sábado, 23 de abril de 2011

São Paulo aumenta em 58% a emissão de gás carbônico
A emissão de gás carbônico em São Paulo cresceu 58% entre 1998 e 2008, passando de 60,7 milhões de toneladas de gás carbônico por ano para 95,7 milhões de toneladas, segundo o 1º Inventário de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa Diretos e Indiretos do Estado de São Paulo divulgado hoje (10). Os setores que mais contribuíram para as emissões do gás em São Paulo foram energia (78,5 milhões de toneladas), processos industriais e uso de produtos (4,5 milhões de toneladas) e agropecuária (1,9 milhão de toneladas).
O inventário reúne informações para reduzir em 20% as emissões até 2010, de acordo com o que determina a Lei Estadual de Mudanças Climáticas, aprovada pela Assembleia Legislativa em outubro de 2009 e em vigor desde o ano passado. Os dados de 2005 serão a referência principal para se chagar à meta. O estado terá que reduzir em 17,7 milhões as emissões do gás por ano. São Paulo emitiu 88,8 milhões de toneladas do gás no em 2005. A secretária executiva do Programa Estadual de Mudanças Climáticas, Josilene Ferrer, disse que com o inventário será possível avaliar as prioridades para cada segmento da economia. “Mas só o inventário não é suficiente, também é preciso estudos de projeção de emissão”.
Flávia Albuquerque
Agência Brasil







Reinhold Stephanes cobra plano para manter estoque regulador de álcool
O ex-ministro da Agricultura, deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB/PR), cobrou do governo, na semana passada, um plano para incentivar o aumento da produção de álcool. Para Stephanes, o preço do álcool aumenta porque há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda. “É uma questão simples. A frota de veículos a álcool vem crescendo em ritmo superior ao da produção”, explicou. Entre 2007 e 2010, por exemplo, o consumo de álcool aumentou 61%, e a produção, apenas 22%. "Em consequência, os preços dispararam", afirmou o deputado.
Além das dificuldades criadas pela entressafra e pela moagem de cana-de-açúcar para a produção de álcool, Stephanes destacou que falta produção, de maneira geral, e que a importação dos Estados Unidos não resolverá o problema. “Sem incentivar a instalação de novas unidades produtoras e sem criar condições para manter o estoque regulador, corremos o risco de a situação deixar de ser sazonal para se tornar crônica”, ponderou. Stephanes admitiu que, em curto prazo, com a moagem da nova safra, os preços deverão recuar, mas por prazo incerto.
“A situação exige um programa de médio prazo. Sem ele, é possível que venhamos a conviver com esse problema durante muito tempo”, admitiu. O deputado, que também é economista, disse que mesmo o fato de o Brasil passar a exportar mais açúcar nesse período não justifica o desequilíbrio do álcool no mercado interno. "A diversidade é boa para os produtores e pode ser administrada com planejamento", frisou.
Da assessoria
Soja: o grão que transformou o interior do Brasil
Com uma plantação de 600 mil hectares de soja, o município de Sorriso, no Mato Grosso, vive um novo recorde: uma produtividade média de 62 sacas por hectare e uma produção estimada em 2 milhões e 300 mil toneladas. Diante desses números, é difícil imaginar o município há 30 anos atrás, quando a cultura da oleaginosa dava os seus primeiros passos na região, introduzida por agricultores vindos principalmente dos estados do sul do Brasil. “A produção começou com bastante dificuldade, pois não existiam variedades adaptadas para a região do cerrado; não havia fertilidade nenhuma nas terras e havia o problema da acidez”, conta
Elso Vicente Pozzobon, presidente do Sindicato Rural de Sorriso. “Naquela época, não se tinha certeza se a cultura teria sucesso; felizmente teve”, comemora. Além disso, a localização geográfica de Sorriso também trouxe dificuldades. “Estamos em uma região muito distante de portos; por isso, o custo, tanto para trazer insumos quanto para escoar a produção, é muito alto”, explica Pozzobon. “Superamos essas deficiências com produtividade”. Atualmente, a China é o principal destino da soja produzida na região, que tem os portos de Santos e Paranaguá como os seus principais corredores de exportação. Para Pozzobon, foram as adversidades que tornaram a região uma referência na produção de soja. “A dificuldade fez o produtor se profissionalizar”, comenta. A soja é hoje a principal cultura da região e é de fundamental importância na economia de municípios essencialmente agrícolas, como Sorriso.
Agrolink
Autor: Marianna Rebelatto