de gasolina. Agora, existem estabelecimentos em que 90% do comercializado é gasolina.'' O representante do Sindicombustíveis ainda não prevê a tão esperada queda dos preços do álcool nos próximos dias. Ele explica que das 34 usinas de cana-de-açúcar existentes no Paraná, apenas dez estão recebendo a matéria-prima. ''A produção ainda está muito pequena, até o mês de abril esse quadro vai continuar complicado. A verdade é que a venda de etanol hoje é irrisória'', avalia Fregonense. Durval Garcia Junior, vice-presidente regional do Sindicombustíveis e proprietário de posto em Londrina, comenta que antes dos aumentos sucessivos vendia em média 1,6 mil litros de etanol por dia e agora está comercializando cerca de 400 litros. ''Mas isso varia de posto para posto. No Centro, por exemplo, onde circulam mais carros flex, o consumo do etanol acabou diminuindo.'' Em média, segundo Junior, os comerciantes estão pagando por volta de R$ 2,20 pelo litro na distribuidora. ''Eu, por exemplo, fiz a última compra de etanol há 14 dias. Em Londrina podemos estimar um consumo de 4,5 milhões de litros de etanol num mês considerado normal. Com essa queda de 40%, devemos estar comercializando na faixa de 2,7 milhões'', estima Durval.
Ricardo Vanderlei Vicente, proprietário de posto na cidade há mais de 30 anos, confirma a queda entre 40% e 45% de vendas na bomba. Ele relata que está pagando R$ 2,28 pelo litro do combustível e nunca tinha visto o preço tão elevado. ''Vendia por volta de 1,8 mil litros dia e agora estou vendendo entre 950 e mil litros. Além disso, já estamos esperando um novo repasse de preço para os próximos dias'', completa.
Victor Lopes
Folha de Londrina

Agrishow terá área de exposição 15% maior este ano
Segundo previsões, a feira deverá pelo menos repetir o R$ 1,15 bilhão de negócios movimentados em 2010
A Agrishow deste ano, que será realizada entre 2 e 6 de maio em Ribeirão Preto, crescerá 15% em área de exposição ante a feira do ano passado. Feira de negócios, focada em produtos e serviços para a agricultura, a Agrishow, que chega a sua 18ª  versão, deverá pelo menos repetir o R$ 1,15 bilhão de negócios movimentados em função da feira de 2010. "Esse montante foi divulgado pelos bancos participantes e tudo indica que será repetido porque a agricultura vai bem", disse nesta quinta-feira (24) José Danhesi, gerente geral da feira, durante a apresentação do evento. Muitos dos negócios feitos na feira utilizam linhas de financiamento a juros baixos, como a BNDES PSI. A taxa era de 5,5% ao ano e, por conta de reajuste anunciado pelo governo, subirá para 6,5% anuais. "A linha continua atrativa porque tem taxa praticamente zero de juro, caso a inflação fique em 6,5% no ano", disse Carlos Nogueira, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), uma das entidades realizadoras da feira.
 
Paraná: Seab fecha barreiras sanitárias por falta de funcionários
Motivo seria a falta de funcionários; alternativa é realizar fiscalizações volantes
Curitiba - A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) fechou três barreiras sanitárias no Paraná por falta de funcionários para trabalharem nestes locais. Duas unidades localizadas na divisa com Santa Catarina nas regiões de União da Vitória e de Francisco Beltrão deixaram de funcionar na semana passada. Ontem foi fechada a barreira na região de Jacarezinho, na divisa com São Paulo. Para estes locais, segundo a Secretaria, a alternativa encontrada foi realizar fiscalizações volantes. O problema de falta de médicos veterinários e agrônomos já existia no ano passado e era considerado pelo então secretário de Agricultura, Erikson Camargo Chandoha, como um dos maiores entraves para que o Paraná conseguisse o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. Hoje a Seab conta com 270 veterinários e agrônomos, mas seriam necessários pelo menos 600. A Secretaria começou a convocar agora os aprovados em um concurso realizado em 2007 que teve a data de validade prorrogada até 6 de maio. O diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) da Seab, Marco Antonio Teixeira Pinto, disse que foram chamados 194 concursados, mas ainda não há um levantamento de quantos compareceram. Segundo ele, um dos grandes entraves para a contratação é o salário inicial hoje em R$ 2.560 e considerado baixo pela categoria. Nos dias 28 e 29 de março haverá mais uma chamada de concursados. Segundo ele, hoje são 31 barreiras sanitárias. ''Não temos mais pessoal para todas as barreiras'', disse. Por este motivo, foram fechadas três delas. A Secretaria ainda chamou outros 120 técnicos agrícolas para atuarem nestes locais que devem começar a trabalhar até o final de março. ''A Secretaria de Agricultura vem fechando barreiras sanitárias porque não tem gente para trabalhar. As que estão funcionando, operam precariamente por falta de profissionais'', disse o presidente da Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR), Rudmar Luiz Pereira dos Santos.
Andréa Bertoldi
Folha Web

quinta-feira, 24 de março de 2011

Alta do etanol derruba consumo em 40%
O consumidor responde à disparada dos preços do álcool. Na semana passada, as vendas pelas distribuidoras caíram 40% no país, em relação à média semanal de janeiro e fevereiro, de cerca de 160 milhões de litros. Os dados, referentes a 60% do mercado, são do Sindicom (sindicato dos distribuidores de combustíveis). A menor demanda também chegou aos postos de combustíveis. Segundo o presidente do Sincopetro (sindicato dos postos de São Paulo), José Alberto Gouveia, entre 36% e 40% do consumo de etanol passou para a gasolina na última semana. A retração em março ocorre após relativa estabilidade em fevereiro. Em janeiro, as vendas de etanol caíram 26% ante dezembro, mas o menor volume foi insuficiente para equilibrar o mercado. Os preços continuaram a subir em março e o valor médio do litro atingiu R$ 2,07 na semana encerrada no último sábado, alta de 9% ante fevereiro, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Do início da entressafra, em novembro, até a semana passada, os preços do álcool subiram 22% no país. Em São Paulo, berço do setor, o consumidor já encontra o litro a R$ 2,30 em alguns postos.
REAÇÃO TARDIA
Nos períodos de entressafra, marcados por queda na oferta de álcool, a demanda historicamente cai. Neste ano, a reação foi mais tardia. Para o consumidor, compensa abastecer com álcool se o seu preço for igual ou inferior a 70% do valor da gasolina. "Na maior parte dos Estados, essa relação foi ultrapassada e o consumo se manteve aquecido, o que surpreendeu", diz Alívio Vaz, presidente do Sindicom. A Unica (associação dos produtores) afirma que o movimento atípico deve-se ao aumento do poder aquisitivo. "Todos erraram em planejamento de demanda. A economia está em outro patamar, e a reação à menor oferta foi, de fato, tardia", diz Antonio de Pádua Rodrigues, diretor da associação. Com a recente queda na demanda, a consultoria Datagro quase dobrou a sua estimativa para os estoques de etanol no prazo de um mês. Agora, a previsão é de 1 bilhão de litros, equivalentes a 20 dias de consumo. No entanto, os preços devem continuar altos até maio. "Os preços só vão voltar com a combinação de redução da demanda e oferta da nova safra", diz Pádua. A partir da segunda quinzena de abril, segundo ele, cerca de 50% a 60% das usinas estarão em produção. O fato é que desde a crise de 2008 houve poucos investimentos em aumento de capacidade e a oferta de álcool não acompanha o ritmo de crescimento da demanda. Na última safra, a oferta aumentou 2,7 bilhões de litros. "Mas isso ficou muito aquém da demanda", diz Pádua. "Não conseguimos responder à velocidade da demanda com a mesma agilidade", completa o secretário de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone.
TATIANA FREITAS
www.folha.com.br

quarta-feira, 23 de março de 2011

Conab faz leilões de milho nesta quarta-feira

Quatro operações de venda direta de estoques públicos negociarão mais de 80 mil toneladas do grão

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, promove, nesta quarta-feira, 24 de março, quatro operações de venda direta de estoques públicos de milho.
Estarão à venda 83,6 mil toneladas do grão produzidas em três estados. Do Mato Grosso, serão 50,3 mil t; de Goiás, 16,7 mil t; e, do Mato Grosso do Sul, 16,5 mil t. A função desse tipo de leilão é regular o abastecimento e o preço dos produtos agrícolas.
Poderão participar dos leilões avicultores, suinocultores, bovinocultores (de leite e de corte), cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos (de leite e de corte), indústrias de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.

http://www.agricultura.gov.br/
Ana Rita Gondim
Paraná: secretário defende união de esforços para fortalecer a agricultura familiar

A superação das dificuldades enfrentadas pela agricultura familiar no Paraná depende da unificação das agendas das instituições do governo do Estado, do governo federal, dos municípios e das instituições que representam a iniciativa privada e os movimentos sociais. A mensagem defendendo a união de ações é do secretário da Agricultura e presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf), Norberto Ortigara, que nesta terça-feira (22) presidiu a primeira reunião do conselho. O Cedraf é composto por 33 entidades do governo, iniciativa privada e movimentos sociais, e deverá ganhar mais duas representações com a entrada da Câmara Setorial da Juventude Rural e da Cooperativa Central dos Assentados da Reforma Agrária.

Para Ortigara, o Cedraf é o fórum qualificado para discussões que tem como objetivo o avanço da agricultura familiar. Ele salientou que vai conduzir as ações em nome do Estado, o que é responsabilidade do governo, independente das questões partidárias. Assim como Ortigara, 50% dos integrantes do conselho estavam participando da reunião pela primeira vez, em função do processo de renovação do órgão.
Participaram da reunião o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Paraná, Reni Denardi, o presidente da Associação dos Municípios do Paraná e prefeito de São Jorge do Patrocínio, Claudio Palozi, entre outras lideranças.
A preocupação dos conselheiros é a manutenção da assistência técnica pública nos municípios.

Ortigara lembrou que o governo do Estado autorizou a reposição de quadros da Emater-PR, numa programação de 100 novos técnicos por ano até atingir o limite de funcionários que a legislação permite. Como representante do governo, Ortigara expôs as estratégias que vão favorecer o desenvolvimento da agricultura familiar e o enfrentamento de suas dificuldades no Paraná. Ele destacou a necessidade de levar uma condição de vida melhor para as famílias do campo, proprietários e trabalhadores rurais. Segundo o secretário, haverá mais atenção aos jovens e idosos no campo, por meio de programas de qualificação técnica e geração de renda para complementação de aposentadorias dos idosos. Na questão da infraestrutura, Ortigara anunciou que a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento vai concentrar esforços na readequação de estradas rurais, que ajudam as propriedades a ganhar competitividade. Assumiu o compromisso de constituir cerca de 60 patrulhas rurais por meio de consórcios municipais que irão atuar na readequação de estradas. Outras preocupações do governo que deverão ser enfrentadas para melhorar a competitividade da agricultura familiar são o investimento em transporte por ferrovias e em armazenagem. Ortigara admitiu que atualmente o déficit de armazenagem ultrapassa 10 milhões de toneladas e que a intenção do governo é atrair investimentos para ajudar a conservar e proteger a safra e evitar a armazenagem em caminhões.


No Paraguai, o rei da soja é brasileiro

Com fazendas em 13 dos 17 estados paraguaios, Favero é o maior dos produtores brasiguaios, responsáveis por 90% da soja do país

Corria o ano de 1965 e Tranquilo Favero foi convidado por uma dupla de amigos médicos a fazer um passeio: atravessar a recém-inaugurada Ponte da Amizade, que liga a cidade de Foz do Iguaçu, no Brasil, a Ciudad del Este, no Paraguai. Quando chegou ao país vizinho, ficou encantado com a imensidão de terras boas para o cultivo. “Nasci e me criei na terra, não precisava nem fazer análise para saber que naquele mundo verde que vi do outro lado da fronteira cresceria de tudo”, conta.

Os amigos voltaram da viagem, mas Favero ficou por 60 dias, de olho nas possibilidades que vislumbrava. “Comprei um carro para visitar a região, e comprei as primeiras terras”, diz. Foi um golpe certeiro. Aos 72 anos, modos simples e tereré (bebida típica semelhante a um chimarrão gelado) nas mãos, Favero é conhecido internacionalmente como o rei da soja no Paraguai.

“Os brasileiros podem se orgulhar do crescimento do Paraguai no ano passado”, diz, em seu escritório novinho, na avenida que leva ao aeroporto. O do centro estava ficando pequeno e há pouco a empresa mudou de endereço. Segundo Favero, 80% do crescimento do Paraguai veio da exportação de grãos e carne. Desse porcentual, 90% dos grãos são produzidos pelos “brasiguaios”.

Império da soja

Favero tem nove empresas, todas ligadas ao agronegócio. “Desde pequeno, quando não tinha nada e minha família era pobre, pensava em produzir alimentos”, afirma. “Roupa, sapato, carro são supérfluos, mas até a rainha da Inglaterra tem de comer todo dia.”

Louco por trabalho, diz que tem jornada de 15 horas diárias e é o estraga-prazeres da família quando o assunto é férias. “Quer me castigar, me chama para ir para a praia” afirma, rindo. Seu império tem 40 mil hectares de terras cultivadas, 40 mil cabeças de gado, 1,5 mil funcionários diretos e 5 mil indiretos. Possui terras em 13 dos 17 departamentos (estados) paraguaios.

Os números podem ser pequenos quando comparados ao maior produtor de soja do Brasil, Blairo Maggi, com seus mais de 160 mil hectares de soja. Mas lhe garantem domínio no país vizinho. Para safra paraguaia de 2011, que começa a ser colhida em breve, é esperada a produção de 8 milhões de toneladas. No Brasil, apenas as exportações chegaram a quase 50 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), alta de 5,5% sobre o ano anterior.

“Mas precisa lembrar que o Paraguai é o maior produtor de soja per capita do mundo”, faz questão de frisar Favero. Em suas contas, a produção paraguaia é de cerca de 1,3 tonelada por pessoa. No Brasil, é de 0,3 tonelada. Do total paraguaio, Favero espera produzir 120 mil toneladas. Na safra passada, foram 90 mil toneladas.

De olho na China

Favero, que se diz interessado em ouvir e aprender, tem agora voltado seus olhos para a China. Pretende abrir um pequeno escritório de representação em território chinês este ano e quer uma filial maior naquele país em 2012. Hoje, ele vende para multinacionais. Com a filial na China, pretende eliminar intermediários. "Talvez eu monte também uma empresa no Brasil para exportar carne” diz, sem dar mais detalhes.

Enquanto conversa, Favero fica de olho em uma televisão gigante instalada em seu escritório, ligada todo o tempo no mapa meteorológico do Weather Channel (canal do tempo). Diz: “vai chover bastante esse ano, isso é muito bom”. Durante a entrevista, é interrompido algumas vezes por funcionários ou por um de seus netos, que estava na região de Alto Paraná visitando umas terras. Pergunta se chove, se faz sol, como estão as plantações.

O rei da soja do Paraguai tem três filhas. Todas moram no Brasil e nenhuma seguiu os caminhos do pai. Com ele, trabalham dois dos três netos homens (há mais três mulheres), um deles é economista e, o outro, engenheiro agrônomo. Há pouco parentes em volta porque, diz ele, não é muito bom colocar muita família nos negócios. “Se um funcionário não trabalha direito, posso mandar embora. Agora, se é da família...”

Meu pai nasceu no oceano

A saga de Favero começou na Italia, quando seus avós deixaram um país que passava dificuldades para tentar a sorte em outro lugar. Sua avó estava grávida e seu pai nasceu no navio, três dias antes da chegada a Porto Alegre (RS). O filho Tranquilo nasceu em Videira (SC) e estava na pequena Chupinzinho, no Paraná, quando recebeu o convite para viajar ao Paraguai.

“Naquela época, 10 mil hectares no Paraguai equivaliam a 100 hectares no Paraná”, diz. Ele conta que foi devagar, com medo das ditaduras do país vizinho, de instabilidades. “Conforme o tempo passava, eu via que o bicho não era tão feio.” Foi ficando tão bonito até que Favero vendeu o que tinha no Brasil e se mudou de vez. Naturalizou-se paraguaio há 22 anos.

IG Economia

terça-feira, 22 de março de 2011

Adubo biológico melhora aproveitamento de fósforo e custa até 30% menos que o industrial

As lavouras de soja e milho de Santa Catarina se mantêm entre as melhores do país neste ano, poupadas pelas secas do La Niña e com avanço em produtividade. Os 460 mil hectares dedicados à oleaginosa e os 570 mil cobertos pelo cereal ultrapassam marcas próximas de 3 mil e 4,5 mil quilos por hectare, respectivamente, neste início de colheita. A renda na região também fica acima da obtida em outros centros produtores, uma vez que boa parte dos agricultores recebe bônus de cerca de 8% por ter a soja selecionada como semente. Para ampliar suas vantagens, o estado reduz custos. Em Campos Novos, na cabeceira do oeste agrícola, a Copercampos amplia a produção de fertilizante “vivo” a partir de cama de aviário, produto até 30% mais barato que o adubo químico.
O chamado Biocoper tem micro-organismos que agem no solo melhorando o aproveitamento do fósforo, afirma o agrônomo Marcelo Capelari. “Normal­mente, 80% do fósforo se perde. Com a ação dos fungos, 80% são aproveitados”, compara.
 

Diretor da Copercampos, Laerte Thibes mostra adubo “sem cheiro”
Lançado na safra passada, o produto vem apresentando os mesmos resultados que o adubo industrial, dizem os produtores. “A vantagem é o custo”, afirma o agricultor Márcio Wagner, que passou a utilizar o produto em 100% da área de cultivo. Ele planta 350 hectares de soja e está colhendo 3,6 mil quilos por hectare. Em 50 hectares de milho, o rendimento é de 8,4 mil kg/ha.
A fama do Biocoper leva a Campos Novos representantes de cooperativas do Paraná e de outros estados. A Copercampos planeja dobrar a produção de 5 mil para 10 mil toneladas ao ano e, em seguinda, duplicar a planta industrial, conta o responsável pela indústria, Edilson Moreira.
“O que fazemos aqui não é inédito. O que é novo é a aplicação dessa tecnologia na produção de grãos”, afirma o diretor-executivo da Copercampos, Laerte Thibes. A empresa investiu R$ 10 milhões na indústria de fertilizantes.
Os micro-organismos são comprados do Instituto de Fosfato Biológico, de Goiânia (GO). O fertilizante é composto ainda de cama aviária – que reveste os criadouros de aves e contém restos de ração e esterco – e rocha fosfática, misturados ao ar livre. Após a secagem industrial, o pó resultante não tem cheiro de esterco e recebe fécula de mandioca para ficar granulado.
A produção e a rentabilidade são animadoras em Santa Catarina, avalia a economista Gilda Bozza, que viajou com a Expedição Safra pela região na última semana. A Copercampos prevê avanço de 3,4 mil para 3,6 mil quilos por hectare na produtividade da soja e de 8,4 mil para cerca de 10 mil quilos por hectare no milho. No Oeste do estado, a cooperativa C. Vale informa que a média deve se manter entre 3,3 mil quilos e 9,6 mil quilos por hectare, respectivamente, com avanços pontuais.

José Rocher

Transporte da safra do Centro-Oeste até o porto custa quatro vezes mais que na Argentina

Brasília - Os custos logísticos são o principal problema da agricultura brasileira em comparação com outros grandes produtores do continente. Segundo o economista Luiz Antônio Fayet, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os produtores são eficientes, mas há uma discrepância “da porteira para fora”. Fayet disse que, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), a média de gastos com logística no Brasil, principalmente no transporte da produção até o porto, foi de US$ 84 por tonelada de soja em 2009. Nos Estados Unidos, o custo médio foi de US$ 21 e, na Argentina, de US$ 23.
“Se tivéssemos os custos dos Estados Unidos, os produtores poderiam ganhar cerca de R$ 6 a mais por saca”, afirmou Fayet. Esse valor representa aproximadamente 15% do preço da saca em Mato Grosso, um dos estados produtores mais afetados pelos problemas logísticos do país. Em Rondonópolis, um dos municípios matogrossenses com maior produção, a saca de 60 quilos está sendo vendida por R$ 42.
Para solucionar o problema, segundo o presidente da Câmara de Infraestrutura e Logística do Agronegócio, José Torres de Melo, é preciso resolver o “colapso dos portos brasileiros, que não têm condições de exportar a safra”. Ele disse que a prioridade devem ser os portos das regiões Norte e Nordeste. “Se conseguirmos exportar por lá, vamos desafogar o Sul e o Sudeste”, afirmou. O problema é que a situação desses portos é ruim: “É chocante que no Porto de Belém a capacidade de exportação seja zero e que Itaqui [em São Luís, Maranhão] esteja desde 1992 da mesma forma".
Escoando pelos portos do Norte do país, os produtores de Mato Grosso, por exemplo, estado com a maior produção nacional de grãos, poderiam reduzir pela metade a necessidade de transporte terrestre. Atualmente, a produção viaja cerca 2 mil quilômetros antes de ser embarcada nos navios graneleiros. Segundo Fayet, as regiões Sul e Sudeste produzem menos soja e milho do que consomem. Mesmo assim, os portos dessas regiões escoam mais de 80% da produção nacional.

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria

UnB desenvolve fórmula matemática que reduz em 43% risco de contaminação da água por uso de pesticida

Brasília – O Departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB) criou uma fórmula matemática que permite aos produtores rurais reduzirem em até 42,7% os riscos de contaminação da água por causa do uso de pesticidas. A aplicação da equação é útil, por exemplo, para a avaliar o perigo de contaminação do lençol freático que irriga as bacias de abastecimento das cidades.
A equação foi criada após pesquisa de campo em cinco lavouras de culturas diferentes na Bacia do Ribeirão Pipiripau, no Distrito Federal, que abastece a população da cidade-satélite de Planaltina, a cerca de 40 quilômetros do Plano Piloto. A pesquisa ainda não foi publicada.
O modelo matemático, chamado Modelo de Avaliação e Manejo do Risco de Contaminação da Água por Pesticidas (Arca), calcula o risco de contaminação ao multiplicar os índices de vulnerabilidade dos recursos hídricos à contaminação (por causa da distância em relação à lavoura, composição do solo e ao manejo de plantio) pelo índice do potencial de contaminação dos produtos químicos usados (mobilidade, persistência e toxidade do inseticida, herbicida ou fungicida).
De acordo com o pesquisador responsável pelo estudo, Henrique Chaves, qualquer agricultor pode calcular os eventuais riscos de contaminação. “Ele vai ver em quanto foi reduzido o risco de contaminação, substituindo produtos mais tóxicos, móveis ou mais persistentes”. Segundo Chaves, por causa de sua atividade os produtores rurais conhecem as informações que compõem o índice de vulnerabilidade e podem saber o efeito dos princípios ativos dos pesticidas no meio ambiente com base nos dados registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“No futuro, a gente poderá listar na internet todos os produtos licenciados no Brasil com o respectivo potencial de contaminação”, prevê o pesquisador ao salientar que, ao calcular o risco não significa que a contaminação ocorra de fato, ou que se possa concluir que os pesticidas estão “bem menos agressivos que no passado”.
Conforme o pesquisador, o modelo matemático serve para orientar o agricultor e evita a necessidade de tratamento futuro da água. “Uma vez que chega na água [o pesticida], é muito difícil retirá-lo por meio dos tratamentos convencionais que temos no Brasil, como, por exemplo, a purificação de água nas estações de tratamento”.
Para incentivar inovações que preservem os corpos hídricos, a Agência Nacional de Águas (ANA) mantém, em dez estados, o Programa Produtor de Água para pagamento de serviços ambientais. Atualmente, o programa apoia, orienta e certifica projetos que visem à redução da erosão e do assoreamento de mananciais no meio rural.
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Edição: Lana Cristina

Governador afirma que o Iapar voltará a ser referência nacional em pesquisas

.O governador Beto Richa disse nesta sexta-feira (18), em Londrina, que o governo fará investimentos para que o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) volte a ser referência nacional em pesquisa e inovação tecnológica. Richa visitou a sede do Iapar acompanhado do secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, e do presidente do instituto, Florindo Dalberto. “Asssumimos um compromisso com os servidores e com o presidente do Iapar de investir para que o instituto recupere o papel de destaque que teve no passado”, afirmou.

O governador conheceu os laboratórios de sementes e de biotecnologia vegetal, onde são desenvolvidas pesquisas voltadas à melhoria de culturas como café, cítricos e cana-de-açúcar, entre outros produtos agrícolas. Richa disse que nos últimos anos o Iapar não mereceu a atenção devida do governo e que possui quadros técnicos de pesquisadores que estão entre os melhores do País e que são responsáveis por muitas inovações tecnológicas.

“Os funcionários contam que durante o governo José Richa o Iapar estava bem estruturado, tinha os recursos necessários para investir em tecnologia, inovação e pesquisa, o que é fundamental para o fortalecimento da nossa agricultura. Nós traremos esse apoio de volta”, afirmou o governador.

Florindo Dalberto disse que a visita foi fundamental para o governador se aprofundar sobre o que representa e tem representado historicamente a tecnologia no suporte ao desenvolvimento da agricultura do Estado. Segundo ele, o Iapar tem toda uma trajetória de resultados e Beto Richa pôde comprovar isso visitando os laboratórios, conversando com os pesquisadores, e conferindo a sua infraestrutura. “O governador verificou que o Iapar pode contribuir nas áreas de ponta como a biotecnologia, a bioenergia, o grande potencial que a instituição tem para dar e, mais do que tudo, ele colocou na sua pauta de preocupações e ações a questão da pesquisa, da tecnologia, da inovação, que aliás está muito presente em seu plano de governo”, afirmou.

Entre as pesquisas em andamento no Iapar no momento estão o desenvolvimento de plantas resistentes ao cancro cítrico; de espécies de cana com maior tolerância à seca; e de um tipo de café com controle maior da maturação, permitindo colheita de frutos mais uniformes e aumentando a qualidade da bebida. “Somos a primeira instituição no País a desenvolver essa tecnologia”, explicou a bióloga Sandra Bellodi.