Etanol ultrapassa 100% de aumento
No Paraná, há postos em que 90% do combustível comercializado é a gasolina; queda no consumo passa de 40% no País
Na hora de abastecer, o etanol definitivamente não é mais a primeira opção do consumidor que pode escolher entre o álcool e a gasolina. Dados do Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis (Sindicom) apontam que a venda do produto pelas distribuidoras caiu 40% no País. Não é para menos. Informações do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea) apontam que o álcool hidratado já subiu 114% desde junho do ano passado até agora. Em Londrina, um novo repasse aconteceu nos últimos dias, e o etanol atingiu a casa dos R$ 2,40. Roberto Fregonese, presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), comenta que essa queda de 40% nas vendas também é o que os postos de combustíveis do Estado estão enfrentando. ''Estamos sentindo esse reflexo no varejo. Antes, se vendia uma média de 55% de etanol e 45% de gasolina. Agora, existem estabelecimentos em que 90% do comercializado é gasolina.'' O representante do Sindicombustíveis ainda não prevê a tão esperada queda dos preços do álcool nos próximos dias. Ele explica que das 34 usinas de cana-de-açúcar existentes no Paraná, apenas dez estão recebendo a matéria-prima. ''A produção ainda está muito pequena, até o mês de abril esse quadro vai continuar complicado. A verdade é que a venda de etanol hoje é irrisória'', avalia Fregonense. Durval Garcia Junior, vice-presidente regional do Sindicombustíveis e proprietário de posto em Londrina, comenta que antes dos aumentos sucessivos vendia em média 1,6 mil litros de etanol por dia e agora está comercializando cerca de 400 litros. ''Mas isso varia de posto para posto. No Centro, por exemplo, onde circulam mais carros flex, o consumo do etanol acabou diminuindo.'' Em média, segundo Junior, os comerciantes estão pagando por volta de R$ 2,20 pelo litro na distribuidora. ''Eu, por exemplo, fiz a última compra de etanol há 14 dias. Em Londrina podemos estimar um consumo de 4,5 milhões de litros de etanol num mês considerado normal. Com essa queda de 40%, devemos estar comercializando na faixa de 2,7 milhões'', estima Durval.
Ricardo Vanderlei Vicente, proprietário de posto na cidade há mais de 30 anos, confirma a queda entre 40% e 45% de vendas na bomba. Ele relata que está pagando R$ 2,28 pelo litro do combustível e nunca tinha visto o preço tão elevado. ''Vendia por volta de 1,8 mil litros dia e agora estou vendendo entre 950 e mil litros. Além disso, já estamos esperando um novo repasse de preço para os próximos dias'', completa.
Ricardo Vanderlei Vicente, proprietário de posto na cidade há mais de 30 anos, confirma a queda entre 40% e 45% de vendas na bomba. Ele relata que está pagando R$ 2,28 pelo litro do combustível e nunca tinha visto o preço tão elevado. ''Vendia por volta de 1,8 mil litros dia e agora estou vendendo entre 950 e mil litros. Além disso, já estamos esperando um novo repasse de preço para os próximos dias'', completa.
Victor Lopes
Folha de Londrina
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