terça-feira, 26 de abril de 2011

PR pode ser o primeiro a exportar para o Irã
O Paraná pode ser o primeiro Estado brasileiro a exportar gado vivo para o Irã. O país do Oriente Médio quer investir um R$ 1 bilhão na aquisição de animais vivos para o abate dentro de suas normas religiosas. O governo do Paraná teria que investir em estrutura para manter os animais no porto de Paranaguá antes do embarque.  O embaixador do Irã e o presidente da Associação Nacional de Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC), José Antonio Fontes, entregaram ao governador do Paraná, Beto Richa, um ante projeto pedindo apoio do governo do Estado. O principal seria a construção de um espaço no porto de Paranaguá com condições sanitárias e de bem estar animal adequadas para abrigar os animais antes do embarque. A entidade diz que a ideia é formar um plantel exclusivo para atender o Irã.
O Brasil tem toda condição de atender o Irã. Para estabelecer as bases do projeto teríamos que disponibilizar em um ano 50 mil toneladas de carne. Isso corresponde aproximadamente a 200 mil animais. Isso não é grande coisa, mas é trabalhoso porque um navio comporta entre 12 e 15 mil animais por carga. É muita coisa fazer toda essa movimentação. Nós estamos em contato com armadores para que seja feito dentro da melhor forma, visando o bem estar animal e a questão econômica. Eles falaram em um projeto de longo prazo, chegar a 500 mil toneladas de carne. Seriam dois milhões de animais. E não vai ser tirado do abate interno, vai ser animal produzido especificamente para exportação - explica o presidente da ANPBC, José Antonio Fontes.
Fonte: Canal Rural


Centro Internacional de Biociência Agrícola inaugura filial na Unesp
O Centro Internacional de Biociência Agrícola (CABI, na sigla em inglês) inaugurou seu primeiro escritório para a América do Sul no campus de Botucatu da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp), na sede da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf), na Fazenda Experimental Lageado. Uma organização internacional sem fins lucrativos, voltada para publicações e projetos de pesquisa nas áreas de agricultura e meio ambiente, o CABI reúne um grupo internacional de mais de 400 cientistas que buscam enfrentar alguns dos principais problemas agrícolas e ambientais da atualidade.
Dentre seus serviços está o CAB Abstracts, considerado um dos principais bancos de dados do mundo referente à agricultura e meio ambiente, e Global Healt, base de dados bibliográfica sobre informações de saúde pública. Há ainda publicações que abordam temas como ciências veterinárias, ciências ambientais, saúde humana, alimentação e nutrição, lazer e turismo, microbiologia e parasitologia. Os projetos de pesquisa e desenvolvimento em que o CABI atua incluem diagnóstico e controle de pragas e doenças vegetais, inserção de pequenos agricultores no mercado global, redução da propagação e do impacto de ervas daninhas invasoras e gestão de conhecimento em agricultura e meio ambiente.
O CABI também gerencia uma das maiores coleções mundiais de recursos genéticos de culturas do fungo, realiza identificações microbiológicas, fornece culturas para venda e presta consultoria. Entre os projetos realizados pelo Centro está o Plantwise, iniciativa que busca melhorar a segurança alimentar e as vidas das populações rurais pobres, através da redução das perdas nas colheitas.Com o escritório em Botucatu, o CABI passa a contar com 11 centros internacionais.
Agência FAPESP

Embrapa comemora 38 anos de desenvolvimento da agricultura
Programação inclui a entrega do Prêmio Frederico de Menezes Veiga e assinatura de um termo de cooperação técnica com a Vale S/A
Instituição reconhecida internacionalmente pelos avanços tecnológicos na agricultura tropical e pelo desenvolvimento contínuo da agricultura brasileira, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) completa 38 anos nesta terça-feira, 26 de abril. A programação começará com uma entrevista coletiva, quando serão apresentados o Balanço Social da Pesquisa Agropecuária e os resultados do PAC Embrapa, além de anunciadas 22 novas tecnologias. O evento ocorrerá às 10h30min de amanhã, na sede da empresa, em Brasília.
Também para marcar a comemoração da data, será realizada uma solenidade, às 19h, no mesmo local. Na ocasião, será entregue o Prêmio Frederico de Menezes Veiga, instituído pela Embrapa em 1974. A distinção é concedida anualmente àqueles que, no campo da pesquisa agropecuária, tenham se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor ou se dedicado a produzir trabalho que signifique efetiva e marcante contribuição ao desenvolvimento agropecuário nacional.
Sob o tema florestal, os vencedores de 2011 são Dario Grattapaglia, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e José Roberto Soares Scolforo, professor da Universidade Federal de Lavras. Na mesma data, a empresa assinará um termo de cooperação técnica com a Vale S/A, para estabelecer parcerias e viabilizar projetos de pesquisas científica, tecnológica, desenvolvimento e transferência de tecnologias de interesse comum.
Saiba mais
Criada em 1973, a Embrapa vem aumentando a sua área de atuação ao longo dos anos e hoje conta com 47 unidades em todas as regiões do país. Nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica ou Pampa, a instituição está presente com três grandes linhas de pesquisa e desenvolvimento: ordenamento, monitoramento e gestão em territórios; manejo e valorização do bioma; produção agropecuária e florestal sustentável. A expansão internacional da empresa também é fortalecida constantemente. Hoje, a Embrapa mantém laboratórios virtuais nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra, na Coreia do Sul e na China. Na vertente da cooperação técnica, o destaque é para os projetos em países africanos (Gana, Moçambique, Mali e Senegal), realizados em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com a missão de transferir tecnologias e prospectar negócios.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

GRÃOS: Demanda segue maior que oferta, diz IGC
A produção mundial de grãos deverá aumentar 78 milhões de toneladas nesta temporada na comparação com 2010/11, mas como os estoques estão magros e o consumo também deverá crescer, a tendência é que a relação entre oferta e demanda continue justa no novo ciclo
Essa é a principal conclusão do primeiro relatório do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) sobre esses fundamentos na safra 2011/12, cuja semeadura ganhará força no Hemisfério Norte em maio. Conforme a entidade, a produção global de grãos se recuperará dos problemas provocados pelo clima no ciclo passado e chegará a 1,808 bilhão de toneladas em 2011/12, 4,5% mais que em 2010/11. Já o consumo deverá atingir 1,818 bilhão de toneladas, incremento de 1,5%. Apesar da desaceleração do ritmo de aumento do consumo (em 2010/11 a demanda foi 1,7% superior a de 2009/10), o fato de a projeção de demanda permanecer acima da estimativa de oferta deverá levar, conforme o IGC, à nova queda dos estoques de passagem - de 6,7%, para 111 milhões de toneladas. O levantamento inclui trigo e grãos forrageiros como milho e sorgo, mas não inclui a soja, por exemplo. Segundo o IGC, a produção global de milho chegará a 847 milhões de toneladas em 2011/12, 4,7% mais que em 2010/11, ante um consumo 1,3% maior (854 milhões). A produção de trigo será de 672 milhões de toneladas, alta de 3,4%, e o consumo subirá 1,5% e empatará.
Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop




Brasil é destaque no maior evento do mundo voltado a cafés especiais
Conferência Anual da Associação Americana de Cafés Especiais começa esta semana e tem a participação de NUCOFFEE
Um país, vários sabores. Com esse mote, o Brasil será um dos protagonistas da 23ª edição da Conferência Anual da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA) que tem início nesta quinta-feira, em Houston, nos Estados Unidos. Sob a coordenação da APEX Brasil, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); de associações de produtores; e empresas privadas, o país participa do evento como “Portrait Country” oficial da convenção, ou seja, a região produtora escolhida pelos organizadores como destaque deste que é o maior e mais importante evento do mundo destinado ao segmento de cafés altamente diferenciados. NUCOFFEE, a iniciativa pioneira da Syngenta que busca valorizar o café brasileiro, estimulando a sua qualidade e aproximando o produtor do mercado externo, faz parte da comitiva brasileira.
Confira matéria completa no site: www.portaldoagronegocio.com.br


Brasil quer vacinar mais de 97% do gado
Os principais estados brasileiros criadores de gado abrem campanha de vacinação contra a aftosa no dia 1.º de maio (próximo domingo) com o objetivo de imunizar mais de 97% dos animais, índice médio alcançado em 2010, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os estados que vacinavam em outros meses foram alinhados ao calendário já tradicional no Paraná, por exemplo. Roraima, considerado área de alto risco, iniciou a vacinação em 1.º de abril. Segundo o Mapa, estarão disponíveis 560 milhões de doses, para um rebanho de 208 milhões de cabeças. Perto de 5% do rebanho nacional são mantidos no Paraná. Segundo o Mapa, os estados que registraram os melhores resultados na vacinação no último ano foram Mato Grosso, com 99,74%, Tocantins, com 99,52% e Mato Grosso do Sul, com 99,41% dos animais imunizados. Na última campanha, em novembro, o Paraná vacinou 97,43% dos bovinos e bubalinos, conforme relatório estadual.
Gazeta do Povo
Soja em baixa no Paraná
A colheita da soja já terminou no Paraná. No entanto, no fim da colheita os preços não são animadores para o produtor. O valor está abaixo, se comparado aos últimos meses. A cotação média está em torno de R$ 41,00 no interior do estado. Quem comercializou a oleaginosa em janeiro e fevereiro chegou a receber R$ 2,5 a mais que o preço atual. Em março o produtor também recebeu mais que o valor de hoje, cerca de R$ 2,3.
Trigo recua no PR e cresce no RS
Paranaenses se dedicam ao milho enquanto gaúchos apostam na alta das cotações do cereal de inverno devido à redução dos estoques
Mesmo com preços em alta, o trigo deve ter redução significativa de área no Paraná, mostram os números do setor. Levantamento junto a oito cooperativas do estado, que é o maior produtor do cereal no país, indica recuo de 7,7% no plantio. Isso limita o cultivo a 1,08 milhão de hectares nos campos paranaenses. Os números contrastam com o que ocorre no Rio Grande do Sul, onde as projeções técnicas apontam avanço de ao menos 10% na área cultivada, para perto de 870 mil hectares. Os números se consolidam com o avanço do plantio, que chega perto de 50% na região de Londrina. Em todo o Paraná, perto de 20% das lavouras já foram semeadas. Como a previsão é de queda na produtividade de 2,9 mil para 2,8 mil quilos por hectare, a produção pode despencar 15%, para 2,9 milhões de toneladas.
Os preços internos – que não têm acompanhado as altas internacionais – e os riscos de produção – num inverno com previsão de seca –, empurram os produtores para outras culturas, analisa o assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Robson Mafio­­­letti. O milho de inverno se mostra vantajoso neste momento e não há incentivo para a produção de trigo, acrescenta. “O governo reduziu os preços mínimos em 10% e, até poucos dias atrás, não havia prorrogado as novas exigências de padrão (que entram em vigor em 2011)”, aponta. “As cotações do trigo no mercado internacional subiram 60%, mas no mercado interno tiveram reajuste de apenas 15%”, compara. Essa tendência do mercado internacional tem sido suficiente para estimular os agricultores do Rio Grande do Sul, que não plantam milho de inverno por causa do clima desfavorável, observa o especialista em grãos da Emater gaúcha, Ataídes Jacobsen. As estimativas oficiais sobre o plantio do estado saem nos próximos dias. A alta de 10% é considerada conservadora. Os fornecedores de sementes projetam elevação de área de até 25%, ou seja, para mais de 1 milhão de hectares, praticamente igualando a área gaúcha à paranaense.
Essa expansão ocorre mesmo sem reajuste no preço da saca de 60 quilos pago ao produtor gaúcho, hoje em R$ 24 – R$ 2 a menos do que o oferecido ao produtor no Paraná. A cotação está R$ 4 abaixo da média histórica do Rio Grande do Sul. Os paranaenses mostram-se desestimulados mesmo tendo alcançado produtividade de 2,9 mil quilos por hectare na safra passada, 400 quilos a mais do que nas lavouras gaúchas. A Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) projeta recuo de 11% no cultivo, três pontos acima do previsto pelas cooperativas. Em âmbito nacional, ainda não há previsão sobre o tamanho da safra. Pelos números do Paraná e do Rio Grande do Sul, que concentram 90% da produção do país, área tende a se estagnar na faixa de 2,2 milhões de hectares. Em 2009, foram dedicados ao cereal 300 mil hectares a mais. A situação mantém a dependência do trigo importado. Como a produção não acompanha o consumo, os estoques podem cair pelo terceiro ano consecutivo. Em 2010, foram consumidas 500 mil toneladas das reservas, sobrando 1,5 milhão de toneladas, o suficiente para um mês e meio de consumo interno. O setor já vinha de uma redução de 680 mil toneladas registrada em 2009, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em âmbito internacional, os estoques também estão em queda. No último ano, passaram de 198 milhões para 183 milhões de toneladas, conforme o Departa­­mento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA.
Gazeta do Povo
Autor: José Rocher