sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Revista britânica cita agricultura brasileira como modelo para a crise mundial de alimentos

Segundo a revista, o sucesso das formas de cultivo no Brasil se devem principalmente à "maneira" como são feitas, em oposição às previsões do que o texto chama de "agro-pessimistas". "Para eles [os'agro-pessimistas'], sustentabilidade é a maior das virtudes e é melhor alcançada quando se incentiva pequenas fazendas e práticas orgânicas. Eles [os brasileiros] desdenham com monoculturas e fertilizantes químicos", compara a Economist.
A revista também destaca as vendas de alimentos feitas no mercado local e o equilíbrio entre o desenvolvimento das zonas de cultivo e a proteção do meio-ambiente. "O país é acusado de promover a agricultura arruinando a Floresta Amazônica. É verdade que há o cultivo destrutivo, mas a maior parte da revolução nos últimos 40 anos tem se localizado no cerrado".
Para exemplificar, o artigo cita que, para Norman Borlaug, o "pai da Revolução Verde", a melhor forma de salvar os ecossistemas em risco seria fazer crescer plantações em outros lugares e, assim, evitar que se tocasse nas "maravilhas naturais". "O Brasil mostra que isso pode ser feito (...) Há quatro décadas, o país enfrentou uma crise agrícola e respondeu decididamente com coragem. O mundo está enfrentando uma crise de alimentos em ritmo lento agora e deveria aprender com o Brasil", sintetiza.

Fonte: Portal Exame

Transporte da produção agrícola será o grande desafio do novo presidente.

"Nos últimos anos, houve um crescimento grande na produção e na exportação de produtos agrícolas. Só que esse crescimento não foi acompanhado dos investimentos necessários na logística de escoamento dessa produção", salientou Alvarenga. "Isso passa pelas rodovias e pelos portos, principalmente". O adiamento da solução desse gargalo de transporte poderá inviabilizar o crescimento projetado para a área de grãos e de cana-de-açúcar, com destaque para o etanol, advertiu o presidente da SNA. Para ele, é preciso reduzir a dependência do modal rodoviário, que representa 61% da matriz de transporte agrícola no Brasil. Segundo Alvarenga, as rodovias têm custo mais elevado e apresentam, na maioria, "péssima condição de conservação". O ideal seria estimular a construção ou a recuperação de ferrovias e hidrovias, "como é no resto do mundo todo". Alvarenga afirmou que o custo do transporte dos produtos agrícolas no Brasil é praticamente o dobro do custo de países como Estados Unidos e Argentina. Outro desafio que o próximo governo terá de enfrentar é a necessidade de aumento da oferta de crédito. "O setor está endividado e tem que ter mais crédito para continuar crescendo". O titular da SNA defendeu, ainda, maior incentivo à pesquisa e às exportações.

Fonte: Portal Exame