terça-feira, 10 de maio de 2011

Soja: Recorde em rendimento por hectare no MT
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) confirmou em seu primeiro levantamento realizado após a colheita que a atual temporada acumula mais dois recordes. Além de contabilizar a maior produção da história da cultura no Estado, 20,5 milhões de toneladas, houve ganho em produtividade. A média de rendimento de 53,5 sacas por hectare plantado revela um adicional de mais três sacas sobre a média local “consagrando essa safra como a de maior rendimento já obtido”. Fora o ganho no rendimento, Mato Grosso – que é o maior produtor da oleaginosa no Brasil – é o único Estado produtor a romper a barreira das 20 milhões de toneladas.
O Imea destaca que todos os recordes contabilizados nesta safra foram atingidos diante de um período ruim para a cultura, sob fortes e intensas chuvas. “E se não tivesse chovido?”, questiona o Boletim da Soja do Imea, divulgado nesta segunda-feira (09-05). E completa: “Esse resultado foi alcançado mesmo com os danos causados pelas chuvas ao potencial produtivo no decorrer da colheita. Com isso, na safra 10/11 o Estado plantou uma área de 6,4 milhões de hectares com soja e colheu, assim, 20,5 milhões de toneladas do grão. Houve um crescimento de 9,3% na produção em relação à safra 09/10 que reafirmou o Estado como maior produtor da oleaginosa do país. A atual produção mato-grossense de soja equivale à produção brasileira de 19 anos atrás e representa 8% da produção mundial da safra 10/11”.
A região médio norte obteve produtividade acima da média contabilizada ao Estado nesta safra: foram 55,6 sacas por hectare e foi a única a superar a performance mato-grossense. Dentre as sete regiões estaduais que o Imea considera, a médio norte se consolidou novamente como a maior produtora de soja do Estado. Foram 8,58 milhões de toneladas, 41,7% do total produzido de soja em Mato Grosso. A segunda região produtora foi a sudeste, com 4,71 milhões de toneladas, seguida pela a região oeste, com 2,80 milhões de toneladas. A oeste se destaca ainda pelo aumento na produtividade, de 9,8% em relação à safra passada. “Mas cabe ressaltar que este aumento foi expressivo, pois, mesmo em meio às chuvas que atingiram a região no período de colheita afetando a produtividade em parte dela, o dado compara com a produtividade da safra anterior em que os danos climáticos formam ainda mais severos”, aponta o Boletim.
EXPORTAÇÕES - O principal porto a embarcar soja mato-grossense é o de Santos, que no primeiro trimestre deste ano embarcou 60% da soja exportada do Estado, mesmo percentual obtido em 2010. O porto de Paranaguá embarcou 13% dos grãos, três pontos percentuais a mais que no mesmo período em 2010. Com o mesmo aumento, o porto de Santarém embarcou 11% neste trimestre, passando a ser o terceiro porto a escoar o grão este ano.
MILHO - Demanda sólida por etanol de milho e oferta do cereal imprecisa no mundo são uma combinação que anima os produtores e que tem elevado a participação do Brasil neste mercado. O reflexo disso é o volume de vendas do milho safrinha. O grão que ainda segue em desenvolvimento nas lavouras fechou abril com 38,4% da produção – estimada em 7,56 milhões de toneladas – comercializado. O ritmo supera de longe os 9,9% vendidos em igual período do ano passado, uma diferença de 28,5 pontos percentuais.
Marianna Peres
Diário de Cuiabá
Produção nacional de fertilizantes cresce 5,3%
A produção brasileira de fertilizantes cresceu 5,3% de janeiro a março de 2011, em compração com o mesmo período de 2010. Os números da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda) foram apresentados nesta segunda-feira, 9 de maio, durante a 53ª Reunião da Câmara Temática de insumos Agropecuários, no Ministério da Agricultura, em Brasília. Segundo o levantamento da associação, no primeiro trimestre deste ano o país produziu cerca de 2,14 milhões de toneladas (t) do produto. No mesmo período do ano passado, foram produzidas 2,03 milhões de t. As entregas de fertilizantes ao consumidor final, número que contabiliza a produção nacional e importações do mercado externo, também registraram crescimento. Levantamento divulgado pela Anda mostra que, no primeiro trimestre de 2011, foram entregues às empresas que comercializam insumos no Brasil cerca de 4,99 milhões de t, o segundo maior número da história, ficando atrás apenas das vendas realizadas em 2008, que chegaram a 5,44 milhões de toneladas.
“Os bons preços das commodities agrícolas estão favorecendo a venda de fertilizantes do país”, destaca o diretor-executivo da Anda, David Roquetti Filho. Para o representante da Associação Nacional para a Difusão de Adubos, o aumento da demanda pelo produto também foi responsável pelo aquecimento do mercado de insumos. As expectativas para o futuro também são bastante positivas. Segundo Roquetti, a partir de projeções realizadas por uma empresa de consultoria, as entregas de fertilizantes ao consumidor final no Brasil devem fechar o ano de 2011 com a comercialização de cerca de 26 milhões de t, 6% acima do valor alcançado em 2010, que foi de 24,5 milhões de t.
Nova presidência
Após sete anos na presidência da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, o engenheiro agrônomo Cristiano Simon, consultor da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), passou o cargo para o também engenheiro agrônomo Luiz Antonio Piazza, diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). À frente dos trabalhos da Câmara Setorial de Insumos desde a sua criação, em 2003, Cristiano Simon ocupará o cargo de consultor especial da Câmara. “Estamos muito confiantes no trabalho do novo presidente”, afirma Simon.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento