quarta-feira, 8 de junho de 2011

Brasil caminha para ser o maior exportador de frango
Genebra - Dados divulgados hoje (8) pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, por sua sigla em inglês) apontam que, em 2011, o Brasil será já o maior exportador de frango do mundo, com um terço do comércio global. Além disso, dá passos importantes para se aproximar dos EUA na liderança da soja no planeta. Setores como carne bovina, milho e arroz também registraram ganhos importantes no ano. Se os avanços são claros no País, a FAO alerta que um salto maior exigirá que o governo dê uma solução aos entraves que a falta de infraestrutura está causando para as exportações nacionais. No setor de carnes, a FAO aponta que o Brasil já o segundo maior produtor do mundo.
DCI - Diário do Comércio & Indústria
China quer investir na soja do Oeste baiano
A ChongQing Grain Group Corporation, estatal chinesa que tem entre suas atividades a industrialização e comércio de óleos comestíveis vegetais, anunciou que vai instalar uma planta de esmagamento de soja no município de Barreiras, região Oeste do estado. Uma delegação chinesa lançou domingo a pedra fundamental da esmagadora de grãos, objeto de um protocolo de intenções assinado em Pequim. Os chineses investirão inicialmente cerca de US$ 300 milhões para a implantação do projeto, que terá como contrapartida a doação, pela Prefeitura de Barreiras, de uma área de 100 hectares para instalação da empresa no polo industrial da cidade. Durante o lançamento, os chineses sinalizaram a intenção de implantar também uma indústria têxtil no município.
Correio 24 horas

Embargo russo causa perdas de US$ 73 mi
São Paulo - Pecuaristas e donos de frigoríficos dos três estados afetados pelo embargo da Rússia à importação de carne brasileira (Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul) estimam um prejuízo de US$ 73 milhões por mês, com a adoção da medida que está prevista para entrar em vigor no dia 15 de junho.  Para os produtores, o bloqueio é "injustificável" e sugere protecionismo. Os empresários do setor afirmam que o comunicado oficial sobre o embargo não foi acompanhado de justificativas técnicas. Os produtores brasileiros estão estudando medidas para amenizar o impacto do embargo russo à carne brasileira.
No início da semana estiveram em Brasília para cobrar uma posição do Governo Federal, que confirmou o envio de uma missão à Rússia dentro de 15 dias. Em nota oficial, o Rosselhoznadzor, órgão responsável pela defesa dos direitos do consumidor da Rússia, afirmou que as restrições à compra da carne produzida no Brasil são temporárias. O comunicado diz que as fábricas brasileiras não se adequaram às exigências dos padrões russos para conservação da carne destinada a consumo humano.
De acordo com o documento, "os resultados das inspeções em 29 empresas brasileiras, realizadas pelos especialistas do Rosselhoznadzor, em abril, levaram ao embargo. O motivo oficial é o baixo controle das exigências veterinárias e sanitárias e das normas da União Aduaneira e da Federação Russa realizadas pelo Serviço Veterinário do Brasil. A auditoria revelou que nenhuma empresa inspecionada vinha cumprindo essas normas e exigências. Em consequência disso, o serviço de defesa do consumidor da Rússia tomou a decisão de impor restrições temporárias à importação de produtos animais".
DCI - Diário do Comércio & Indústria
Produção de grãos chega a 161 milhões de toneladas
A produção nacional de grãos para a safra 2010/2011 deve ser de 161,5 milhões de toneladas. Os números são do nono levantamento realizado pela Conab e divulgado nesta quarta-feira (8), em Brasília. Os números confirmam o recorde já anunciado, com um aumento de 8,2% ou cerca de 12,2 milhões de toneladas a mais que a safra passada, que foi de 149,2 milhões de toneladas. A produção cresceu 1,25% ou o equivalente a 2 milhões de toneladas, comparada ao último levantamento, realizado em maio. Também a área cultivada cresceu, com um aumento de 3,8%, atingindo 49,2 milhões de hectares, ou seja, 1,82 milhões de ha a mais que em 2009/10, quando chegou a 47,4 milhões de ha. As ampliações das áreas de cultivo do algodão, do feijão 1ª e 2ª safras, da soja e do arroz foram os principais responsáveis pelo crescimento, juntamente com a boa influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas.
Algodão – Teve o maior crescimento percentual em área (1,39 milhão de ha), com cerca de 66,4% a mais que no ano passado (836 mil ha). A produção deve chegar a 2 milhões de toneladas de pluma, ou seja, cerca de 800 mil t a mais que o número do levantamento anterior (1,2 milhão de t).
Feijão -  A área deverá crescer 7,1%, chegando a 3,9 milhões de hectares contra 3,6 milhões de ha no ano passado. Já a produção eleva-se em 14,3 %, podendo alcançar 3,8 milhões de toneladas. A área da 1ª safra é de 1,4 milhão de hectares, enquanto que a da 2ª safra deverá atingir 1,7 milhão de ha e a da 3ª safra, 771 mil ha.
Soja – O aumento de área foi de 2,9 %. Saiu dos 20,4 milhões de hectares para 24,1 milhões de ha, enquanto que a produção cresceu 9,2%, subindo para 75 milhões de toneladas. A colheita do grão está encerrada.
Arroz – A área elevou-se em 3,6%, devendo chegar a 2,86 milhões de hectares, assim como a produção que apresenta um aumento de 18,4%, ampliando para 13,8 milhões de toneladas a safra anterior que foi de 11,7 milhões de t.
Milho - No caso do milho total, a produção deverá ser de 56,7 milhões de toneladas,  pouco acima da safra passada, quando atingiu 56 milhões de t. Para o milho 2ª safra, a estimativa é de semear 5,7 milhões de hectares, ou seja, um aumento de  8,8%, devendo, no entanto, produzir 21,7 milhões de toneladas.
Canola - Outra cultura de inverno em destaque é a canola que, nesta safra, deve ter um cultivo de 89 mil hectares, com um aumento de 11,4% sobre a área anterior que foi de 80 mil ha. A produção esperada é de 290,8 mil toneladas, 15% a mais que na safra anterior (252,9 mil t). O cultivo é realizado sobretudo no Sul do país.
Trigo - Por outro lado, o trigo deve diminuir em 4,3% a área de 2,1 milhões de hectares anteriores, chegando a 2 milhões de ha. A produção deve ser de 5,4 milhões de toneladas, com uma redução de 7,6% sobre a anterior (5,9 milhões de t). As variedades mais semeadas neste ano são as destinadas à panificação.
A pesquisa foi realizada por técnicos, no período de 16 a 21 de abril, quando foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste,  Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.
Raimundo Estevam  
Conab