sexta-feira, 25 de março de 2011

Embrapa cria unidade de gestão territorial em Campinas
Decisão foi tomada pelo diretor-presidente, Pedro Arraes. Serviço funcionará nos moldes de outras estruturas da empresa
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai criar um serviço de gestão territorial na cidade de Campinas (SP). A decisão foi tomada pelo diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, e tem como objetivo suprir a crescente demanda pelos serviços. “A ideia é ampliar os serviços na área de geotecnologias oferecidos pela empresa”, afirma Pedro Arraes. A criação da nova unidade foi discutida nesta quinta-feira, 24 de março, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi.A nova estrutura funcionará administrativamente nos moldes de outras unidades de serviço, como a Embrapa Transferência de Tecnologia, a Embrapa Informação Tecnológica e a recém-criada Embrapa Quarentena. A unidade vai substituir o antigo Núcleo de Gestão Territorial Estratégico.  O Serviço de Gestão Territorial Estratégico será coordenado pelo pesquisador Cláudio Spadotto, convidado pela direção da empresa a implantar a nova estrutura.“Há alguns dias o ministério e a Embrapa buscavam o melhor mecanismo, respeitando a estrutura organizacional da empresa, para fortalecer essa área até porque as demandas desse serviço são frequentes”, diz Pedro Arraes. “Vamos dar maior flexibilidade ao atendimento às demandas vindas da Presidência da República, assim como de outros órgãos federais e estaduais.” Como uma unidade administrativamente descentralizada, o Serviço de Gestão Territorial Estratégico terá dentre suas atribuições a prestação de serviços de apoio a trabalhos relacionados a zoneamentos ecológicos e econômicos e a  planos de manejo de áreas de proteção ambiental.
Embrapa/Assessoria de Comunicação Social


AGRONEGÓCIO: país alcança valor recorde de exportações
O Brasil alcançou recorde nas exportações brasileiras do agronegócio nos últimos 12 meses. O número chegou a US$ 78,439 bilhões entre março de 2010 e fevereiro de 2011, um valor 19,8% acima do exportado no mesmo período do ano passado (US$ 65,460 bilhões). E o saldo acumulado neste intervalo foi de US$ 63,812. Pela primeira chega-se ao valor de US$ 5,333 bilhões em fevereiro na série histórica que iniciou em 1991. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 21% nas vendas externas. O resultado foi um superávit de US$ 4,05 bilhões na balança comercial do agronegócio.
Carnes - O setor de carnes foi o principal item das exportações, com registro de vendas de US$ 1,146 bilhão. O bom desempenho pode ser atribuído ao aumento de preço nas carnes bovina, suína e de frango - estas duas últimas registraram acréscimo da quantidade vendida.

Setores - Os setores responsáveis pelo aumento recorde do mês foram cereais, farinhas e preparações, que subiram 182,4%; café, com incremento de 72,8%; carnes, com 17,8%; complexo sucroalcooleiro (etanol e açúcar), 14,7%; e produtos florestais, 10,5%. O complexo soja (grão, farelo e óleo) registrou um aumento de 186,5% nas vendas do óleo, apesar do decréscimo registrado no valor exportado em relação ao grão e ao farelo. Os produtos mais importantes - grão e farelo - devem subir consideravelmente a partir do próximo mês, quando aumentam os embarques.

Destinos das exportações - A União Europeia é uma das regiões para as quais o Brasil exporta mais expressivamente. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 8,8% em vendas para a comunidade que engloba 27 países. Na Ásia, houve um amento de 6,4% e no Oriente Médio, de 57,8%. Outro ganho significativo refere-se à África, que subiu 47% no valor e ultrapassou o bloco econômico Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que aumentou em 21,3%. (Mapa)
Do site www.ocepar.org.br
Etanol ultrapassa 100% de aumento

No Paraná, há postos em que 90% do combustível comercializado é a gasolina; queda no consumo passa de 40% no País

Na hora de abastecer, o etanol definitivamente não é mais a primeira opção do consumidor que pode escolher entre o álcool e a gasolina. Dados do Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis (Sindicom) apontam que a venda do produto pelas distribuidoras caiu 40% no País. Não é para menos. Informações do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea) apontam que o álcool hidratado já subiu 114% desde junho do ano passado até agora. Em Londrina, um novo repasse aconteceu nos últimos dias, e o etanol atingiu a casa dos R$ 2,40. Roberto Fregonese, presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), comenta que essa queda de 40% nas vendas também é o que os postos de combustíveis do Estado estão enfrentando. ''Estamos sentindo esse reflexo no varejo. Antes, se vendia uma média de 55% de etanol e 45% de gasolina. Agora, existem estabelecimentos em que 90% do comercializado é gasolina.'' O representante do Sindicombustíveis ainda não prevê a tão esperada queda dos preços do álcool nos próximos dias. Ele explica que das 34 usinas de cana-de-açúcar existentes no Paraná, apenas dez estão recebendo a matéria-prima. ''A produção ainda está muito pequena, até o mês de abril esse quadro vai continuar complicado. A verdade é que a venda de etanol hoje é irrisória'', avalia Fregonense. Durval Garcia Junior, vice-presidente regional do Sindicombustíveis e proprietário de posto em Londrina, comenta que antes dos aumentos sucessivos vendia em média 1,6 mil litros de etanol por dia e agora está comercializando cerca de 400 litros. ''Mas isso varia de posto para posto. No Centro, por exemplo, onde circulam mais carros flex, o consumo do etanol acabou diminuindo.'' Em média, segundo Junior, os comerciantes estão pagando por volta de R$ 2,20 pelo litro na distribuidora. ''Eu, por exemplo, fiz a última compra de etanol há 14 dias. Em Londrina podemos estimar um consumo de 4,5 milhões de litros de etanol num mês considerado normal. Com essa queda de 40%, devemos estar comercializando na faixa de 2,7 milhões'', estima Durval.
Ricardo Vanderlei Vicente, proprietário de posto na cidade há mais de 30 anos, confirma a queda entre 40% e 45% de vendas na bomba. Ele relata que está pagando R$ 2,28 pelo litro do combustível e nunca tinha visto o preço tão elevado. ''Vendia por volta de 1,8 mil litros dia e agora estou vendendo entre 950 e mil litros. Além disso, já estamos esperando um novo repasse de preço para os próximos dias'', completa.
Victor Lopes
Folha de Londrina

Agrishow terá área de exposição 15% maior este ano
Segundo previsões, a feira deverá pelo menos repetir o R$ 1,15 bilhão de negócios movimentados em 2010
A Agrishow deste ano, que será realizada entre 2 e 6 de maio em Ribeirão Preto, crescerá 15% em área de exposição ante a feira do ano passado. Feira de negócios, focada em produtos e serviços para a agricultura, a Agrishow, que chega a sua 18ª  versão, deverá pelo menos repetir o R$ 1,15 bilhão de negócios movimentados em função da feira de 2010. "Esse montante foi divulgado pelos bancos participantes e tudo indica que será repetido porque a agricultura vai bem", disse nesta quinta-feira (24) José Danhesi, gerente geral da feira, durante a apresentação do evento. Muitos dos negócios feitos na feira utilizam linhas de financiamento a juros baixos, como a BNDES PSI. A taxa era de 5,5% ao ano e, por conta de reajuste anunciado pelo governo, subirá para 6,5% anuais. "A linha continua atrativa porque tem taxa praticamente zero de juro, caso a inflação fique em 6,5% no ano", disse Carlos Nogueira, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), uma das entidades realizadoras da feira.
 
Paraná: Seab fecha barreiras sanitárias por falta de funcionários
Motivo seria a falta de funcionários; alternativa é realizar fiscalizações volantes
Curitiba - A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) fechou três barreiras sanitárias no Paraná por falta de funcionários para trabalharem nestes locais. Duas unidades localizadas na divisa com Santa Catarina nas regiões de União da Vitória e de Francisco Beltrão deixaram de funcionar na semana passada. Ontem foi fechada a barreira na região de Jacarezinho, na divisa com São Paulo. Para estes locais, segundo a Secretaria, a alternativa encontrada foi realizar fiscalizações volantes. O problema de falta de médicos veterinários e agrônomos já existia no ano passado e era considerado pelo então secretário de Agricultura, Erikson Camargo Chandoha, como um dos maiores entraves para que o Paraná conseguisse o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. Hoje a Seab conta com 270 veterinários e agrônomos, mas seriam necessários pelo menos 600. A Secretaria começou a convocar agora os aprovados em um concurso realizado em 2007 que teve a data de validade prorrogada até 6 de maio. O diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) da Seab, Marco Antonio Teixeira Pinto, disse que foram chamados 194 concursados, mas ainda não há um levantamento de quantos compareceram. Segundo ele, um dos grandes entraves para a contratação é o salário inicial hoje em R$ 2.560 e considerado baixo pela categoria. Nos dias 28 e 29 de março haverá mais uma chamada de concursados. Segundo ele, hoje são 31 barreiras sanitárias. ''Não temos mais pessoal para todas as barreiras'', disse. Por este motivo, foram fechadas três delas. A Secretaria ainda chamou outros 120 técnicos agrícolas para atuarem nestes locais que devem começar a trabalhar até o final de março. ''A Secretaria de Agricultura vem fechando barreiras sanitárias porque não tem gente para trabalhar. As que estão funcionando, operam precariamente por falta de profissionais'', disse o presidente da Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR), Rudmar Luiz Pereira dos Santos.
Andréa Bertoldi
Folha Web