Mercosul discute plano estratégico para a Agricultura
Encontro realizado em Buenos Aires é prévia da reunião do Conselho Agropecário do Sul, que acontece na capital argentina até sexta-feira
Buenos Aires, Argentina – Representantes dos governos de Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia estiveram reunidos nesta quarta-feira, 30 de março, para formular e discutir um plano estratégico comum para o setor agropecuário. O ministro da Agricultura da Argentina, Julian Dominguez, foi o anfitrião do encontro, que antecede a 20ª Reunião do Conselho Agropecuário do Cone Sul, que começa dia 31 de março e será encerrada nesta sexta-feira, 1º. de abril. O conselho é presidido pelo ministro brasileiro Wagner Rossi, no sistema de rodízio dos países que participam do fórum. Ele desembarca em Buenos Aires na madrugada desta quinta-feira, 31 de março, depois de ter participado das cerimônias fúnebres em memória do ex-vice-presidente da República José Alencar, que faleceu nesta terça-feira, 29 de março.
Buenos Aires, Argentina – Representantes dos governos de Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia estiveram reunidos nesta quarta-feira, 30 de março, para formular e discutir um plano estratégico comum para o setor agropecuário. O ministro da Agricultura da Argentina, Julian Dominguez, foi o anfitrião do encontro, que antecede a 20ª Reunião do Conselho Agropecuário do Cone Sul, que começa dia 31 de março e será encerrada nesta sexta-feira, 1º. de abril. O conselho é presidido pelo ministro brasileiro Wagner Rossi, no sistema de rodízio dos países que participam do fórum. Ele desembarca em Buenos Aires na madrugada desta quinta-feira, 31 de março, depois de ter participado das cerimônias fúnebres em memória do ex-vice-presidente da República José Alencar, que faleceu nesta terça-feira, 29 de março.
No encontro de hoje ocorrido em Buenos Aires, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, fez um balanço sobre a expansão da agricultura brasileira, a questão da sustentabilidade e do aumento de produtividade da agricultura nacional. Segundo Célio Porto, o Brasil deve manter as safras recordes pelos próximos anos, ampliando sua participação no comércio mundial de proteínas vegetal e animal. "'Esta é uma janela que todos os países do Mercosul podem e devem aproveitar", disse. Na reunião desta quarta-feira, os ministros Julian Dominguéz (Argentina), Nemesia Achacollo (Bolívia), José Antonio Galilea (Chile), Enzo Cardozo (Paraguai) e Tabaré Aguerre (Uruguai) discutiram as perspectivas do setor para a próxima década. Eles expuseram os cenários mais prováveis para a agricultura e a pecuária nacional, bem como trataram dos instrumentos utilizados pelos governos para a formulação de planos estratégicos.
Perspectivas
Segundo Célio Porto, as perspectivas para os países do Cone Sul são positivas, tendo em vista a crescente demanda mundial por alimentos. "Os desafios são enormes por conta da projeção de oferta e demanda de alimentos no mercado internacional. Acreditamos que é possível formular estratégias comuns para os nossos países a fim de atender à demanda e garantir o abastecimento de nossos mercados e de outras nações", disse o secretário de Relações Internacionais da Agricultura do Brasil.
De acordo com o representante do governo Dilma Rousseff, o mundo vai demandar cada vez mais alimentos. "O Brasil e os países da América do Sul têm condições de garantir parte dessa oferta, mas os desafios de logística e de inovação tecnológica vão exigir um esforço redobrado de nossos governos e dos empresários do setor", comentou. Ele citou dados da Organização Mundial das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que apontam a existência de um contingente de 1 bilhão de pessoas no mundo que ainda passam fome. "Esse é um dever de nossos governos", afirmou. Célio Porto comentou que o Brasil vem dando sinais concretos de que é possível compatibilizar a produção de alimentos com o respeito ao meio ambiente. Ele citou o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado pelo governo brasileiro ainda no ano passado, que busca dar suporte financeiro e apoio técnico para os produtores que desejam adotar práticas agronômicas a fim de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. "É um projeto que ainda está em fase embrionária, mas mostra os rumos para o desenvolvimento de uma nova agricultura no mundo", disse o secretário.
Propostas para a melhoria do aproveitamento do solo, das águas e o impacto das mudanças no clima também serão discutidas a partir desta quinta-feira pelos ministros da Agricultura dos seis países. O encontro será encerrado nesta sexta-feira, 1º de abril, no meio da tarde. Está programada uma coletiva de imprensa por volta das 15 horas.
Perspectivas
Segundo Célio Porto, as perspectivas para os países do Cone Sul são positivas, tendo em vista a crescente demanda mundial por alimentos. "Os desafios são enormes por conta da projeção de oferta e demanda de alimentos no mercado internacional. Acreditamos que é possível formular estratégias comuns para os nossos países a fim de atender à demanda e garantir o abastecimento de nossos mercados e de outras nações", disse o secretário de Relações Internacionais da Agricultura do Brasil.
De acordo com o representante do governo Dilma Rousseff, o mundo vai demandar cada vez mais alimentos. "O Brasil e os países da América do Sul têm condições de garantir parte dessa oferta, mas os desafios de logística e de inovação tecnológica vão exigir um esforço redobrado de nossos governos e dos empresários do setor", comentou. Ele citou dados da Organização Mundial das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que apontam a existência de um contingente de 1 bilhão de pessoas no mundo que ainda passam fome. "Esse é um dever de nossos governos", afirmou. Célio Porto comentou que o Brasil vem dando sinais concretos de que é possível compatibilizar a produção de alimentos com o respeito ao meio ambiente. Ele citou o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado pelo governo brasileiro ainda no ano passado, que busca dar suporte financeiro e apoio técnico para os produtores que desejam adotar práticas agronômicas a fim de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. "É um projeto que ainda está em fase embrionária, mas mostra os rumos para o desenvolvimento de uma nova agricultura no mundo", disse o secretário.
Propostas para a melhoria do aproveitamento do solo, das águas e o impacto das mudanças no clima também serão discutidas a partir desta quinta-feira pelos ministros da Agricultura dos seis países. O encontro será encerrado nesta sexta-feira, 1º de abril, no meio da tarde. Está programada uma coletiva de imprensa por volta das 15 horas.
Agricultura de Baixo Carbono
De acordo com dados oficiais do governo, o Brasil é responsável pela emissão na atmosfera de menos de 2 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano. Em termos mundiais, isso representa 1,8% do total de emissões de todos os países do mundo. Os Estados Unidos são responsáveis pela emissão de 30,3% dos gases que causam o efeito estufa. A Europa, 27,7%.
O Programa Agricultura de Baixo Carbono busca dar incentivo a atividades produtivas rurais com tecnologias mitigadoras que permitem a redução dos gases de efeito estufa – gás carbônico (CO2), gás metano (CH4) e óxido nitroso – pelos próximos dez anos. A idéia é incentivar processos tecnológicos que neutralizem ou minimizem os efeitos dos gases de efeito estufa no campo, permitindo a difusão de uma nova agricultura sustentável que reduza o aquecimento global, a ser adotada gradativamente pelos agricultores nos próximos anos. O programa prevê metas ambiciosas para até 2020, com a recuperação de 15 milhões de hectares de terras degradadas; a adoção do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 4 milhões de hectares de terras e do sistema de plantio direto na palha em 33 milhões de hectares de terra. A proposta estabelece ainda ações de reflorestamento no país para atingir 9 milhões de hectares pelos próximos nove anos e estimular incremento da fixação biológica de nitrogênio na produção de 5,5 milhões de hectares de terras.
O Programa Agricultura de Baixo Carbono busca dar incentivo a atividades produtivas rurais com tecnologias mitigadoras que permitem a redução dos gases de efeito estufa – gás carbônico (CO2), gás metano (CH4) e óxido nitroso – pelos próximos dez anos. A idéia é incentivar processos tecnológicos que neutralizem ou minimizem os efeitos dos gases de efeito estufa no campo, permitindo a difusão de uma nova agricultura sustentável que reduza o aquecimento global, a ser adotada gradativamente pelos agricultores nos próximos anos. O programa prevê metas ambiciosas para até 2020, com a recuperação de 15 milhões de hectares de terras degradadas; a adoção do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 4 milhões de hectares de terras e do sistema de plantio direto na palha em 33 milhões de hectares de terra. A proposta estabelece ainda ações de reflorestamento no país para atingir 9 milhões de hectares pelos próximos nove anos e estimular incremento da fixação biológica de nitrogênio na produção de 5,5 milhões de hectares de terras.
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